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quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

MUILEAL NO VERÃO

Já disse que não gosto de vento, de sol, de areia, de sertanejo universitário e de aglomeração. Ou seja, não tenho o que fazer na praia.

Também não gosto de mosquito, de aranha, de barro, de ficar sem TV, sem rádio, sem jornal e sem internet. Não sei compor rocks rurais. Quer dizer, aquele paraíso idealizado por muita gente pra mim tá longe de ser um paraíso. Resumindo, não viajo muito. Quase que só a trabalho. Com todos os problemas da MuiLeal e dos muilealevalerosenses ainda prefiro ficar em casa.

Todo esse preâmbulo elucidatório pra dizer que essa conversa de que a MuiLeal fica maravilhosa no verão, que vai todo mundo pra praia, que os espaços ficam vazios, tá ficando chata.

E, pior do que chata, ou é folclore, ou é equivocada, ou eu sou muito azarado. Todos os lugares em que fui durante os feriados de final de ano estavam lotados. Menos carros nas ruas, é verdade, mas os restaurantes, cinemas, shoppings com a mesma população de sempre.

Eu não sei de onde surge tanta gente neste vasto mundo. Nas fotos da beira da praia não dava pra ver a areia, de tanto povo. E parece que enquanto tinha gente “se refrescando na água que estava quentinha, uma delícia” (nunca entendi isso), havia filas imensas no supermercado. Estradas lotadas, tudo lotado. Inclusive a MuiLeal. Mas parece que tem gente que não nota. Ou, como disse, posso ser um grande azarado.

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