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quarta-feira, 5 de junho de 2013

FEICEBUQUE

Acabo de ler no site TERRA, que um homem matou três colegas de trabalho por conta de uma brincadeira no Facebook.

Já sou um sujeito velho. Pelo menos velho o suficiente para não saber como as coisas funcionam direito em um computador, embora ganhe a vida em volta dele. E velho o suficiente para achar que conhecia o feicebuque sem nunca ao menos ter entrado por lá para conhecer. Pois bem, conheci o dito feice.

Não sei se alguém chegaria a dizer que a culpa pela morte dos três colegas se deu por conta do feicebuque, mas que vai entrar no rol de argumentos dos contra, não tenho a menor dúvida.

O feicebuque está naquela categoria de coisas que adoramos falar e deitar teses contra sem conhecer, como o Big Brother, o Paulo Coelho e quase tudo o que nos rodeia. E um dos mais corriqueiros (e corretos) argumentos contra o feicebuque é sobre sua futilidade e a máscara de quem participa dessa “rede social”.

No “feicebuque”, encontramos o melhor e o pior do que se produz no mundo. Como de resto, em toda a internet (e em todo o mundo). Encontramos desde como construir uma bomba mortal (que eu já procurei e nunca achei, embora sempre se diga que qualquer criança de quatro anos acha – lembraram do Grouxo Marx?) até macumba para ganhar na loteria. Desde livros inteiros do sempre citado Verissimo até um site como o TOA.

Você já viu alguém se apresentar assim: “Bom dia, sou Fulano, um safado”?

Encontrei por lá desde gente mostrando o almoço que causou flatulência até explicações detalhadas sobre Noturnos de Chopin.

Às vezes, parece que falta a gente enxergar o óbvio: o feicebuque é feito por e cheio de gente. Como diz o indefectível Analista de Bagé: “Tem raça que é que nem cestinha de morango. Por baixo é tudo podre”. Cada um faz a rede social que merece. E como se produz muito mais coisas ruins do que boas no mundo....

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