Vou falar de rádio, mas acontece a mesma coisa em jornal e
acho que em TV também.
Os repórteres – ou comunicadores – se queixam, e com razão,
que os ouvintes não gostam quando a opinião emitida é diferente da que esperam
ouvir. A patrulha é forte, sabemos.
Acontece que os repórteres e comunicadores têm o mesmo
procedimento com seus entrevistados. Enquanto o sujeito não responde o que o repórter
quer ouvir, ou o que ele não julga ser uma resposta adequada, ele segue perguntando a
mesma coisa. Ou expondo a mesma tese que faz, à guisa de pergunta, na espera da
confirmação por parte do entrevistado. Se mesmo assim a resposta não vem, em
seus espaços eles criticam à grande a resposta que julgam fora de lugar.
Caso alguém não esteja achando um exemplo, cito o do
técnico Abel Braga, do Internacional. Perguntado se ele achava ofensivo o termo
“macacada” quando cantado pela torcida do Grêmio, ele disse que não. Foi
perguntado de novo, e de novo. Manteve a opinião. E agora sempre que se fala no
assunto a entrevista dele vem à tona. E com ressalvas de que a reportagem não
gostou da resposta.
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