Já ouvia Jorge Ben, eventualmente, em rádios. Lembro de sucessos seus tocados no final dos anos 60, mas criança ou pré-adolescente, meus intéresses eram outros (sim eu tinha um pinto).
Na na casa de meu pai foi que pude conhecer melhor sua obra. Meu velho tinha um equipamento de fita cassete com um ótimo estéreo. Lá, ouvi pela primeira vez o álbum Negro é Lindo. Produzido por Paulinho Tapajós e com acompanhamento do Trio Tapajós. "Rita Jeep", com arranjo de harmônica, ou das cordas em "Porque é proibido pisar na grama", foi um divisor de águas em meu gosto musical. A partir dali, nunca mais seria o mesmo, mas quem se importa...
Da contracapa do álbum: Negro é Lindo traz homenagem a Cassius Clay, Muhammad Ali e João Parahyba, apelidado de Comanche. Traz declarações de amor à sua querida Maria Tereza Domingas e, ao mesmo tempo, propõe um pacto de comunhão de bens à Rita Lee, sua carona dos estúdios pra casa no Brooklin.
No estúdio, Tapajós preferia gravar com Jorge sozinho em cima de um estrado, sob o qual colocava microfones que captavam a batida dos tamancos do artista e o roçar da palheta sobre as cordas dos violões. A partir dali, os arranjos eram montados.
"Com a pulsação dos tamancos, da voz e da palheta, o Jorge se transformava numa máquina de ritmo. Depois eu enfeitava com os outros instrumentos em tessituras que não esbarravam na dele. Gravamos 30, 40 músicas para um único disco, e acredito que ainda deva existir muito material inédito (nota do copista (me): por Baco, cadê isto?). Era a melhor maneira, porque o grande barato do Jorge é a liberdade. Ele não tem disciplina. Então, temos de ir atrás dele".
Pode-se analisar essa liberdade como uma certa alienação às técnicas e às artificialidades de estúdio e ao processo de ensaio como um todo.
Esta é a sua discografia de estúdio, mas tem ainda gravações ao vivo, coletâneas, tributos e outros.
1963 - Samba Esquema Novo
1964 - Sacundin Ben Samba
1964 - Ben É Samba Bom
1965 - Big Ben
1967 - O Bidú: Silêncio no Brooklin
1969 - Jorge Ben
1970 - Força Bruta
1971 - Negro É Lindo
1972 - Ben
1973 - 10 Anos Depois
1974 - A Tábua de Esmeralda
1975 - Gil & Jorge: Ogum, Xangô
1975 - Solta o Pavão
1976 - África Brasil
1976 - Tropical
1978 - A Banda do Zé Pretinho
1979 - Salve Simpatia
1980 - Alô Alô, Como Vai?
1981 - Bem-vinda Amizade
1984 - Dádiva
1985 - Sonsual
1986 - Ben Brasil
1989 - Ben Jor
1993 - 23
1995 - Homo Sapiens
2004 - Reactivus Amor Est (Turba Philosophorum)
2007 - Recuerdos de Asunción 443
Pérolas para quem gosta de boa música.
Na na casa de meu pai foi que pude conhecer melhor sua obra. Meu velho tinha um equipamento de fita cassete com um ótimo estéreo. Lá, ouvi pela primeira vez o álbum Negro é Lindo. Produzido por Paulinho Tapajós e com acompanhamento do Trio Tapajós. "Rita Jeep", com arranjo de harmônica, ou das cordas em "Porque é proibido pisar na grama", foi um divisor de águas em meu gosto musical. A partir dali, nunca mais seria o mesmo, mas quem se importa...
Da contracapa do álbum: Negro é Lindo traz homenagem a Cassius Clay, Muhammad Ali e João Parahyba, apelidado de Comanche. Traz declarações de amor à sua querida Maria Tereza Domingas e, ao mesmo tempo, propõe um pacto de comunhão de bens à Rita Lee, sua carona dos estúdios pra casa no Brooklin.
No estúdio, Tapajós preferia gravar com Jorge sozinho em cima de um estrado, sob o qual colocava microfones que captavam a batida dos tamancos do artista e o roçar da palheta sobre as cordas dos violões. A partir dali, os arranjos eram montados.
"Com a pulsação dos tamancos, da voz e da palheta, o Jorge se transformava numa máquina de ritmo. Depois eu enfeitava com os outros instrumentos em tessituras que não esbarravam na dele. Gravamos 30, 40 músicas para um único disco, e acredito que ainda deva existir muito material inédito (nota do copista (me): por Baco, cadê isto?). Era a melhor maneira, porque o grande barato do Jorge é a liberdade. Ele não tem disciplina. Então, temos de ir atrás dele".
Pode-se analisar essa liberdade como uma certa alienação às técnicas e às artificialidades de estúdio e ao processo de ensaio como um todo.
Esta é a sua discografia de estúdio, mas tem ainda gravações ao vivo, coletâneas, tributos e outros.
1963 - Samba Esquema Novo
1964 - Sacundin Ben Samba
1964 - Ben É Samba Bom
1965 - Big Ben
1967 - O Bidú: Silêncio no Brooklin
1969 - Jorge Ben
1970 - Força Bruta
1971 - Negro É Lindo
1972 - Ben
1973 - 10 Anos Depois
1974 - A Tábua de Esmeralda
1975 - Gil & Jorge: Ogum, Xangô
1975 - Solta o Pavão
1976 - África Brasil
1976 - Tropical
1978 - A Banda do Zé Pretinho
1979 - Salve Simpatia
1980 - Alô Alô, Como Vai?
1981 - Bem-vinda Amizade
1984 - Dádiva
1985 - Sonsual
1986 - Ben Brasil
1989 - Ben Jor
1993 - 23
1995 - Homo Sapiens
2004 - Reactivus Amor Est (Turba Philosophorum)
2007 - Recuerdos de Asunción 443
Pérolas para quem gosta de boa música.
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