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sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

ORGULHO II

Lendo o post de Luiggi, que fala sobre os orgulhos bobos que, realmente, todos nós temos, lembrei daqueles orgulhos "verdadeiros", dos quais, frequentemente, temos o testemunho de seus detentores. 

Por exemplo, há quem ache o máximo, e declare em tom solene, ser "católico praticante" e frequentador da missa sempre que pode, com direito à confissão, comunhão e carinho do padre.

Outro tipo de orgulho "legítimo" é o do cara que diz que acorda às seis da manhã e já bota direto no fogo a água para o chimarrão, o que quer dizer que o sujeito já está de prontidão para as tarefas mais corriqueiras do dia a dia, que vão desde o simples matear ao alvorecer até as tarefas que colocam a casa em dia e envolvem o horário do colégio dos filhos e da ida ao serviço.

Outro, muito estranho para mim, é o do cara que diz: "Eu sou trabalhador." Nunca consegui entender o que isso quer dizer, já que todo ser normal que tem um emprego trabalha, no mínimo, oito horas por dia. Mas alguns parecem ser mais "trabalhadores que os outros", o que é motivo de um orgulho irrepreensível.

Há um treinador de futebol, dos mais caros do mercado, que sempre que é arguido sobre os motivos de um mau resultado, responde com um "temos que trabalhar mais." 

Um amigo meu diz que isso resolve tudo: se estamos trabalhando de maneira errada, basta trabalhar mais, do mesmo jeito, que as coisas se resolvem. 

É só trabalhar.

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