By Kevin
Há algumas semanas, morreu Vitorino Lopes Garcia, o Torino, ex-meia de Botafogo, Grêmio, Atlético-PR, Pelotas e Brasil-RS, entre outros. Ao saber da notícia, imediatamente me veio à mente a primeira vez que pisei no Estádio Olímpico para ver o meu time. Era um Grêmio x Botafogo pelo Brasileirão de 1971.
O jogo terminou empatado, mas meus olhos se encheram com o futebol apresentado pelos jogadores em campo. Não sou saudosista, pelo menos procuro não ser, mas acho que algumas coisas já foram muito melhores, e o futebol é uma delas.
Naquela tarde, tive oportunidade de ver a bola ser tratada de uma maneira bem diferente daquela que vemos de umas décadas para cá. Jadir era um operário, mas Gaspar era um jogador de grande categoria, assim como Torino, mais combativo (tanto que várias vezes foi utilizado por Otto Glória como centro-médio, que hoje se chama volante), que tinha grande habilidade e fazia lançamentos maravilhosos com a sua canhota.
O time carioca, por sua vez, só tinha gente que sabia o que fazer com a bola nos pés em seu meio de campo. Nei, Carlos Roberto e Paulo César (o Caju) eram craques que desfilavam seu belo futebol nas ensolaradas tardes de domingo no Maracanã. O próprio Torino havia sido companheiro deles algum tempo antes num Botafogo que tinha ainda Gérson, o Canhotinha de Ouro.
Mas tudo isso, no fim das contas, é só pra falar da minha saudade de um futebol que era mais gostoso de ser visto. De uma época em que os jogadores não eram chamados de atletas, davam passes ao invés de assistências e o juiz dava descontos, não acréscimos.
Como diria Luis Fernando Verissimo, eu envelheço, eu envelheço...
Há algumas semanas, morreu Vitorino Lopes Garcia, o Torino, ex-meia de Botafogo, Grêmio, Atlético-PR, Pelotas e Brasil-RS, entre outros. Ao saber da notícia, imediatamente me veio à mente a primeira vez que pisei no Estádio Olímpico para ver o meu time. Era um Grêmio x Botafogo pelo Brasileirão de 1971.
O Botafogo tinha craques como Jairzinho, que havia sido o
goleador brasileiro na conquista do Tri no México um ano antes, Paulo César,
Roberto, Zequinha, Nei, Carlos Roberto...
O Grêmio, à época treinado pelo
famoso Otto Glória, que havia levado a seleção portuguesa de Eusébio a um terceiro lugar na Copa de 66, era um time mais modesto. Contava, em seu elenco, com
jogadores, em sua maioria, gaúchos, e sua maior estrela era o lateral Everaldo,
tricampeão mundial com a seleção. O meio campo tricolor era formado por Jadir,
Torino e Gaspar.
O jogo terminou empatado, mas meus olhos se encheram com o futebol apresentado pelos jogadores em campo. Não sou saudosista, pelo menos procuro não ser, mas acho que algumas coisas já foram muito melhores, e o futebol é uma delas.
Naquela tarde, tive oportunidade de ver a bola ser tratada de uma maneira bem diferente daquela que vemos de umas décadas para cá. Jadir era um operário, mas Gaspar era um jogador de grande categoria, assim como Torino, mais combativo (tanto que várias vezes foi utilizado por Otto Glória como centro-médio, que hoje se chama volante), que tinha grande habilidade e fazia lançamentos maravilhosos com a sua canhota.
O time carioca, por sua vez, só tinha gente que sabia o que fazer com a bola nos pés em seu meio de campo. Nei, Carlos Roberto e Paulo César (o Caju) eram craques que desfilavam seu belo futebol nas ensolaradas tardes de domingo no Maracanã. O próprio Torino havia sido companheiro deles algum tempo antes num Botafogo que tinha ainda Gérson, o Canhotinha de Ouro.
Mas tudo isso, no fim das contas, é só pra falar da minha saudade de um futebol que era mais gostoso de ser visto. De uma época em que os jogadores não eram chamados de atletas, davam passes ao invés de assistências e o juiz dava descontos, não acréscimos.
Como diria Luis Fernando Verissimo, eu envelheço, eu envelheço...
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