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sexta-feira, 31 de julho de 2015

MÚSICA NA SEXTA

Gilberto Passos Gil Moreira nasceu em Salvador, BA, em 1942.

Sua estréia em disco foi em 1962, em compacto simples lançado pela JS Discos. No ano seguinte, a mesma gravadora lançou o mini-lp "Gilberto Gil - Sua música, sua interpretação" e mais um compacto simples. No início da sua carreira artística, ainda em Salvador, apresentou-se em programas de rádio e televisão.

Em 1982 lança "Um Banda Um", disco que TEM a música Esotérico, anteriormente lançada em single e no disco ao vivo com os Doces Bárbaros, de 1976.

Sobre a canção, Gil escreve em seu site: "Uma tentativa de transpor a ideia do mistério divino, místico-religioso, para o campo do amor terreno; de desmistificar e humanizar a categorização do esotérico como algo inatingível, colocando-o como inerente à nossa natureza, à complexidade de nosso afeto. O ímpeto da canção nasceu da vontade de falar do sentido esotérico das coisas através de algo que fosse demasiadamente humano como é a relação amorosa entre duas pessoas - não deixando, no fim, de remeter a questão para a divindade (qualquer mistério está aquém do mistério do criador)."


Esotérico
Gilberto Gil

Não adianta nem me abandonar
Porque mistério sempre há de pintar por aí
Pessoas até muito mais vão lhe amar
Até muito mais difíceis que eu pra você
Que eu, que dois, que dez, que dez milhões
Todos iguais

Até que nem tanto esotérico assim
Se eu sou algo incompreensível
Meu Deus é mais
Mistério sempre há de pintar por aí

Não adianta nem me abandonar
Nem ficar tão apaixonada, que nada!
Que não sabe nadar
Que morre afogada por mim

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