Amigo da Onça (Amigo é Pra Essas Coisas 2)
(Aldir Blanc e Silvio da Silva Jr.)
Salve
Prazer rever você
É, já faz um tempão
Tamos aí
E aqui, no mesmo bar
Muita sorte ou azar
Que cara é essa
E aquele velho amor?
O meu papo mudou
O meu também
Tô firme na poupança
Dá pra ver pela pança
Mas senta
Traz dois sem colarinho
Você se agarra direitinho no passado
E o que há de errado
Eu me dei bem assim
À minha custa ou então de gente igual a mim
Tá me gozando
Eu nunca te fiz mal
Pessoalmente, mas no todo é que eu encuco
Ficou maluco
Precisa se internar
Sei que ando mal, pra variar
Pois é, um pouco mais de humor
Com a fome que eu tou
Nem pense nisso
Pede o de salaminho
Sem bancar o bonzinho
Mas, ora essa, tá me agredindo à beça
Eu não estou pra conversa
Então se manda
Não temos que aturar
Vão querer me encarar
Cai fora ou vou chamar o guarda
Por mim tu chama até o raio que o parta
Ah, mas que falta
Eu tenho pressão alta
Mas quando assalta a quem é pobre, ela não sobe
Não admito meu nome, meu valor
Custa barato em qualquer casa de penhor
É bom lembrar com quem tu tá falando
Tô falando e andando
Já basta
Não topo gente rude
Quem está incomodado que se mude
Conheço meu lugar
Então vá passear
Que ingratidão
Despeita um velho amigo
Esse papo é antigo
Não é possível, você não se comove
Vai tomar teu "Engov"
Teu caso só bordoada cura
Tu é contra abertura
Eu?
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