Acabo de saber que uma emissora de rádio da Austrália (seus
críticos ou seus ouvintes, não sei) elegeu a melhor música dos últimos 20 anos.
E a eleita foi “Wonderwall” da banda Oasis.
Por partes.
Eu li a matéria porque quis. Mas será que é relevante para
mim ou para qualquer cidadão deste mundo, mundo, vasto mundo (incluindo a vasta
Austrália) o que os ouvintes de uma determinada rádio ouvem ou acham qual é a
melhor produção das últimas décadas? Eu acho que não. Eu me interesso pela
opinião de determinadas gentes. O que o vulgo pensa, eu sei.
Não tenho a menor condição de avaliar a votação. Sei que
essa banda existe, como sei que existe a Galáxia de Andrômeda. É legal que
exista, pessoas se importam com ela, pessoas lucram e outras se divertem com
ela, mas não me diz absolutamente nada. O que dirá de uma música específica.
Não tenho nenhum orgulho disso, mas realmente não conheço
nada, ou quase nada, do que foi produzido nos últimos vinte anos. Pelos menos
por gente que há vinte anos não produzia nada.
Só para deixar claro, estou falando de música, mas não muda
muito em relação à cinema e literatura. Sim, leio jornal e sei que a presidente se
chama Dilma.
E mesmo assim, diferentemente dos descolados cronistas da
MuiLeal, meu tempo é pequeno. Não consigo conhecer direito nem mesmo os
artistas que gosto, então não vou pulverizar minha audição em aventuras. Vou no
que gosto, o que não conheço de quem eu gosto, o que gostam os que eu gosto.
E mesmo assim vou ter que viver mais umas três vidas pra
fazer isso. Enquanto isso espero a eleição da melhor música dos últimos 50 anos,
para votar em alguma, como se cavalo de corrida fosse.
Luiggi
Luiggi
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