Pra começar a
conversa, eu acho a preço da passagem de ônibus na Muileal muito caro e o
serviço prestado pelas empresas ruim. Muito ruim.
Já levei
atraque (hoje não sei como se chama o ato de ser revistado pela polícia) e já
dei minhas bandas em camburão.
Crédito: Ronaldo Bernardi/Agencia RBS |
Digo isso
porque vi, aqui na esquina de casa, uma passeata que imagino tenha começado com
um protesto contra o aumento do preço das passagens de ônibus na Muileal e deve
terminar com algum outro frege no largo Zumbi dos Palmares. (E, claro, se
estendendo pelos bares da região. Até a meia-noite, já a boêmia Muilel não
permite que seus bares fiquem abertos até muito tarde. Mas isso é outro assunto).
Algumas
coisas me chamam a atenção. Os policiais militares presentes – incluindo os que
seguravam o trânsito pra garantir a passeata – eram ostensivamente provocados
por alguns manifestantes, que, estranhamente, estavam encapuzados ou escondiam
o rosto de alguma maneira. Mas qual o motivo das máscaras? Esconder o rosto por
quê? Se a manifestação é justa – e acho que é – qual o motivo do medo? E tem
que ter polícia sim, porque essa turma quebra coisas. Semana passada depredaram
a prefeitura da Muileal.
Por enquanto,
o único resultado prático de tais manifestações é justamente o atraso no
trânsito dos usuários do transporte coletivo.
Há algumas
semanas, também tivemos uma manifestação na cidade na qual as pessoas cobriam o
rosto. E na ocasião ficava mais estranho ainda, porque cobriam o rosto e
descobriam o resto do corpo todo! Quem quiser andar nu que ande, mas fazer um
protesto mostrando a bunda e escondendo o rosto?
Certamente,
são grupos distintos, uma vez que um é composto por gente que anda de ônibus
(pagando metade da passagem, visto que são estudantes) e outro que anda de
bicicleta.
O que, de
certa forma, chega a ser um consolo. Imagine sair do serviço e ter que encarar
um ônibus cheio de estudantes pelados e peludos depois de um dia inteiro de
UFRGS.
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