Sexta-feira santa, feriado religioso, coisa linda. Todos que
não trabalharam se devotaram à fé. E a fritar um peixinho, que ninguém é de
ferro.
Se não me falha a catequese, a semana santa - e a quaresma, de um modo geral -, é um período de renúncia. Às extravagâncias, aos excessos.
Algum jejum, talvez.
Pelo fato de o peixe não derramar sangue quente no seu abate, é o animal escolhido para a refeição da sexta-feira santa. Por extensão, virou o “dia de
comer peixe”. E, por extensão, virou “dia de comer coisa que veio de dentro d'água”.
E é aí que vemos todo sentimento cristão vindo à tona.
Muitas vezes, o peixe frito deixa um aroma tão bom, mas tão bom, que resolvemos
dividir com os vizinhos de prédio tão caro olor. Ou então o sujeito é tão cristão, mas tão cristão, que nesse
dia resolve pagar uma pequena fortuna por charque de peixe.
E assim seguimos rumo à ressurreição...
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