O ser humano é realmente estranho. O que pra uns é sinônimo
de qualidade, pra outros é quase que motivo pra sair correndo.
Muito na moda e em voga agora, está a cerveja artesanal. Artesanato, me socorre o Aurélio:, é "Técnica do trabalho manual não industrializado". Devem estar me enganando com o “artesanal”, já que a maioria das cervejas artesanais são feitas, para orgulho dos cervejeiros e, principalmente, de quem conhece a cerveja artesanal, depois de muita pesquisa pelo mundo e com maquinário de primeira linha. E se for artesanal mesmo, é feita no galpão onde o pessoal se reúne desde criança, e é melhor nem pensar no dia seguinte à cervejada.
Prefiro uma industrializada mesmo, com todas as lendas de repolho que pairam sobre elas. E, cá pra nós, de vez em quando dá pra tomar uma industrializada melhorzinha. Mas, claro, aí não dá pra contar no feicebuque que conhece uma cervejaria que ninguém mais conhece.
Muito na moda e em voga agora, está a cerveja artesanal. Artesanato, me socorre o Aurélio:, é "Técnica do trabalho manual não industrializado". Devem estar me enganando com o “artesanal”, já que a maioria das cervejas artesanais são feitas, para orgulho dos cervejeiros e, principalmente, de quem conhece a cerveja artesanal, depois de muita pesquisa pelo mundo e com maquinário de primeira linha. E se for artesanal mesmo, é feita no galpão onde o pessoal se reúne desde criança, e é melhor nem pensar no dia seguinte à cervejada.
Prefiro uma industrializada mesmo, com todas as lendas de repolho que pairam sobre elas. E, cá pra nós, de vez em quando dá pra tomar uma industrializada melhorzinha. Mas, claro, aí não dá pra contar no feicebuque que conhece uma cervejaria que ninguém mais conhece.
Já que estamos nos etílicos, tem ainda o vinho colonial. É aquele
famoso do gostinho da uva. O colonial, no caso, é o de garrafão em garrafinha.
O merlot, o cabernet, e qualquer outro, vai ter o gosto da colônia. Você
percebe as mãos do produtor no vinho. As mãos depois do trabalho árduo. E no
rótulo também. Só não vai ter uva isabel no vinho colonial. O que é estranho,
pois é a única parreira que você vê nas terras do produtor. Umas das maiores
dificuldades deste mundo é abrir uma garrafa desse vinho. E ter a sinceridade
necessária pra dizer pro colono que você prefere o vinho de uma vinícola. Nota: quem
faz vinho colonial não gosta de ser chamado de colono.
Da mesma forma, a galinha caipira não é criada por caipiras.
A galinha caipira cresce livre pelos pátios, comendo minhocas e qualquer coisa
que se arraste pela terra. E qualquer coisa depositada na terra também. Sua
carne, normalmente, é mais dura e mais escura. Os apreciadores da iguaria negam,
mas matar o coitado do bicho deve dar uma satisfação secreta, uma espécie de
euforia por caçar o alimento. Mesmo que a caça se restrinja ao quintal. E as
gemas de seus ovos são de um amarelo forte e desagradável.
Enfim, sou fã de asfalto e do carimbo SIF.
Nota da Redação: Sobre outro clássico do gênero, a comidinha
caseira, já escrevemos AQUI.
Nenhum comentário:
Postar um comentário