À medida que minha parceria com Baden embalou, a de Vinícius com ele esmoreceu até se acabar de vez. A amizade dos dois continuou, obviamente, mas Vinas, não sei poque cargas d'água, foi perdendo a mão. Não acertava mais. O ciúme cego, do início, por mim, transformou-se numa intensa e carinhosa admiração, e numa maravilhosa fraternidade, até o fim de sua vida. Escreveu, certa vez, nas costas de uma foto, pra mim, a seguinte dedicatória:
"Para o Paulinho,
De pai pra filho, e de filho pra pai, sem pai e sem filho, sem filho e sem pai, e com muito amor pelo filho que eu poderia ter (e não tive) mas que é como se tivesse.
E aproveitando pra mandar ele pra puta que me pariu, o coração amigo, paterno, fraterno, inferno do seu Vinícius."
Do livro "Histórias das Minhas Canções", de Paulo César Pinheiro (Ed. Leya - 2010)
"Para o Paulinho,
De pai pra filho, e de filho pra pai, sem pai e sem filho, sem filho e sem pai, e com muito amor pelo filho que eu poderia ter (e não tive) mas que é como se tivesse.
E aproveitando pra mandar ele pra puta que me pariu, o coração amigo, paterno, fraterno, inferno do seu Vinícius."
Do livro "Histórias das Minhas Canções", de Paulo César Pinheiro (Ed. Leya - 2010)
Nenhum comentário:
Postar um comentário