O elevador é mais uma daquelas coisas que estão na vida da
gente tanto para facilitar quanto para complicar. E para testar nossa civilidade,
principalmente.
Uma coisa que nos põe a centímetros de desconhecidos por intermináveis segundos não pode ter sido inventado por gente séria. É ainda mais constrangedora quando compartilhada com completos desconhecidos, momento em que antipáticos assumidos, como eu, olham para o infinito (dentro do elevador, isso é uma arte), para o relógio, que eu não uso, ou acompanham o sinalizador de andares. Quando, misericordiosamente, esse sinalizador existe. Acompanho atentamente até o quadro de temperatura do elevador. Tudo para não encarar o desconhecido passageiro ao lado, pois, com minha sorte, sempre sou acompanhado por gente simpática no elevador, disposta a comentar qualquer coisa naquele tempo de compulsória proximidade. Ou frequentadores do Seicho-no-ie, que gostam de entrar no elevador distribuindo bons fluidos.
Uma coisa que nos põe a centímetros de desconhecidos por intermináveis segundos não pode ter sido inventado por gente séria. É ainda mais constrangedora quando compartilhada com completos desconhecidos, momento em que antipáticos assumidos, como eu, olham para o infinito (dentro do elevador, isso é uma arte), para o relógio, que eu não uso, ou acompanham o sinalizador de andares. Quando, misericordiosamente, esse sinalizador existe. Acompanho atentamente até o quadro de temperatura do elevador. Tudo para não encarar o desconhecido passageiro ao lado, pois, com minha sorte, sempre sou acompanhado por gente simpática no elevador, disposta a comentar qualquer coisa naquele tempo de compulsória proximidade. Ou frequentadores do Seicho-no-ie, que gostam de entrar no elevador distribuindo bons fluidos.
Elevador com gente pouco conhecida, novos vizinhos, novos
colegas de trabalho, também é embaraçoso, já que nesse momento o assunto
cordial é um dever, mas ninguém tem menor ideia do que falar.
Mas agradeça a Tutatis se você conseguir se desembrenhar do
simpático do elevador. Ele normalmente entra quando as portas do elevador já estão
para se fechar, trancando-as com um dos pés. Entra sorridente, claro. Enquanto
as portas voltam a se fechar, ele começa um assunto sobre... Precisa
interromper o assunto para meter o pé na porta novamente, pois na portaria do
prédio – que dista uns 150 metros – vem entrando alguém. É alguém que vai ficar
pelo térreo mesmo. É claro que o simpático do elevador ri muito dessa situação
e aperta o botão da sobreloja. Enganado. Ele está no segundo andar. E na
confusão, apertou o botão do primeiro também.
Isso na subida. Descendo normalmente, o elevador para no
primeiro andar. É alguém com toalha no pescoço pronto para sua caminhada matinal
e revigorante. Mas não pode descer um lance de escadas a pé.
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