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domingo, 25 de janeiro de 2015

DO FUNDO DO BAÚ

Faça Humor, Não Faça Guerra foi um programa humorístico produzido pela Rede Globo e exibido entre 1970 e 1972, que contava com textos de Max Nunes, Haroldo Barbosa, Renato Corte Real e Jô Soares, entre outros, e tinha a direção de João Loredo e Carlos Alberto Loffler. O programa ia ao ar semanalmente às 21h, logo depois da telenovela das oito. O nome era uma alusão jocosa à frase de efeito, muito popular na época, "Faça amor, não faça a guerra".


Até o final da década de 1960, os humorísticos da TV Globo eram basicamente adaptações de formatos inventados e consagrados no rádio e no teatro de revista. Faça Humor, Não Faça Guerra foi o primeiro a explorar criativamente as possibilidades da linguagem da televisão, quando estreou no horário antes ocupado por Dercy de Verdade.

No lugar dos personagens fixos, muitas vezes de comicidade previsível,  Faça Humor, Não Faça Guerra apresentava vários quadros curtos – de no máximo quatro minutos – alinhavados por piadas rápidas e uma edição que privilegiava os cortes secos.

Apontado como o primeiro programa de humor moderno da TV brasileira, Faça Humor, Não Faça Guerra virou um marco com suas piadas curtas e cortes secos.


Jô Soares interpretava, entre outros, o Bêbado, o professor Gengir Khan, o Irmão Thomas, Manchetão e, um dos seus maiores sucessos, a espevitada Norminha, uma jovem cantora hippie que fazia tudo para ser famosa: com quatro dedos da mão aberta, seu lema era “paz, amor, som e Norminha”.

Renato Corte Real interpretou, entre outros personagens, o psicanalista Sigismundo Fraude, o faxineiro Humirde – com o bordão “nós semo humirde” – e as velhinhas Mafalda e Dona Florisbela.

Jô Soares e Renato Corte Real também contracenavam no quadro Lelé & Dakuca, no qual viviam dois malucos que cavalgavam cavalinhos de pau – devidamente fantasiados de Napoleão – enquanto diziam um texto nonsense.


Na abertura, um corpo de baile dirigido por Juan Carlo Berardi dançava ao som do tema do programa, uma música contagiante que tinha versos como “Vai dizer que sim?/ vai dizer que não?/ vai ficar assim, sem opinião?”. Ao fundo, imagens coloridas lembravam o clima psicodélico da época.

wikipedia / memória globo

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