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quarta-feira, 12 de março de 2014

A CRÔNICA DO CAJO

Coisas que devem acontecer com todo mundo...

Estou baixando essa lei, obrigatoriedade no seu cumprimento... como toda lei (sic). 

Hoje no final da tarde, em Lajeado, fui lanchar, e na frente do bar dois meninos queriam fazer voar seu avião de papel. Por si só é muito bom ver uma brincadeira dessas sem tecnologias prontas e os guris de seus sete ou oito anos se divertindo na rua com algo criado por eles. Na rua! Enfim, divertiam-se, mas o avião teimava em não voar como eles queriam.

Como os voos eram erráticos, esperei o momento em que ele viria em minha direção. Sortudo como eu, foi só pensar... Bem, peguei o aviãozinho que tinha caído ao meu lado e chamei os piás. Então fiz uns ajustes, mostrando a eles como fazê-los e o que iria acontecer. E o aviãozinho de papel voou e até que voou legal. Depois de um outro voo, um dos meninos se virou pra mim e disse que dependendo do ajuste o avião subiria ou desceria (eu tinha feito dois aerofólios atrás), já tentando entender outros modos possíveis de voar. A diversão ficou mais animada e eles mesmos agora faziam os ajustes. Não precisavam mais de mim. Terminei meu lanche e fui pra aula da noite com a alma mais leve.


Eu tenho duas filhas, já adultas hoje, e a Valentina, que faz dois anos em abril. Brinco hoje com a Valen como brincava com minhas filhas. Vi hoje no sorriso dos guris o sorriso que vejo na minha neta quando se vivencia uma coisa legal. É um sorriso de alegria. De satisfação por algo. Do resultado da diversão realizada. E também me lembrei do post que meu velho amigo Roque Reckziegel colocou na rede, mostrando seu artesanato de férias. E mandei uma mensagem lembrando dos tempos em que a gente mexia com artesanato, junto com outro velho amigo, o Luís Augusto Fischer (bem, o Roque era o verdadeiro artesão... coisa de família, eu e o Mano tentávamos acompanhar, se bem que ele até que tinha algum talento, enquanto eu, o máximo de rebeldia na minha vida artesã tinha sido confeccionar uma pulseira em latão onde estava escrito "shit", que minha amiga Marta Arretche tinha pedido, um ato de rebeldia naqueles inícios dos anos 70, e como comungávamos de um mesmo ideal...). 

Quando criamos o (Clã)Destino, tínhamos a hora da sessão risadinha, em que se ria de qualquer bobagem. Era lei. E era sobre isso que comecei a escrever. O sorriso dos guris, o das minhas filhas e o da hora da sessão risadinha, os nossos sorrisos de alegria e o de todas as pessoas devem ser lei. A lei do direito à alegria. Deve ser lei fazer acontecer coisas boas com todo mundo, como as coisas boas que tive hoje, de ver a brincadeira, participar dela, lembrar das minhas filhas, da minha neta, da época das rebeldias juvenis, do mudar o mundo. Leis para a felicidade. Temos que ser felizes. Mas hoje estamos cada vez mais embrutecidos com o que vemos acontecer e... parou, não quero falar sobre isso. Hoje eu tive um dia feliz!

Cajo 

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