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quarta-feira, 5 de março de 2014

FELICIDADE

Quase não saí de casa neste carnaval. (Quando digo esse tipo de coisa sempre lembro do finado e saudoso seu Cláudio, que dizia “lugar de atrofiado é em casa mesmo”). Um mercado aqui, um restaurante ali. E na terça-feira “gorda” tive o desprazer de dar de cara com um bloco de carnaval.

Eu entendo o porquê de as pessoas frequentarem o carnaval. É o mesmo motivo pelo qual vão no brique ou em qualquer lugar: ver, ser visto, ver quem está vendo. E as consequências disso, naturalmente.

O que eu não entendo é toda a felicidade e alegria dentro das pessoas. Felizes por estarem pulando, felizes por estarem indo pra onde as pessoas estão pulando. Felizes por ter que desviar de gente urinando em qualquer canto.

Mas o que realmente  me atormenta é, se existe tanta felicidade, tanta euforia acumulada como uma mega-sena, por que esperar o carnaval pra “extravasar” essa alegria?

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