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segunda-feira, 31 de março de 2014

POR UM MUNDO MELHOR

No BOL

Aos 40 anos, Angélica postou uma foto em seu Instagram esbanjando boa forma. Na "selfie", a apresentadora mostra a barriga chapada. Ela é casada com o também apresentador Luciano Huck com quem tem três filhos: Joaquim, 9, Benício, 6 e Eva, 1.

Uau!!! Que lição de vida! Que criatura consciente! Todos deveriam seguir o exemplo dos famosos e esbanjar boa forma.



NADA É TÃO RUIM QUE NÃO POSSA PIORAR

Pedro Bial resolveu lançar um livro com as frases "cheias de filosofia" que ele profere nos momento de eliminação do BBB. O livro chama-se "Mensagens aos Brothers - Os pensamentos e as provocações que inspiraram milhões de brasileiros", e o que o motivou a escrevê-lo foi a descoberta de que partes de seus discursos são reproduzidos em formaturas, batizados e casamentos. 

Nenhuma novidade. Muita gente adora uma frase de efeito, uma filosofia barata e a música do filme Carruagens de Fogo na sua formatura (ou aquela do Gonzaguinha: "Viver e não ter a vergonha de ser feliz...").

O compêndio está organizado em cinco temas -  superação, vaidade, coragem, sabedoria e sentimentos - e contém pérolas como "Você mergulhou! E não foi só na piscina, mergulhou no caldeirão afetivo" e "Todos somos vocês! E vice-versa. Há quem diga que surto, pois não, susto! Há quem diga que vocês surtam, surfem nessa onda!".

Deep. Very deep. E vai vender horrores...

CLÁSSICOS PARA A VIDA ETERNA

THE RAIN, THE PARK AND THE OTHER THINGS - 1967 - THE COWSILLS

Sérgio Luiz Gallina

The rain, the park and the other things, é uma canção de Artie Kornfield e Steve Duboff gravada pela banda The Cowsills, no álbum "The Cowsills", de 1967. O single vendeu cerca de três milhões de cópias e chegou à segunda posição na Bilboard.


I saw her sitting in the rain
raindrops falling on her
She didn't seem to care
She sat there and smiled at me

And I knew (I knew, I knew, I knew, I knew)
she could make me happy (happy, happy)
Flowers in her hair, flowers everywhere

I love the flower girl, oh, I don't know just why
She simply caught my eye
I love the flower girl, she seemed so sweet and kind
She crept into my mind

Suddenly the sun broke through (see the sun)
I turned around she was gone (where did she go)

And all I had left was one little flower from her hair
But I knew (I knew, I knew, I knew, I knew)
she had made me happy (happy, happy)
Flowers in her hair, flowers everywhere

FRASE DO DIA

"Quem precisa ter boa imagem é aparelho de TV."
Romário

domingo, 30 de março de 2014

SOBRE A CORRUPÇÃO

Foram falar comigo sobre a NET. Achei que viria antes e por mail. Ou algum recado furibundo nos comentários do blogue. Mas não, foi in loco. Num dos tantos postos avançados que a redação do TOA tem. Me refiro ao texto que coloquei sobre o pessoal que pirateia NET. Ou outra TV a cabo qualquer.

O argumento: é muito caro e o serviço é muito ruim.  Duas afirmações verdadeiras. O que, segundo o interlocutor, e, imagino, boa parte dos pirateadores de TV a cabo, justifica a contravenção. 

E eu já esperava isso. Mas tem como contra argumentar civilizadamente com quem não saca como as coisas funcionam?

DO FUNDO DO BAÚ

Irmãos Coragem foi uma telenovela exibida pela Rede Globo no horário das 20 horas, entre 8 de junho de 1970 e 12 de junho de 1971. Foi escrita por Janete Clair e dirigida por Daniel Filho, Milton Gonçalves e Reynaldo Boury, com direção geral de Daniel Filho. Foi produzida em preto e branco e teve 328 capítulos.


O disco com a trilha sonora da novela tinha composições de Dori Caymmi, Antônio Adolfo, Tibério Gaspar, Tim Maia, Cassiano, Heitor Villa-Lobos, Danilo Caymmi e Luiz Carlos Sá, entre outros. O tema de abertura, composto por Nonato Buzar e Paulinho Tapajós, foi gravado por Jair Rodrigues.

LEITURA DE DOMINGO

AMOR É AMOR

        Plínio Marcos
Mulher gamada é fogo. Elas, quando se vidram e se amarram num homem, são capazes de fazer das tripas coração pra defender seus interesses. Uma mulher apaixonada se transforma dos pés à cabeça. Se é classuda, cai da panca e, sem vacilar, apronta os maiores salseiros. Se é acanhada, endoida e não regateia pra fazer um escândalo. 

Esse lance de que a mulher mesmo muito ligada num homem e tal e coisa, se enruste e se fecha em copas porque tem categoria é papo furado. Mulher que deixa o amor no barato não está toda na parada. Que nada! Às vezes, está por solidão, por simpatia, por conveniência e os cambaus. Nunca por gama. É isso. Não tem erro. Sou eu que afirmo, e de mulher eu entendo. 

Mas deixa isso de lado. O que quero contar e o que pesa na balança é a história da Dilma Fuleira e da Celeste Bicuda, duas flores da Barra do Catimbó que se unharam e se dentaram por amor ao Ariovaldo Piolho, um vagau de pouca presença física, mas de muita embaixada. Ele lidava com seu rebanho com mil e um macetes e, por essas e outras, sempre foi muito considerado pelo mulherio. É verdade que esse perereco se deu nas quebradas do mundaréu, onde o vento encosta o lixo e as pragas botam os ovos, mas, se acontecesse nos salões da mais fina gente da sociedade, não me causava nenhum espanto. Mulher é mulher em qualquer lugar. 

Mestre Zagaia, velho cabo-de-esquadra que navegou sem bandeira por muita água barrenta e que bateu perna à toa pelos caminhos mais escamosos, esquisitos e estreitos do roçado do bom Deus, viu quizilas de assombrar negos de patuá forte, embrulhou sua solidão em muito lençol encardido e escancarou nas Tabuadas das Candongas uma dica sobre o assunto: Depois dos panos arriados, o espetáculo é sempre o mesmo. E, se Mestre Zagaia falou, tá falado. Mulher é sempre mulher. E a Dilma Fuleira e a Celeste Bicuda também são, embora à primeira vista não pareçam. Sabe como é. Elas nasceram lesadas da sorte e só pegaram a pior. Bagulho catado no chão da feira nunca fez bem à beleza de ninguém. 

Porém (e sempre tem um porém), não foi a condição de bagulho que impediu que elas tivessem grandes ilusões a respeito de amor. E o galã dos sonhos das duas era, como já disse, o Ariovaldo Piolho. Esse vagau se serviu das duas sem a mínima cerimônia. Foi ali na base do agrião. Como as duas estavam a fim dele, o danado negociou. Fez valer a velha e tinhosa lei da oferta e da procura. Se fingia de morto e esperava pra ver quem comparecia no seu enterro. Como quem não quer nada, pegava a grana na mão da Dilma, cumpria a obrigação e ia buscar os pixulés com a Celeste. E se o dinheiro compensava, não deixava ela em falta. Até que o caldo engrossou. Bateu sujeira. 

O doutor delerusca resolveu acabar com o pesqueiro das piranhas e a Dilma Fuleira e a Celeste Bicuda se viram no papo-de-aranha. Escaparam da cana, mas o faturamento caiu às pamparras. E, no meio disso tudo, o Ariovaldo Piolho sentiu o aroma da perpétua. Vagau escolado por muitos anos de janela é sempre cem por cento profissional. Sem pagório, deixou as mulheres na saudade. E se deu o esquinapo. 

A Dilma Fuleira achou que o Piolho não queria nada com ela porque estava enredado pela Celeste Bicuda. Procurou a rival e, sem conversa, deu-lhe uma tremenda biaba. A Celeste Bicuda era encardida. Encarou, mas não deu nem pra saída. A Dilma Fuleira era gordona e alta. A Celeste, baixinha e só pele e osso. Teve que apanhar e correr. 

Porém, como não era de engolir nada enrolado, a Celeste Bicuda tramou a forra. Foi na macumba levar o nome da Dilma Fuleira pra sua mãe-de-santo enterrar no cemitério. Feita a façanha, a Celeste Bicuda se botou a boquejar nos botecos. Garantia pra quem duvidasse que a Dilma Fuleira ia murchar até morrer. E não faltou fuxiqueiro pra ir rapidinho envenenar a Dilma. E ela, que já estava atolada até o gogó no pântano, acreditou que a bananosa toda que curtia era devido à mandinga da Celeste. Se picou de raiva e jurou pela luz que a iluminava que ia pegar a inimiga e dar pancada até ela desenterrar seu nome. E foi pra guerra. 

A Dilma encontrou a Celeste no seu barraco e nem pediu licença. Entrou na força bruta e foi botando pra quebrar. De repente, a Celeste Bicuda deu uns gritos, uns pulos pro alto e, quando desceu, era uma fera batusquela. Passou a mão numa enxada e tocou o bumba-meu-boi no lombo da Dilma, que se viu obrigada a dar pinote. Mas a Celeste foi na captura e derrubou o barraco da Dilma a enxadada. Em desespero e apavorada com a fúria da Celeste Bicuda, a Dilma se refugiou na casa do Piolho. A Celeste não tomou conhecimento. Aliás, ainda ficou mais endoidada de ver a rival junto do homem da sua gama. Aumentou o escarcéu. O Ariovaldo, sem se afobar saiu de fininho e chamou a polícia. A cana chegou e ferrou a Celeste e a Dilma. 

No Distrito, a Celeste falou que não tinha nada com a briga. Foi o exu da sua crença que encarnou nela pra acabar com a Dilma. A Dilma, de zoeira, entregou tudo como era. Disse pro doutor que a bronca era por causa do Piolho, que estava na fita como testemunha. O delegado quis saber se o Piolho tinha emprego. Não tinha. Entrou em pua e as mulheres foram dispensadas. Mas continuam pelejando por amor. Uma visita o vagau às quartas-feiras; a outra, aos domingos. E todas as duas levam o santo dinheirinho de presente pro Ariovaldo Piolho, o bom amante.

CURTA NO TOA - ALMAS EM CHAMAS


Almas em Chamas

Sinopse: Um bombeiro é envolvido num caso de amor incendiário ao resgatar uma mulher fogosa de um edifício em chamas. A fumaça e o calor os envolve num clima de paixão e sexo irresistíveis, com conseqüências terríveis. Quem brinca com fogo...

Gênero: Animação, Conteúdo Adulto
Subgênero: Erótico
Diretor: Arnaldo Galvão
Duração: 11 min
Ano: 2000
Formato: 35mm
País: Brasil
Local de Produção: SP
Cor: Colorido

FRASE DO DIA

"Quem quer ser alguém compra uma Ferrari, quem já é alguém tem um Lamborghini."
Frank Sinatra

DAS MADRUGADAS

Kevin costuma falar que Mutantes e Raul Seixas são admirados pelos motivos errados. Até concordo. Acho que Frank Jorge está nessa lista dos mal entendidos também. Grande cara, grande som. Um chute bem certeiro na tristeza, 80 Giga puro Rock and Roll: O Viajante.


GALERIA DE NOTÁVEIS


sábado, 29 de março de 2014

UMBIGO

Por conta da data, anda se falando bastante sobre o período de ditadura. A grande maioria se posicionando contra. Que bom.


Mas é impressionante como em qualquer entrevista, ou até mesmo conversa informal, cujo tema seja um problema social qualquer, ouvir: “Precisamos de leis mais rígidas”. Ou seja, queremos mandar nas nossas vidas, mas queremos que o estado garanta – com força e rigidez – os nossos direitos. Ou melhor, queremos que o Estado obrigue os outros a terem deveres.

No fundo estamos sempre olhando pro nosso umbigo.

NOTÍVAGOS

Edward Hopper começou a pintar Notívagos imediatamente após o ataque a Pearl Harbor, num domingo (7 de dezembro de 1941). Após o evento, houve um sentimento generalizado de tristeza por todo o país, um sentimento que é retratado na pintura. A rua está vazia fora do restaurante e no interior nenhuma das três pessoas no balcão está aparentemente olhando ou conversando com os outros, todos estão perdidos nos seus próprios pensamentos.

O trabalhador do restaurante, olhando por cima do seu trabalho, parece estar a olhar para fora da janela, para trás dos clientes. O canto do restaurante é de vidro curvado ligado em ambos os lados. O clima será quente, com base nas roupas usadas pelos clientes. Não há sobretudos em evidência e a blusa da mulher é de manga curta. Do outro lado da rua são o que parecem ser janelas abertas numa segunda loja. A luz do restaurante abunda pela rua fora apanhando até uma das janelas do outro lado da rua. Este retrato da vida urbana moderna, como o vazio ou a solidão é um tema comum em todo o trabalho de Hopper. É nitidamente delineada pelo facto de que o homem de costas para nós parece mais solitário por causa do casal sentado ao lado dele. Se olharmos com mais atenção, fica evidente que não há maneira de sair da zona do bar, como as três paredes formam um triângulo que cria uma espécie de armadilha que encurrala os clientes. É também notável que o bar não tem porta visível para o exterior, o que ilustra a ideia de confinamento e aprisionamento. Na altura da sua produção, as luzes fluorescentes tinham acabado de ser desenvolvidas, talvez por isso a luz que está a contribuir para o jantar está lançando um brilho estranho sobre o mundo exterior, quase breu preto. Um anúncio para os cigarros "Phillies" é destaque em cima do restaurante.

Gail Levin, biógrafo de Hopper, especula que o quadro pode ter sido inspirado na pintura "O Café à Noite na Place Lamartine" de Vincent Van Gogh,4 que esteve em exposição em Nova Iorque durante Janeiro de 1942.

Autor Edward Hopper
Data 19421
Técnica óleo sobre tela
Dimensões 84.1 cm × 152.4 cm
Localização Art Institute of Chicago, Chicago (Illinois).

Com Wikipedia

COVER DO SÁBADO

We Can Work It Out é uma canção de Paul McCartney e John Lennon. Gravada durante as sessões de Rubber Soul, em 1965, a música foi lançada em single junto com Day Tripper. A curiosidade ficou por conta de um single ser lançado com dois "lado A". Lennon achava que Day Tripper deveria ser a música do lado A, mas o restante do grupo queria We Can Work It Out. A solução encontrada foi fazer o disco sem lado B. A canção puxou as vendas do single e atingiu o primeiro lugar nos EUA e no Reino Unido.


Em 1970, Stevie Wonder gravou a canção em seu álbum Signed, Sealed, Delivered e lançou-a em single no ano seguinte. O single atingiu a 13ª posição na Billboard Hot 100 e rendeu a Wonder sua segunda indicação ao Grammy Award em 1972 como Melhor Artista Masculino de R&B Vocal Performance.


FRASE DO DIA

"Às vezes, sinto que eu sou realmente abençoado por ser cego, porque 
provavelmente eu não duraria nem um minuto se fosse capaz de ver as 
coisas." 
Stevie Wonder 

DAS MADRUGADAS

DAS MADRUGADAS

GALERIA DE NOTÁVEIS - FRANK SINATRA

 

sexta-feira, 28 de março de 2014

COMIDA INTELIGENTE II

"Mas percebo que quem não gosta de comida inteligente também não gosta de experimentar coisas novas – e sabidamente boas – que estão ao alcance das mãos." 

Onde foi que eu li isso? 
"Run, Forrest, run!!! Tem feijoada com queijo gratinado e orégano no caminhão!"


COMIDA INTELIGENTE?

A comida pode não ser inteligente, o que, realmente é uma frescura e um exagero. Mas pelo menos passa pelo fogo. O que, se não é uma inteligência, repito, é um elogio ao engenho humano, aos anos de conquistas da civilização e às calças compridas.

Fui forte e vilmente agravado aqui por ter sugerido que se colocasse queijo derretido, tomate e orégano sobre o carreteiro. Quando escrevi sobre quibe cru também fiz o mea culpa por tentar forjar toda culinária ao meu gosto. Mas percebo que quem não gosta de comida inteligente também não gosta de experimentar coisas novas – e sabidamente boas – que estão ao alcance das mãos. São burocratas do rango.

Comida inteligente é a comida que está à mão. Sem prefácio. Sem grife. Sem explicação. E de preferência gratinada.

COMIDA INTELIGENTE

Leio que a brasileira Helena Rizzo, do restaurante Maní, em São Paulo, foi eleita a melhor chef mulher de 2014 pelo prêmio Veuve Clicquot. 

Duas coisas me chamaram a atenção na reportagem. Uma delas foi o fato de a Zero Hora não colocar que a "gaúcha" Helena Rizzo foi premiada (desta vez foi o Correio do Povo).

A outra, foi a descrição da comida do restaurante de propriedade da chef e seu marido, um espanhol que também é do ramo, feita pelos organizadores de um evento culinário em 2006: "A comida é inteligente, de acordo com as práticas gastronômicas e ingredientes brasileiros e salpicada de influência espanhola."

Fofo, não? Como se já não bastasse queijo derretido, tomate e orégano no carreteiro...

QUIBE CRU

Não gosto muito de falar de comida aqui no TOA. Falar de comida é falar de convicções, lembranças e princípios. Não falo da comida como item nutricional, indispensável à vida. Nem da fome do mundo. Falo da comida como valor cultural de um sujeito ou de um grupo. Falo do refogado de cenoura que o sujeito comia na casa da tia Cotinha toda quarta feira quando voltava da aula de reforço de matemática e era servido em diagonal ao arroz e com um copo de Pepsi. Falo do ensopado que alguma tribo faz com folhas e raízes de alguma planta e é tomado a cada equinócio simbolizando alguma coisa.

Tenho respeito por toda culinária regional, embora goste muito pouco de todas elas. Minha ração é extremamente restrita. E confesso que sou feliz assim. Sempre que penso em experimentar alguma coisa diferente, durante o preparo fico pensando que posso reproduzir a mesma receita, porém, do meu jeito. Ou seja, quero comer a mesma coisa que já estou acostumado a comer. Se der pra colocar queijo derretido, tomate e orégano por cima, tanto melhor. Experimente isso no carreteiro, por exemplo. Fica fantástico.

Mas tem uma comida que anda me rondando: o Quibe (com maiúscula). Em especial o Quibe cru. Poderia ser carpaccio, tartar ou qualquer carne que se consuma crua. Mas é o quibe que anda me assombrando. E andam me ameaçando com jantas regadas a rodízios de quibes crus.

Como já disse, respeito todas culinárias regionais. Ora bolas, respeito tudo, até quem gosta de Led Zeppelin. E sei que muitas vezes não se está comendo a carne crua, mas sim celebrando a dificuldade dos nossos velhos nos antigos e duros tempos.

Mas, de minha parte, gosto de celebrar a dificuldade dos nossos velhos nos antigos e duros tempos honrando seus avanços, descobertas e conquistas. Como o fogo e o acesso fácil a ele. Como a chaminé, pra não perturbar os vizinhos, e o guardanapo de papel, pra depois não se despedir da anfitriã com a boca engordurada.

Acho que comer carne crua é uma ingratidão com a civilidade e o engenho humano. Se um dia eu for convidado pra um evento pra comer quibe cru e me pedirem pra levar um vinho, eu vou levar um cacho de uvas.

LUIGGI PERGUNTA

Vi a pergunta na conta de tuíter do ator Carlos Careqa. Achei procedente:

“As atrizes da Globo já tiraram a foto de luto pela decisão do STF sobre Azeredo?”


MÚSICA NA SEXTA

Luiz Gonzaga Kedi Ayrão nasceu no Rio de Janeiro, em 1942.

Quem gravou primeiramente uma composição sua, “Só por Amor”, em 1963, foi Roberto Carlos, que alguns anos depois também gravaria “Nossa Canção”. Teve várias músicas suas gravadas pela turma da jovem guarda.

Destacou-se em 1973 com o compacto “Porta Aberta”, uma homenagem à Portela. Em 1975, gravou seu segundo disco, que conta com a música “Bola Dividida”, de sua autoria.


Bola Dividida
Luiz Ayrão
  
Será que essa gente percebeu que essa morena desse amigo meu
Tá me dando bola tão descontraída
Só que eu não vou em bola dividida
Pois se eu ganho a moça eu tenho o meu castigo
Se ela faz com ele vai fazer comigo
Se eu ganho a moça eu tenho o meu castigo
Se ela faz com ele vai fazer comigo
E vai fazer comigo exatamente igual
Ela é uma morena sensacional
Digna de um crime passional
E eu não quero ser manchete de jornal
 
Será que essa gente percebeu que essa morena desse amigo meu
Tá me dando bola tão descontraída
Só que eu não quero que essa gente diga
Esse camarada se androginou
A moça deu bola a ele e ele nem ligou
Esse camarada se androginou
A moça deu bola a ele e ele nem ligou

FRASE DO DIA

"Não suspeito de nada, mas desconfio de todos."
Cantinflas

DAS MADRUGADAS

quinta-feira, 27 de março de 2014

A IMBECILIDADE NÃO TEM LIMITES

Edmund Sigmar, um advogado brasileiro de 34 anos, está processando o Google após ter ficado estrábico com a utilização do Google Glass. O garboso infante adquiriu o modernoso artefato numa viagem à Nova York.

“Era impressionante, eu me sentia o cara mais antenado do Brasil todo! Era só olhar um pouquinho para cima, à direita, e lá estava eu sabendo a cotação da bolsa, a previsão do tempo, as baladas mais descoladas e tudo o mais…”

O sujeito achou que estava com um problema depois de quase dois meses com a cangalha pendurada nas orelhas. Consultou um oftalmologista que lhe disse que seria necessária uma cirurgia para correção dos nervos óticos.

“Comecei a ter fracasso com as mulheres após ficar estrábico, por acabar sempre olhando para cima, atualmente ando muito nervoso e comecei a ter ejaculação precoce. Para andar de moto também é muito complicado sempre subo na calçada e na hora de comer erro a boca ou me furo com o garfo, tenho que fechar um olho pra conseguir.”

Vamos combinar: um sujeito que não acerta o garfo na boca não pode culpar a visão. Se achava o cara porque tinha a cotação da bolsa ao levantar o olhar à direita... Será que ele comia alguém antes?

O ÚLTIMO PAUTA EXTRA

Faz umas duas semanas gravei o último Pauta Extra. Diante de vários – alguns, tudo bem – pedidos de explicação do porquê do seu final, repito, desta vez por escrito, os motivos. Se é que alguma coisa precisa de motivo ou explicação pra terminar.


Sou um burocrata. Por ofício, não por gosto. Mas isso me deu o vezo de olhar para os números de tudo. E os números do PE não eram bons. Só isso. Por exemplo, recebi mais reclamações do final do PE do que a última edição dele teve de ouvintes.

Alguma hora ele volta. Com novo formato. Ou não. Todas as edições continuam disponíveis para audição ou download. É só clicar aqui.

Gracias aos poucos, porém fiéis, ouvintes.

OS OUTROS

Existe um fenômeno sociológico – cujo nome não lembro – que é a projeção de todos os problemas existente na figura das outras pessoas. O sujeito nunca é o responsável pelas mazelas. São “os outros”.

- O senhor acha que o brasileiro á corrupto?

- Sim, sem dúvida.

- O senhor é corrupto?

- Não, de forma alguma.

- O senhor é brasileiro?

- Sim.

O comportamento dos “outros”, ou das “pessoas”, é sempre digno de repreensão. E o nosso é exemplar. Mas, por outro lado, se a gente não falar do comportamento “das pessoas”, que também é o nosso, vamos falar de quem? As pessoas são todas assim.

XADREZ

Ainda se joga xadrez? Pensei nisso dias desses quando procurava um jogo de xadrez para instalar no computador.

Faz muito tempo que não jogo. Por falta de parceiro. Amigos, tudo bem, falta de amigos. E lembrei que jogava muito quando era adolescente e até um pouco depois disso. E as cenas que eu vejo do jogo na TV ou até mesmo na internet são de velhos ou jovens jogando.

Fiquei pensando que uns normalmente tem tempo disponível, enquanto outros acham tempo e têm disposição pra tudo.

E, nesse intermédio, a gente recorda e espera.

RACHANDO

Por força do meu trabalho, passo parte da semana em um hotel em Carbon Land.

Eu já recebi algumas reclamações no hotel por alguns excessos cometidos nos dias de jogos do Grêmio. Vociferar em voz alta contra o juiz, ou o centroavante que não faz gols, um palavrãozinho dito em tom mais alto aqui, outro ali, essas coisas. Nada de mais ou que agrida a segurança da família brasileira.

Desta vez, a reclamação foi inusitada. Um hóspede desceu até a recepção pra reclamar – depois de reclamar muito por telefone – que nenhum canal da televisão do quarto dele passava o jogo do Grêmio, e ele sabia que no quarto vizinho ao dele, no caso, o meu, estava passando o jogo. Ninguém conseguiu acalmar o cidadão.

Na minha televisão também não passava o jogo. Mas quem é assinante do “pay per view” consegue assistir aos jogos pelo computador. Companheiro entrou rachando e furou em bola. Merecia um amarelo.

GENTE

Eu sei que sou repetitivo. Mas tem coisas que não dá pra aturar. Me refiro a uma propaganda de sandália havainas que está no ar, todo mundo já deve ter visto. Claro, falo dos mortais que assistem canais abertos.

Um casal, se conhecendo na praia, entabula uma conversa na frente de uma barraca que vende as sandálias. Aquelas frases de efeito, todo mundo sabe como é.

De repente, ela falando com ele, diz: “Gente, ele entendeu tal coisa”. Mas ela tá falando com ele ou com a plateia?

ÁLBUM DA QUINTA

GOODBYE YELLOW BRICK ROAD - 1973 - ELTON JOHN

Goodbye Yellow Brick Road é o sétimo álbum de estúdio de Elton John, lançado em 1973. O disco está na lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame. Em 2000, a revista Q Magazine colocou-o na 84ª posição na lista de 100 melhores álbuns de artistas ingleses de todos os tempos. Em 2003, a revista Rolling Stone o colocou na 91ª posição da lista de 500 melhores álbuns de todos os tempos.


Gravado no Château d'Hérouville, onde Elton anteriormente havia gravado os álbuns Don't Shoot Me I'm Only the Piano Player e Honky Chateauo álbum duplo contém um tributo à Marilyn Monroe, "Candle in the Wind", bem como outros três singles de sucesso: "Bennie and the Jets", "Goodbye Yellow Brick Road" e "Saturday Night's Alright for Fighting".


A produção do álbum começou na Jamaica em janeiro de 1973, porém, após dificuldades com o sistema de som e o piano do estúdio, mais a agitação devido à luta entre Joe Frazier e George Foreman, que seria realizada em Kingston, e a tensão política violenta em função da má situação econômica do país, a banda decidiu procurar outro local. Somente uma versão de "Saturday Night's Alright for Fighting" foi gravada na Jamaica, mas acabou sendo descartada, e a versão final veio das sessões no castelo.


Segundo o produtor Gus Dudgeon, o álbum não foi planejado para ser duplo. No total, John e Taupin haviam composto 22 faixas, das quais 18 foram utilizadas, o suficiente para que rendesse um álbum duplo. As canções, em sua maioria, giram em torno do tema da nostalgia de uma infância mais humilde e de uma cultura mais antiga da América, vista pelos olhos adolescentes de espectadores de filmes americanos. "Candle in the Wind", um tributo à Marilyn Monroe, voltaria com força às paradas em 1997, quando Elton adaptou-a para o funeral da princesa Diana.


Lado 1
1. Funeral for a Friend/Love Lies Bleeding — 11:08
2. Candle in the Wind — 3:41
3. Bennie and the Jets — 5:23

Lado 2
1. Goodbye Yellow Brick Road  — 3:14
2. This Song Has No Title — 2:23
3. Grey Seal — 3:58
4. Jamaica Jerk Off — 3:39
5. I've Seen That Movie Too — 5:59

Lado 3
1. Sweet Painted Lady — 3:52
2. The Ballad of Danny Bailey (1909-34) — 4:24
3. Dirty Little Girl — 5:01
4. All the Girls Love Alice — 5:08

Lado 4
1. Your Sister Can't Twist (But She Can Rock 'n Roll) — 2:42
2. Saturday Night's Alright for Fighting — 4:54
3. Roy Rogers — 4:08
4. Social Disease — 3:44
5. Harmony — 2:45


Elton John - vocal, piano, piano elétrico, órgão, mellotron
Dee Murray - baixo, vocal
Davey Johnstone - guitarras, leslie, slides, violões, banjo, vocal
Nigel Olsson - bateria, vocal
Ray Cooper - percussão
Del Newman - arranjos de cordas
Leroy Gomez - saxofone

David Hentschel - ARP, sintetizador
Kiki Dee - vocal
David Katz - orquestração
Gus Dudgeon - produção

FRASE DO DIA

“Pode me chamar de gordo, careca, sem talento e velha que não sabe cantar, mas você não pode dizer mentiras sobre mim.”
 Elton John

quarta-feira, 26 de março de 2014

242 ANOS DA MUILEAL

SINCERIDADE

A sinceridade está entre as coisas mais deselegantes que existem. Sim, pudico leitor. Isso mesmo. A sinceridade é deselegante. Quando alguém lhe diz “posso ser sincero” ou “com sinceridade” é certo que vem algo desagradável. E o que menos se precisa atualmente é algo desagradável a mais perturbando nosso dia.

Não use sua sinceridade pra dizer que o vestido deixa a vizinha gorda, que o penteado não valoriza quem tem cabelo branco. Guarde-a pra momentos mais importantes: “o zíper está aberto”, “tem ranho no teu nariz”, essas coisas.

Pensei nisso almoçando em um bistrô em Carbon Land. Na TV passava um desses programas matutinos, de amenidades (a Fátima Bernardes da Record, da Band ou do SBT, realmente não sei), e o convidado era o cantor Netinho. Ele dizendo – muito pouco animado – que estava voltando aos palcos. A voz dele está débil, um tico. Eu sei que estamos em 2014 e existem microfones que servem para ampliar a voz de deputados, pastores e cantores, mas mesmo assim estava fazendo feio. Era o momento de alguém ser deselegantemente sincero e dizer: “Meu amigo, não dá.” E aí nessa hora ninguém quer ser sincero.

AUTOESTIMA

Admiro gente com forte e inabalável autoestima. E o deputado Romário não tem modéstia ao aconselhar o jogador Neymar:

TESTE

Leitor de ZH escreveu para o jornal (mail publicado na edição de 25/03/2014) dizendo ter um teste infalível pra saber se uma pessoa é racista ou não.

Ele abre o texto dizendo que é negro e casado com uma mulher branca (Será que pra ele isso é algum fator determinante de não racismo?) e vítima de preconceitos.

O teste é o seguinte: “Pergunte para o pai de uma menina branca se ele gostaria que sua filha se casasse com um negro”. E encerra assim o texto, deixando-nos inferir que a resposta de qualquer pai seria um constrangido “não”.

E o leitor de ZH está certo. Em parte. A resposta realmente seria um não. Nenhum pai quer que sua filha se case com um negro. Nem com um branco, nem com um fã do Led Zeppelin, nem com um marciano, nem com um membro do Blue Man Group. Nenhum pai quer que sua filha case.

A CRÔNICA DO CAJO

A noite que mudou a América

Chego de viagem e tenho a sorte de assistir "The Beatles - A noite que mudou a América", na comemoração dos 50 anos da apresentação dos Beatles no show de Ed Sullivan, um dos ícones dos talk show nos EUA do final dos anos 40 até o início da década de 70. 

Um dos momentos engraçados do programa, em fevereiro de 1964, foi quando o apresentador pergunta se eles tinham algum problema com as drogas, e George responde, zombando, que não tinha nenhum problema com qualquer tipo de droga e faz a mesma pergunta aos outros três, que respondem da mesma forma. Jornalistas às vezes fazem cada pergunta... Talvez a memória esteja me traindo, mas acho que foi nesse programa (Alguém aí pode confirmar?).

O documentário foi gravado em 27 de janeiro (levado ao ar em 9 de fevereiro), em Los Angeles (fonte Wikipedia). Nele,  temos David Letterman, que hoje apresenta seu talk show no mesmo teatro em que Ed Sullivan recebeu os Beatles, entrevistando Paul e Ringo, e temos também vários rostos conhecidos, ou não, se revezando no palco ou aparecendo na plateia. Um deles é de Yoko, sempre buscada pelas câmaras, junto com Sean Lennon, o que me pareceu que era para deixar claro que John estava presente. Não percebi se estavam os filhos de George, não os conheço. Quando o Paul me ligar vou me queixar por ele não ter me apresentado. 

No final, um momento só com Ringo e outro só com Paul, os dois juntos e por fim toda a gente que andou tocando e cantando nesse dia. Um prêmio para quem adivinhar qual foi a última música. Imperdível. Reprise sábado, dia 29, às 00h25min. Para gravar. Teve muita coisa boa. 

CRIATURAS QUE O MUNDO ESQUECEU

Eva Correia José Maria, a Evinha, nasceu no Rio de Janeiro em 17 de setembro de 1951. É irmã de Ronaldo, Roberto e Renato, integrantes do grupo Golden Boys, e de Mário, Regina e Marizinha, integrantes do Trio Esperança.

De 1961 até 1967, foi integrante do Trio Esperança. Em 1968, deixou o grupo e partiu para a carreira solo. Em 1969, participou do IV Festival Internacional da Canção, classificando "Cantiga por Luciana" (Edmundo Souto e Paulinho Tapajós) em 1º lugar nas fases nacional e internacional do evento. 

Na década de 1970, lançou os LPs "Eva 2001" (1969), "Eva" (1970), "Evinha" (1973) e "Eva" (1974). Destacou-se com as gravações de "Teletema" (Antônio Adolfo e Tibério Gaspar), "Que bandeira" e "Com mais de 30" (Marcos e Paulo Sérgio Valle), "Como vai você?" (Antônio Marcos) e "As canções que você fez pra mim" (Roberto e Erasmo Carlos), entre outros sucessos, além de participar de gravações de diversos artistas.


Em 1977, participou de um disco de Paul Mauriat, cantando músicas brasileiras. Em seguida, seguiu em turnê pelo Japão e pela China, como crooner da orquestra do maestro. Casou-se com Gerard Gambus, pianista da orquestra, e fixou residência em Paris, onde reside até hoje.

"Casaco Marrom", de Renato Correia, Gutemberg Guarabyra e Danilo Caymmi, é do LP Eva 2001, lançado em 1969 pela Odeon.

GRANDES FRASES DE GRANDES FILMES

"May the schwartz be with you!"

(Que a salsicha esteja com você!)

Doll (boneco merchandising de Yogurt/Mel Brooks) - Spaceballs (S.O.S. - Tem um Louco Solto no Espaço) - 1987

FRASE DO DIA

“A única jogada de perigo do São Paulo foi duas.''
Müller

terça-feira, 25 de março de 2014

DE TV

No http://www.previdi.blogspot.com.br de hoje:

"Qualquer dois-neurônios das duas rodas sabe que NÃO se pode telefonar nem nos automóveis, muito menos em motos ou bicicletas. Vá perguntar pra motociclistas como é telefonar enquanto pilota. Gravar com microfone de lapela é indicado, mesmo que a atenção do ciclista - o que Manoel não é, embora a fantasia emprestada - seja prejudicada."

O comentário é sobre uma matéria da RBS TV que aborda os cuidados necessários para andar de bicicleta no trânsito. Certamente, pedalar segurando um microfone não é um deles.

COMO ASSIM? II

Também na ZH, descubro que, de acordo com a reportagem em que ex-presos políticos contestam as declarações do coronel Ustra sobre tortura durante a ditadura militar, DOI-CODI significa Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Internet.

Pode isso, Arnaldo?

COMO ASSIM?

Na ZH 

Ativista gaúcha Ana Paula Maciel posará nua

Os leitores pediram, suplicaram, imploraram. A ativista do Greenpeace Ana Paula Maciel será destaque, novamente, na próxima edição na revista Playboy. Só que, dessa vez, sem roupa. (Tulio Milman)

Pediram, suplicaram, imploraram...? O cerumano é, realmente, inviável...