Salomão “Lô” Borges Filho nasceu em Belo Horizonte, em 1952.
Na adolescência, formou conjuntos musicais com seus irmãos,
como os "Beavers", integrado, também, por Beto Guedes. Muitos de seus
11 irmãos tornaram-se músicos, como Márcio Borges, seu parceiro constante, e
Telo Borges, autor, junto com o irmão Márcio, de "Vento de maio",
música que foi gravada por Lô e também por Elis Regina.
Foi um dos "fundadores" do Clube da Esquina, ao
lado de Márcio Borges, Milton Nascimento, Beto Guedes, Fernando Brant, Ronaldo
Bastos, Wagner Tiso, Toninho Horta e Túlio Mourão, entre outros. O nome do
grupo nasceu devido ao hábito desses compositores mineiros (com exceção de
Milton, que nasceu no Rio de Janeiro, mas foi criado em Três Pontas, MG) se
reunirem na esquina das ruas Paraisópolis e Divinópolis, no bairro de Santa
Tereza, em Belo Horizonte, para trocar ideias musicais.
No início dos anos 1970, liderados por Milton Nascimento,
foram para o Rio de Janeiro, onde, em 1972, foi lançado o disco "Clube da
Esquina". Das 21 faixas do disco, oito são de sua autoria, em parceria com
Márcio Borges, Ronaldo Borges e Milton Nascimento. Sua participação foi
fundamental nesse disco, ajudando a caracterizar a sonoridade do Clube da
Esquina, o que faria mais tarde o guitarrista americano Pat Metheny enviar um
amigo ao Brasil "para tentar descobrir a causa da originalidade da música
feita por The Corner Club, a qual eles ouviam nos Estados Unidos desde
meninos" ( Cf. Márcio Borges. Os sonhos não envelhecem. São Paulo: Geração
Editorial, 1996, p. 351). Na contracapa do disco, seu nome aparece em destaque
ao lado do de Milton Nascimento.
Vento de Maio
Em 1973, lançou pela EMI-Odeon um LP solo, que ficou
conhecido como o ''Disco do tênis''. O LP, que contou com a participação de
Beto Guedes, Flávio Venturini, Vermelho e Sirlan, não atingiu o sucesso
esperado.
Em 1978, foi lançado "Clube da Esquina 2", que
contou com apenas duas composições suas: "Pão e água" (c/ Roger e
Márcio Borges) e "Ruas da cidade" (c/ Márcio Borges).
Em 1979, gravou o LP "Via Láctea", que conta
com a supra citada “Vento de Maio”.
Nota da Redação:
Embora “Vento de Maio” seja do disco “Via Láctea”, a foto que ilustra a música
no YouTube é a capa do disco de 1973.
Vento de Maio
Márcio Borges / Telo Borges
Vento de maio rainha de raio estrela cadente
Chegou de repente o fim da viagem
Agora já não dá mais pra voltar atrás
Rainha de maio valeu o teu pique
Apenas para chover no meu piquenique
Assim meu sapato coberto de barro
Apenas pra não parar nem voltar atrás
Chegou de repente o fim da viagem
Agora já não dá mais...
Vento de raio rainha de maio estrela cadente
Chegou de repente o fim da viagem
Agora já não dá mais pra voltar atrás
Rainha de maio valeu o teu pique
Apenas para chover no meu piquenique
Assim meu sapato coberto de barro
Apenas pra não parar nem voltar atrás
Rainha de maio valeu o teu pique
Apenas para chover...
Nisso eu escuto no rádio do carro a nossa canção
Sol girassol e meus olhos abertos pra outra emoção
E quase que eu me esqueci que o tempo não pára
Nem vai esperar
Vento de maio rainha dos raios de sol
Vá no teu pique estrela cadente até nunca mais
Não te maltrates nem tentes voltar o que não tem mais vez
Nem lembro teu nome nem sei
Estrela qualquer lá no fundo do mar
Vento de maio rainha dos raios de sol
Chegou de repente o fim da viagem
Agora já não dá mais pra voltar atrás
Rainha de maio valeu o teu pique
Apenas para chover no meu piquenique
Assim meu sapato coberto de barro
Apenas pra não parar nem voltar atrás
Rainha de maio valeu o teu pique
Apenas para chover no meu piquenique...
Chegou de repente o fim da viagem
Agora já não dá mais pra voltar atrás
Rainha de maio valeu o teu pique
Apenas para chover no meu piquenique
Assim meu sapato coberto de barro
Apenas pra não parar nem voltar atrás
Chegou de repente o fim da viagem
Agora já não dá mais...
Vento de raio rainha de maio estrela cadente
Chegou de repente o fim da viagem
Agora já não dá mais pra voltar atrás
Rainha de maio valeu o teu pique
Apenas para chover no meu piquenique
Assim meu sapato coberto de barro
Apenas pra não parar nem voltar atrás
Rainha de maio valeu o teu pique
Apenas para chover...
Nisso eu escuto no rádio do carro a nossa canção
Sol girassol e meus olhos abertos pra outra emoção
E quase que eu me esqueci que o tempo não pára
Nem vai esperar
Vento de maio rainha dos raios de sol
Vá no teu pique estrela cadente até nunca mais
Não te maltrates nem tentes voltar o que não tem mais vez
Nem lembro teu nome nem sei
Estrela qualquer lá no fundo do mar
Vento de maio rainha dos raios de sol
Chegou de repente o fim da viagem
Agora já não dá mais pra voltar atrás
Rainha de maio valeu o teu pique
Apenas para chover no meu piquenique
Assim meu sapato coberto de barro
Apenas pra não parar nem voltar atrás
Rainha de maio valeu o teu pique
Apenas para chover no meu piquenique...
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