Eu havia decidido não me pronunciar sobre o bate boca no
programa Sala de Redação da Rádio Gaúcha entre Kenny Braga e Paulo Santana, que
acabou com a demissão do primeiro e a suspensão do segundo. (O mundo deve ter ficado muito abalado e os leitores sem dormir com essa minha
decisão.)
Não comentei nada pois acho que uma discussão mais forte,
mesmo quando envolve desaforo pesado, é do jogo. E penso, sinceramente, que uma
empresa demite o funcionário que ela quiser no momento em que quiser e pelo motivo
que quiser. Apesar de que hoje em dia as empresas não têm mais funcionários,
têm colaboradores. Mas isso é outro assunto.
Então, Ermã me manda o link de uma entrevista que Kenny Braga
concedeu a uma concorrente da Rádio Gaúcha, a Rádio Grenal. (Sim, quem não
é do politizado RS fique sabendo que aqui existe uma rádio chamada Grenal.).
Comecei a ouvir o entrevistador Farid Germano (outro que foi
corrido da Rádio Gaúcha há tempos) elogiar Kenny Braga à farta. Até aí, tudo
bem, melhor do que entrevistador que quer derrubar o entrevistado. Mas uma das
primeiras frases de Kenny é a seguinte: “Me sinto livre como um passarinho” e
começa a versar sobre as maravilhas de ter sido demitido.
Ora, ora, Macieira. Ora, ora. Se estava tão ruim, se estava
se sentindo preso, “com vontade de voar”, por que não pediu pra sair? Se a
demissão o deixou tão fagueiro e rutilante, por que raios não se demitiu antes?
E isso que só ouvi um minuto. Estou com medo de ouvir o
resto. “Sinto o mundo bocejar”.
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