Existem muitas maneiras de demonstrar carinho e afeto por alguém.
Por palavras ou gestos, tatuagens no antebraço ou na omoplata ou ainda
tirando fotos fazendo coraçãozinho com as mãos.
Há quem prefira as faixas ou camisetas. E aí eu não entendo.
Eu sei você vai dizer que eu não entendo muita coisa, e é verdade. Não entendo
o Complexo de Golgi e nenhuma outra organela. Não entendo por que raios quem
vai descer por último no ônibus fica cravado na porta de saída. E tantas outras
coisas. Mas as faixas e camisetas com declarações carinhosas me intrigam deveras.
Na minha cabeça inocente e defasada, quando se quer informar
algo para uma pessoa, a gente se dirige a ela. Por mail, SMS, Skype, telefone,
fax e até mesmo, veja só, chamando pra uma conversa. Aí você diz que gosta, que
se arrepende, parabeniza, enfim, dá o seu recado. Agora, escrever uma faixa
endereçada a alguém que está no hospital e colocar em na rua: “Força, Dudu!” eu
não entendo. Mande flores pro Dudu. Um cartão pro Dudu. O Dudu mal pode ir ao
banheiro, imagina passear na praça e ver a faixa.
Dudu saiu do hospital e passou no vestibular: “Parabéns,
Dudu!”. Dependendo da personalidade do Dudu ele vai estar
comemorando a aprovação, de ressaca, ou já estudando. Não estará perambulando pelas calçadas
pra ver a faixa. Dudu eventualmente se elege deputado e apronta alguma; “Fora,
Dudu!”. Dudu estará em qualquer lugar do mundo, menos na janela observando
protestos contra ele.
Enfim, não entendo porque eu preciso saber o que as pessoas pensam
sobre o Dudu ou desejam pro Dudu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário