Formado por Galvão (letrista), Moraes Moreira (vocal e
violão), Paulinho Boca de Cantor (vocal e pandeiro), Baby Consuelo (vocal e
percussão), hoje Baby do Brasil, Pepeu Gomes (guitarra, viola, violão e
bandolim), Dadi (baixo e violão), OS NOVOS BAIANOS se reuniram em 1968 para o
espetáculo "Desembarque dos bichos depois do dilúvio", realizado em
Salvador.
Em 1969 participam do V Festival de Música Popular
Brasileira da TV Record com a canção “De Vera”. Música de seu primeiro LP, “Ferro
na Boneca”, disco gravado com “A Cor do Som” como banda de apoio.
O grupo, com marcada influência do rock, recebe em 1971,
quando moravam todos juntos no Rio de Janeiro, em um apartamento repleto de
tendas fazendo as vezes de cômodos, a visita de João Gilberto. Visita essa que
passa a colocar mais samba em suas músicas. E o disco seguinte, o grande “Acabou
Chorare” já abre com “Brasil Pandeiro”, um samba exaltação que Assis Valente
escreveu para que Carmem Miranda gravasse em sua volta dos Estados Unidos e
sugerida ao grupo por Gilberto Gil.
“Acabou Chorare” é considerado pela revista Rolling Stone o
melhor álbum da história da música brasileira.
Segundo José Ramos Tinhorão (A História Popular no Romance
Brasileiro) Besta É Tu" é um samba rasgado, cujo título faz alusão ao nome pelo
qual se conhece ainda hoje nos meios populares da Bahia um velho método de
aprendizado de violão, em que o exercício inicial produz sons que, pela repetição,
sugerem a onomatopeia "besta é tu/besta é tu”.
BESTA É TU
(L. Galvão / Pepeu Gomes / M. Moreira)
Besta é tu! Besta é
tu
Besta é tu! Besta é
tu!
Não viver nesse mundo
Besta é tu! Besta é
tu!
Besta é tu! Besta é
tu!
Se não há outro
mundo...
Porque não viver?
Não viver esse mundo
Besta é tu! Besta é
tu!
Besta é tu! Besta é
tu!
Não viver nesse mundo
Besta é tu! Besta é
tu!
Besta é tu! Besta é
tu!
Se não há outro
mundo...
Porque não viver?
Não viver esse mundo
E prá ter outro mundo
É preci-necessário
Viver!
Viver contanto
Em qualquer coisa
Olha só, olha o sol
O maraca domingo
O perigo na rua...
O brinquedo menino
A morena do Rio
Pela morena eu passo
o ano
Olhando o Rio
Eu não posso
Com um simples
requebro
Eu me passo, me
quebro
Entrego o ouro...
Mas isso é só
Porque ela se derrete
toda
Só porque eu sou
baiano
Besta é tu! Besta é
tu!
Besta é tu! Besta é
tu!
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