Um boteco virou o templo
do samba. Um trabalhador que sustenta a família é guerreiro. Um atacante faz um gol no time adversário e vira herói. Uma mulher solteira sustenta seu
filho com seu trabalho e vira batalhadora.
Eu já fui acusado – sim, acusado – de dar demasiado valor às palavras. Pode ser verdade. Mas acho que tem gente que as valoriza de menos. Não que sejam banais quaisquer das situações acima. Tampouco são comparáveis. Mas essa linguagem, que está mais para ufanista do que para hiperbólica, acaba esvaziando qualquer texto. Lembra um pouco aquela fábula do menino que gritava "Lobo!”, para continuar no campo das alegorias.
Eu já fui acusado – sim, acusado – de dar demasiado valor às palavras. Pode ser verdade. Mas acho que tem gente que as valoriza de menos. Não que sejam banais quaisquer das situações acima. Tampouco são comparáveis. Mas essa linguagem, que está mais para ufanista do que para hiperbólica, acaba esvaziando qualquer texto. Lembra um pouco aquela fábula do menino que gritava "Lobo!”, para continuar no campo das alegorias.
Já os superlativos comerciais eu acho bacanas. Como um
sujeito que compra umas salsichas, uns pães e sai a vender com o nome de “Império
do Dog”. Ou o “Rei da Tainha”, que assa os peixes espetados em uma taquara.
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