Uma das obras mais importantes na carreira de Goya, pela
carga de dramaticidade. O quadro descreve o fuzilamento de cidadãos espamhóis
que haviam se rebelado contra a ocupação francesa liderada por Napoleão
Bonaparte entre 1808 e 1814. Segundo Goya, este quadro teve como objetivo “perpetuar com o pincel as ações e as cenas
mais heroicas e notáveis da nossa gloriosa insurreição contra a tirania”.
À noite, uma fileira de soldados, dos quais não se veem os
rostos, prepara-se para atirar. Entra os condenados à morte, as expressões vão
do desafio ao desespero.
Mas a figura mais impressionante é a de um homem ajoelhado,
que abre os braços aguardando seu trágico destino. Goya não mostra seus
compatriotas com gigantismo, nem exagera apresentando soldados caricatos. A
força da tela está no seu próprio conteúdo. O horror por si só já perpetua a
bravura dos homens que serão assassinados e condena a bestialidade dos
militares franceses.
O Três de Maio, 1808
(1814)Óleo sobre tela
266 cm x 345 cm
Museu do Prado,
Madri (Espanha)
Fonte: Pinacoteca Coleção Abril
Nota da Redação: O quadro forma uma série junto com “O Dois
de Maio”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário