Nem sempre é possível ter folga. E, quando se tem folga, nem
sempre se tem disposição. Muitos fatores, muitos fatores. Calor, cansaço,
preguiça. Coisas respeitáveis.
Todos aqueles arquivos salvos no computador que eram para ser
lidos ou organizados “nas férias” continuam lá. Para serem lidos e organizados
nas próximas férias. Assim como aquele azulejo solto, aquele abajur despencando. Falta disposição na folga.
Mas não falta vontade nos parentes. Os parentes sempre
querem aproveitar essa nossa folga. E acham que a gente está “à disposição”.
Disposição de receber, de visitar, de sorrir. De martelar, de parafusar, de
rejuntar.
Então, já que não falei nada para esse novo ano, espero que
2014 tenha menos sovacos à mostra, menos chinelos arrastando na minha volta e
mais respeito à minha indisposição. E às minhas folgas, claro.
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