Antigamente, dizia-se, jocosamente, que os debates político/eleitorais “baixavam
o nível”, mas os candidatos continuavam se tratando pelo respeitoso pronome “Vossa
Excelência”.
Como todos apresentadores gostam de se dizer democráticos (e republicanos, agora, que tá na moda) e que também gostam de ler críticas (sempre rindo, pois têm pena dos ignaros que as escrevem), volta e meia leem um texto contra o programa ou o apresentador, entre uma informação de temperatura em Faxinal do Soturno e a cor do céu em Arvorezinha.
Os debates de hoje estão tão influenciados pelo vocabulário
e pela apresentação politicamente corretos, além de pasteurizados e vulgarizados –
no sentido de que acontecem em qualquer associação de botequim –, que acho que
nem ofensas existem mais.
E no rádio, em nome da interação com os ouvintes (leia-se:
mendicância pela audiência), são lidos todos os tipos de textos escritos por
quem deveria estar escutando o rádio. Como todos apresentadores gostam de se dizer democráticos (e republicanos, agora, que tá na moda) e que também gostam de ler críticas (sempre rindo, pois têm pena dos ignaros que as escrevem), volta e meia leem um texto contra o programa ou o apresentador, entre uma informação de temperatura em Faxinal do Soturno e a cor do céu em Arvorezinha.
Mas o que chama a atenção nesse tipo de mail é que quando o texto é elogioso,
o missivista usa um tom tão informal que parece que está com o braço sobre os
ombros do apresentador. Mas quando vem lenha, o texto começa sempre assim, com
tratamento respeitoso: O Sr. Fulano, que
apresenta este programa...
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