Muito do que sei de música devo à rádio FM Cultura, 107,7.
Não culpe a rádio pelas bobagens que eu escrevo, eles não têm culpa de nada.
Acho que muita gente aprendeu a ouvir música por ali também.
E deve ter gostado tanto ou mais do que eu do que ouviu. Tanto que aprenderam a
tocar todas aquelas músicas. Falo da parte de música popular brasileira da
rádio (repare, caro leitor, que não escrevi MPB, mas isso é outro assunto).
As mesmas músicas que ouvia ali há uns 15 anos, continuo
ouvindo. Não sei se mudou um pouco a orientação da rádio (fazia tempo que não
escutava), mas agora parece que as músicas não são mais tocadas pelos seus
autores ou intérpretes que consagraram aquelas músicas. Quase tudo agora é com novos
intérpretes. Todos talentosíssimos, altamente técnicos e virtuosos nos seus
instrumentos ou na voz.
E o que eles fazem? Pegam os velhos clássicos e fazem
releituras, repaginações, revisitações ou qualquer outro nome que se queira dar
pra regravações.
Até aí eu entendo. Não gosto, mas entendo. É do jogo. O
problema é que parece tudo técnico demais, asséptico demais, pasteurizado
demais. Falta “jenesequá”. E um tanto de criatividade, claro.
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