Kevin comentou, em reunião de diretoria do TOA, que tem implicância com declarações como a que deu Fernando Meirelles a respeito de um
seriado que ele dirigiu para a Rede Globo. “É um desafio”, teria dito o cineasta, além de outros clichês.
Não tenho nenhum motivo para defender Fernando (já me
considero íntimo), mas entendo a declaração. Estamos em um nível de patrulha
que precisamos dizer o que as pessoas querem ouvir: o óbvio. Imaginem as
manchetes se ele dissesse o que realmente deve pensar: “É mais um trabalho que
estou fazendo, me procuraram com um projeto, eu dei meu preço, aceitaram,
estamos trabalhando juntos”.
Sei lá se foi assim, mas esse nível de simplicidade não cai bem. As pessoas querem algum heroísmo, alguma renúncia, alguma superação, muita doação de ordem pessoal.
Agora pense no que é preciso dizer pra ganhar votos em um
embate eleitoral...
Nota da Redação:
Se não tenho motivo pra defender Fernando, consigo implicar com coisas de sua
carreira, como uma parceria com Marcelo Tas (lembram de Ernesto Varela?) e a
escalação do elenco de Ensaio Sobre a Cegueira, adaptação do livro homônimo de José
Saramago para o cinema. No elenco, conseguiu juntar o confiável – e depois fui
saber, engajado – Mark Ruffalo e Julianne Moore, a Regina Duarte deles.
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