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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

DO DELÍRIO COTIDIANO

Sujeito entra na farmácia em busca de um comprimido pra dor de cabeça. Por uma dessas desgraças do destino, esquece o nome do remédio que habitualmente usa. E por uma desgraça maior ainda, o farmacêutico é do tipo simpático. Vendedor entusiasmado.

Sem saber o nome do remédio, começa aquela conversa de louco: “É assim, redondo. Não, não, esse não. Vêm envelopes de quatro unidades, marrom.” 


Misericordiosamente, o nome vem à dolorida cabeça. Mas a saga do comprimido segue. O vendedor oferece cartões de desconto, sabonetes, perfumes. Remédios pra dor de estômago e dores em geral. 

Desesperado, o dolorido agarra seus comprimidos e bate em retirada. Antes de sair, ainda dá tempo de ouvir o farmacêutico aos gritos: “Ei! Ei! Tem certeza que não quer fazer o cartão de pontos da farmácia?”.

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