Leio na ZH que amanhã (01/10/2014) o Multipalco do Teatro
Eva Sopher inaugurará mais um de seus “espaços”: a Sala de Música Gerdau. A
ideia é que no local tenha uma programação permanente de música de câmara.
A matéria segue: “Inauguração amanhã também marca dois
avanços nas obras do complexo cultural: a finalização das instalações
hidrossanitárias, elétricas e anti-incêndio e a entrega da subestação de
energia.”
Excelente. Supimpa. Coisa fina. Mas a mesma matéria dá conta
do que pode ser considerado um detalhe: o auditório ainda não pode receber o
público. O evento de abertura acontecerá apenas com a presença de convidados
para apresentação da Escola de Música Sol Maior e da Orquestra de Câmara do
Theatro. Por que eu não me surpreendo?
Ermã e cunhado (nosso Igor) me atualizam sobre uma dessas
coisas que correm rápido (pelo menos pra um pré-tecnológico como eu) no tuíter: Mark Ruffalo “desapoia” a candidatura de Marina Silva à presidência do Brasil.
É tudo verdade, me esclareceram.
Fui atrás da biografia do sujeito, já que só o que me lembrava dele era a cara de confiável e que faz sucesso personificando personagens com semblante
de sofrimento. Resignado e abnegado sofrimento. Cara de quem carrega nas costas
as dores do mundo. Sem reclamar. “Mas se olhar no fundo dos meus olhos verá
toda minha dor, beibe”.
Parece que fez um Hulk agora. Deve ser o Hulk mais
sofredor de todos. Não sei como conseguem irritar um David Banner com aquela
cara.
O Wikipédia me auxilia dizendo que além de ator sofredor ele
é diretor, produtor e roteirista. Deve ferver umas salsichas pra ajudar na
cozinha e pregar umas tábuas pra auxiliar na feitura dos filmes também. Além, é
claro, de ativista político e defensor de minorias e causas igualitárias. Ou
seja, postulante a Bono. O texto do Wikipédia ainda diz que apesar de todo
sucesso segue “sem deixar de lado o cinema independente, sua grande paixão”.
Voltando, enfim, ao início. O apoio de Ruffalo à Marina (que
ele chama somente de Silva) se deu por conta das causas “verdes”. Mas o ator
sofreu muito ao saber que ela não apoia incondicionalmente o casamento
homossexual. A candidata tentou demover o ator da desistência, inclusive mandou
seu programa de governo pra ele. Parece que sem convencer muito. (Se o sensível
ator visse os comentários de Levy Fidelix sobre a causa gay, certamente choraria
deprimido por dois meses seguidos e depois faria um comovente filme
independente. Chatíssimo.)
É claro que o atormentado Ruffalo pode dar opinião sobre o
que bem entender. Eu, inclusive, faço isso o tempo inteiro. Mas qual o real
valor de um respaldo desse quilate? Eu fiquei sabendo do acontecido todo por
ele ter virado galhofa no tuíter. Alguém realmente leva a sério o que o aflito
Mark pensa? E será que ele acha que seu apoio a alguém vai ajudar a decidir uma
eleição?
Eu acho interessante como às vezes se dá um ar de grandiosidade
pra qualquer bobagem. Ou ainda, um sentido nobre pra uma ação qualquer. O impagável Galvão Bueno, no seu programa “Bem Amigos!”, disse que o capitão Carlos Alberto Torres foi jogar nos Estados Unidos, antes
de encerrar sua carreira, “pra abrir mercado”. Convenhamos, não foi isso que ele foi fazer lá. Foi ganhar
um dinheiro, fazendo o que ele sabia fazer de melhor e como poucos: jogar
futebol. E qual o problema nisso?
Raimundo Roberto Morhy Barbosa, o Beto Barbosa, nasceu em Belé, PA, em 1955. Considerado o Rei da Lambada, surgiu na década de 1980. Famoso compositor de "Adocica", um de seus grandes sucessos que vendeu cerca de três milhões de cópias. Ao longo de sua carreira, gravou 10 LPs e 11 CDs. Ganhou diversos prêmios, como o Troféu Imprensa.
Beto Barbosa foi o único artista do Norte do Brasil a ganhar o Troféu Imprensa de melhor cantor, título que dividiu na época com o cantor José Augusto, em votação realizada por Sílvio Santos, em 1991. O programa Fantástico, da Rede Globo, chegou a apresentar três clipes do cantor na mesma edição. Em um deles, Beto se apresentava no Mangueirão, em Belém, quando foi registrado o maior público de toda a história do Pará. O disco “Preta”, lançado em 1990, foi recorde de vendas e Beto foi recorde de público, até hoje, em sua apresentação no Espaço Cultural, em João Pessoa.
“Eu nasci em uma sexta-feira treze à meia-noite. Muitas pessoas disseram que eu seria muito infeliz durante toda a vida por causa disso e que seria capaz de ver fantasmas e falar com espíritos. Infelizmente, nunca encontrei nenhuma alma penada. Gostaria de tirar minhas dúvidas sobre o mundo dos espíritos, mas não tive esse privilégio. Quanto à infelicidade, vocês podem tirar suas próprias conclusões depois de lerem este relato.”
Dia desses escrevi sobre o que diferencia os homens dos
meninos. Me ocorreu que com as cidades acontece a mesma coisa.
Não é o nível de industrialização, emprego, alfabetismo, PIB ou o
seu orçamento que faz de uma cidade grande ou pequena. É a existência de um
restaurante chamado Govinda. (Cheguei a imaginar que fosse uma franquia administrada de
dentro de uma caverna ou do alto uma montanha, mas tudo leva a crer que não.
Empreendedores naturais gostam do nome.)
Mas confesso que fiquei em dúvida se é causa ou
consequência. O crescimento de uma cidade tem como corolário que pessoas de
diversas partes e comportamentos se estabeleçam por lá. Entre elas, pessoas que
gostam de tofu, bambu e que são muito legais.
Por outro lado, a eclosão de um restaurante Govinda dá uma
chinfra para a cidade. Imagine o brilho no olho de um CEO ao saber que sua empresa
vai para uma pequeno lugarejo, mas que lá ele vai poder almoçar berinjela com
gengibre. É um diferencial para a cidade. O certo é que toda cidade com mais de 25.000 habitantes tem um restaurante chamado Govinda.
Uma de segurança pública. Ou mais de comportamento, vá lá.
O sujeito teve seu carro roubado. Pediu ajuda pra localizar
seu auto pelo tuíter. Tem toda minha solidariedade, claro. Mas aí ele
complementa; “O carro é utilizado para trabalhar e transportar uma criança de
1 ano”.
Pela lógica do desafortunado cidadão, se ele tivesse outro
carro, ou se não tivesse filho e nem trabalho, não seria problema nenhum ter
seu carro roubado.
Eu não só discordo como não entendo esse tipo de pensamento. Entendo a revolta e o sentimento de injustiça. Mas não entendo o raciocínio.
O bom repórter Humberto Trezzi escreveu, na ZH de sábado,
sobre um tiroteio causado por um assalto (que acabou sendo frustrado) a um
carro-forte, ocorrido na MuiLeal sexta-feira passada (26/09/2014), no qual os
seguranças, segundo ele, escolheram a hora errada de reagir. (Será que deveriam pedir tempo, como um técnico de vôlei, até o momento oportuno? Ou “mandrake”, como fazia meu avô quando queria que a gente parasse quieto?)
Parece que bandidos e seguranças trocaram mais de 100 tiros.
E, imagino, essa reação dos seguranças é que frustrou o assalto. Certamente não
foi o remorso dos meliantes durante a execução da investida.
Aí
eu fico pensando, se não é pra reagir, pra que aquele monte de revólver e
espingarda? É mais fácil então reabilitarem os infalíveis office-boys pra essa empreitada de carregar dinheiro pra lá e pra
cá.
Sledgehammer é uma canção do álbum So, de Peter Gabriel, lançado em 1987. Foi número 1 nas paradas de sucesso do Canadá, dos EUA, e da Grã-Bretanha. Em 1987, concorreu a três premiações do Grammy Awards. O videoclipe dessa canção ganou vários prêmios desde que foi lançado. Em 1987, bateu o recorde de nove premiações no MTV Video Music Awards (recorde que ele ainda detém). Além disso, é o videoclipe mais tocado da história da MTV.
You could have a steam train
If you'd just lay down your tracks
You could have an aeroplane flying
If you bring your blue sky back
All you do is call me
I'll be anything you need
You could have a big dipper
Going up and down, all around the bends
You could have a bumper car, bumping
This amusement never ends
I want to be your sledgehammer
Why don't you call my name
Oh let me be your sledgehammer
This will be my testimony
Show me round your fruit cakes
'Cause I will be your honey bee
Open up your fruit cakes
Where the fruit is as sweet as can be
I want to be your sledgehammer
Why don't you call my name
You'd better call the sledgehammer
Put your mind at rest
I'm going to be-the sledgehammer
This can be my testimony
I'm your sledgehammer
Let there be no doubt about it
Sledge sledge sledgehammer
I kicked the habit (I kicked the habit)
Shed my skin (Shed my skin)
This is the new stuff (This is the new stuff)
I go dancing in, (We could go dancing in)
Oh won't you show for me (Show for me)
I will show for you (Show for you)
Show for me (Show for me), I will show for you
Yea, yeah, yeah, yeah, yeah, yeah, I do mean you
Only you, you've been coming through
Going to build that power
Build, build up that power, hey
I've been feeding the rhythm
I've been feeding the rhythm
Going to feel that power, build in you
Come on, come on, help me do
Yeah, yeah, yeah, yeah, yeah, yeah, yeah, yeah, you
I've been feeding the rhythm
I've been feeding the rhythm
It's what we're doing, doing
All day and night, come on and help me do, come on and help me do
Um segredo do passado veio a tona, Johnny permite que a
jornalista July espalhe câmeras pela sua casa, um interesse em registrar
acontecimentos sobrenaturais que acabou gerando uma grande confusão mostrando
que aquela casa era uma igreja, igreja onde coisas terríveis aconteceram.
Desvende o pior dos acontecimentos assistindo-o.
Os Ossos do Barão foi uma telenovela brasileira produzida pela Rede Globo e exibida às 22h, de 8 de outubro de 1973 a 30 de março de 1974. Escrita por Jorge Andrade e dirigida por Régis Cardoso, contou com 150 capítulos.
Egisto Ghirotto, um descendente de italianos, foi criado como empregado na fazenda do Barão de Jaraguá, e acabou fazendo fortuna durante a Revolução Industrial, em São Paulo, diferentemente do que ocorreu com as famílias tradicionais paulistas, que empobreceram devido à queda do comércio cafeeiro. Ele tem tudo que pertencera ao Barão, inclusive seus ossos, que adquirira ao comprar a urna funerária dele. Apesar de ter tudo, ele não está feliz, pois em sua inveja, sonha em adquirir um título de nobreza. Mas pensa que isso só poderá ser alcançado se seu filho, Martino, se casar com Isabel, a bisneta do barão. Ledo engano, pois os títulos eram pessoais e outorgados durante o período do Império, pelo imperador, para pessoas de elevada colaboração pessoal, como construção de hospitais, catedrais, estradas de ferro, escolas e outras importantes benfeitorias para o país. Entre os quatrocentões, os mais conservadores, como Antenor, o filho do Barão, vivem de lembranças e de aparências, e os mais jovens tentam se adaptar à nova realidade. A situação acaba causando conflitos, especialmente entre pais e filhos. O tema de abertura é de Marcos e Paulo Sérgio Valle.
Paulo Gracindo - Antenor Camargo Parente de Rendon Pompeo e Taques Lima Duarte - Egisto Ghirotto Dina Sfat - Isabel José Wilker - Martino Leonardo Villar - Miguel Carmem Silva - Melica Lélia Abramo - Bianca Maria Luiza Castelli - Verônica Edney Giovenazzi - Vicente Bibi Vogel - Lavínia José Augusto Branco - Luigi Jorge Botelho - Rogério Neuza Amaral - Maria Clara Sandra Bréa - Zilda Renata Sorrah - Lourdes Gracindo Júnior - Omar Elza Gomes - Ismália Antônio Pitanga - Misael Rachel Martins - Virgínia
Levou o manequim de madeira à festa porque não tinha
companhia e não queria ir sozinho.
Gravata bordeaux, seda. Camisa pregueada, cambraia. Terno
riscado, lã. Tudo do bom. Suas melhores roupas na madeira bem talhada, bem
lixada, bem pintada, melhor corpo. Só as meias um pouco grossas, o que porém se
denunciaria apenas se o manequim cruzasse as pernas. Para o nariz firmemente
obstruído, um lenço no bolsinho.
No relógio de ouro do pulso torneado, a festa já tinha
começado há algum tempo.
Sorridentes, os donos da casa se declararam encantados por
ter ele trazido um amigo.
— Os amigos dos nossos amigos são nossos amigos — disseram
saboreando a generosidade da sua atitude. E o apresentaram a outros convidados,
amigos e amigos de nossos amigos. Todos exibiram os dentes em amável sorriso.
Recebeu o copo de uísque, sua senha. E foi colocado no canto
esquerdo da sala, entre a porta e a cômoda inglesa, onde mais se harmonizaria
com a decoração.
A meia hilaridade pintada com tinta esmalte e reforçada com
verniz náutico exortava outras hilaridades a se manterem constantes, embora
nenhuma alcançasse idêntico brilho. Abriam-se os transitórios vizinhos em
amenidades que o compreensivo calar-se do outro logo transformava em
confidências. Enfim alguém que sabia ouvir. Relatos sibilavam por entre
gengivas à mostra e se perdiam em quase espuma na comissura dos lábios. Cabeças
aproximavam-se, cúmplices. Apertavam-se as pálpebras no dardejado do olhar. O
ruge, o seio, o ventre, a veia expandida palpitavam. O gelo no uísque fazia-se
água.
A própria dona da casa ocupou-se dele na refrega de
gentilezas. Trocou-lhe o copo ainda cheio e suado por outro de puras pedras e
âmbar. Atirou-se à conversa sem preocupações de tema, cuidando apenas de
mantê-lo entretido. Do que logo se arrependeu, naufragando na ironia do sorriso
que lhe era oferecido de perfil. A necessidade de assunto mais profundo levou-a
à única notícia lida nos últimos meses. E nela avançou estimulada pelo silêncio
do outro, logo úmida de felicidade frente a alguém que finalmente não a
interrompia. No mais frondoso do relato o marido, entre convivas, a exigiu com
um sinal. Afastou-se prometendo voltar.
O brilho de uma calvície abandonou o centro da sala e
coruscou a seu lado, derramando-lhe sobre o ombro confissões impudicas, relato
de farta atividade extraconjugal. Sem obter comentários, sequer um aceno, o
senhor louvou intimamente a discrição, achando-a, porém, algo excessiva entre
homens. Homens menos excessivos aguardavam em outros cantos da sala a repetição
de suas histórias.
Não acendeu o cigarro de uma dama e esta ofendeu-se, já não
havia cavalheiros como antigamente. Não acendeu o cigarro de outra dama e esta
encantou-se, sabia bem o que se esconde atrás de certo cavalheirismo de
antigamente. Os cinzeiros acolheram os cigarros sem uso.
Um cavalheiro sentiu-se agredido pelo seu desprezo. Um outro
pela sua superioridade. Um doutor enalteceu-lhe a modéstia. Um senhor
acusou-lhe a empáfia. E o jovem que o segurou pelo braço surpreendeu-se com sua
rígida força viril.
Nenhum suor na testa. Nenhum tremor na mão. Sequer uma ponta
de tédio. Imperturbável, o manequim de madeira varava a festa em que os outros
aos poucos se descompunham.
Já não eram como tinham chegado. As mechas escapavam,
amoleciam os colarinhos, secreções escorriam nas peles pegajosas. Só os
sorrisos se mantinham, agora descorados.
No relógio torneado do pulso rijo a festa estava em tempo de
acabar.
As mulheres recolhiam as bolsas com discrição. Os amigos, os
amigos dos amigos, os novos amigos dos velhos amigos deslizavam porta afora.
Mais tarde, a dona da casa, tirando a maquilagem na paz
final do banheiro, dedos no pote de creme, comentava a festa com o marido.
— Gostei — concluiu alastrando preto e vermelho no rosto em
nova máscara —, gostei mesmo daquele convidado, aquele atencioso, de terno
riscado, aquele, como é mesmo o nome?
Fui Eu, de Herbert Vianna, foi gravada no disco O Passo do Lui, d'Os Paralamas do Sucesso, em 1984. A música foi uma das oito do disco que estouraram nas paradas de sucesso.
No mesmo ano, o Sempre Livre (nome que fazia menção a uma marca de absorventes femininos), uma banda formada só por mulheres, no Rio de Janeiro, colocou a música no seu LP de estreia, Avião de Combate, produzido por Ruban (o produtor d'As Frenéticas).
O grande sucesso do disco foi a música "Eu Sou Free", de Ruban e Patrícia Travassos, mas a música de Herbert Vianna também foi destaque.
Henri Cartier-Bresson, autor de Atrás da Estação Saint
Lazare, é reverenciado até hoje por esta fotografia. Ele capturou o jovem
pulando sobre uma poça em pleno ar. A imagem tem uma agradável simetria entre a
figura principal e as grades refletidas na água. Além disso, o anúncio à
esquerda de acrobatas, a escada e os anéis de metal lembram circo e o jovem
saltando lembram muito o circo.
A espontaneidade e a beleza da sua composição justificam
porque esta é uma das fotos mais famosas do mundo. Sobre ela, o fotógrafo uma
vez comentou: "No momento em que o homem pulou, eu estava por acaso
olhando com minha câmera através de um buraco na grade."
No fundo da fotografia, a rua observa-se uma rua pobre, mas
Cartier-Bresson a impregna com o alegre caráter de uma cena pastoral idílica. A
habilidade do fotógrafo de ver beleza na periferia das grandes cidades era
revolucionária.
Os reflexos nas fotos, como já dito, criaram uma boa
simetria para a foto. Cartier-Bresson adorava este equilíbrio a partir de
padrões repetitivos. O cotidiano, de certa forma, também é composto de reflexos
repetitivos. É como se ele estivesse passando todo o seu gosto por fotos
cotidianas, da periferia na própria fotografia.
Outra coisa que se repete na foto é a figura do acrobata nos
dois cartazes atrás da grade. Assim, estes anúncios acabam espelhando a imagem
do homem que salta. O cartaz adjacente anuncia um artista chamado Railowasky,
criando um trocadilho em inglês e francês com "ferrovia".
Ficha Técnica - Atrás da estação Saint Lazare
Autor: Henri Cartier-Bresson
Onde ver: Acervos particulares
Ano: 1932
Técnica: Impressão em prata coloidal
Tamanho: Vários tamanhos
Movimento: Influenciado pelo surrealismo e cubismo
A banda Violeta de Outono foi formada em 1984 em São Paulo, por Fabio Golfetti, Angelo Pastorello e Claudio Souza, moldando sua
própria sonoridade ao misturar as tendências correntes na época com a
psicodelia de Pink Floyd/Beatles, e rapidamente ganhou a atenção de público e
mídia. Ao longo de mais de 25 anos de estrada, a banda se manteve paralela ao
mainstream, obtendo uma reputação cult e reconhecimento internacional. Seus
concertos são conhecidos pela atmosfera hipnótica e sons espacias, e se tornaram
a marca registrada da banda. Seu primeiro LP, homônimo, de 1987, marcado por
uma psicodelia envolta em sombras, conseguiu a proeza de angariar fãs de rock
progressivo e dos estilos pós-punk e dark/gótico.
“Não sei se dá para dizer exatamente quando começou essa geração mariquinha. Talvez tenha sido quando as pessoas começaram a se perguntar sobre o sentido da vida.”
O Passo do Lui é o segundo álbum do grupo Paralamas do Sucesso, lançado em 1984. Como o primeiro álbum da banda, Cinema Mudo, não tinha agradado tanto o trio, O Passo do Lui, acabou imprimindo a identidade dos Paralamas, como a mudança de sonoridade, com a bateria e o baixo mais presentes, e composições que marcariam o rock brasileiro.
O disco obteve maior sucesso com a apresentação dos Paralamas no Rock in Rio de 1985. A música "Óculos" já estava praticamente estourada. Com dois shows considerados como umas das melhores atrações do festival, a banda levou a turnê do disco para todo o Brasil. As músicas do disco são assinadas por Herbert Vianna, com exceção de "Assaltaram a Gramática", de Lulu Santos e Waly Salomão, e "Romance Ideal", parceria com Martim Cardoso.
O álbum teve oito faixas de enorme sucesso. Apenas "Menino e Menina" e "O Passo do Lui" não tiveram grande execução nas rádios. Clássicos como "Meu Erro", "Romance Ideal", "Ska", "Mensagem de Amor" e "Me Liga" mostram porque o disco é considerado um dos melhores para o público e para os fãs. As vendas chegaram a mais de 250 mil cópias.
Lado 1
1. Óculos (Herbert Vianna) 03:41
2. Meu Erro (Herbert Vianna) 03:29
3. Fui Eu (Herbert Vianna) 03:52
4. Romance Ideal (Martim Cardoso, Herbert Vianna) 04:10
5. Ska (Herbert Vianna) 02:29
Lado 2
1. Mensagem de Amor (Herbert Vianna) 04:20
2. Me Liga (Herbert Vianna) 03:50
3. Assaltaram a Gramática (Lulu Santos, Waly Salomão) 02:52
4. Menino e Menina (Herbert Vianna) 03:59
5. O Passo do Lui (Herbert Vianna) 02:20
Herbert Vianna: vocal e guitarra
Bi Ribeiro: baixo
João Barone: bateria e percussão
Lulu Santos: backing vocals em "Assaltaram a Gramática" Scarlet Moon: backing vocals em "Assaltaram a Gramática" Jotinha: teclados em "Me Liga", "Óculos" e "Meu Erro" Ricardo Cristaldi:teclados em "Óculos" e "Assaltaram a Gramática". Paula Preuss: Backing vocals em "Me Liga" e "Fui Eu" Léo Gandelmann: sax
Ao final do último jogo entre Grêmio e Santos, em Porto Alegre, o goleiro Aranha expressou toda a sua tristeza e frustração pelas vaias que recebeu da torcida adversária. Ele disse que esperava ser recebido de outra maneira e que as pessoas que o vaiaram estavam apoiando a atitude racista expressa por alguns torcedores no jogo anterior. Não quero entrar no mérito da questão, pois isso dá muito 'pano pra manga' e munição para os mal intencionados e os puros de alma de plantão. O curioso, para mim, na manifestação do jogador, que falou como se fosse um novato no mundo do futebol e cidadão brasileiro há pouco tempo, foi a lógica da argumentação: "Se me vaiaram é porque apoiam quem me chamou de macaco."
A singeleza da argumentação me lembra a piada do sujeito que está passando em frente a uma livraria e vê um amigo saindo com um livro debaixo do braço. — Que livro é esse? — ele pergunta, curioso. — Um livro sobre lógica. — Lógica?! O que é isso?! — Eu vou te dar um exemplo. Você tem aquário em casa? — Tenho! — Então, se você tem aquário em casa, logicamente tem água dentro! — É, tem sim! — Se você tem aquário e ele tem água, logicamente tem um peixe dentro! — Acertou de novo! — Se você tem um aquário com água e peixes, é provável que você tenha uma ou mais crianças em casa. — Sim, tenho dois filhos! — Se você tem filhos, logicamente, você não é gay! Entendeu? — Entendi! Que legal! Ele fica tão entusiasmado que acaba comprando um exemplar também. No caminho, encontra um outro amigo que lhe pergunta: — Que livro é esse? — É um livro sobre lógica! — Lógica? O que é isso? — Eu vou te dar um exemplo: você tem aquário em casa? — Não! — Então, logicamente, você é um viado!
Fiquei imaginando, quando li o texto do Bissón sobre a Sophia Loren, o que as "superestrelas" de hoje devem pensar ao ver as fotos da atriz no auge da forma. Devem, por certo, ficar escandalizadas e sem entender como os homens podiam gostar de mulheres "gordas". Afinal, como disse esta semana uma rainha da bateria de escola de samba, "É preciso ficar seca para aparecer gostosa no carnaval." A exceção são as celebridades (sic) oriundas do pomar, tipo as melancias, os melões, as jacas...
Gordas como Marilyn Monroe, Brigitte Bardot, Sophia Loren e Claudia Cardinale seriam, hoje, satirizadas, como a Kate Winslet em um episódio de Family Guy. Lois e Peter, o casal central, estão em um cruzeiro. A cena mostra os dois abraçados olhando as estrelas. Lois diz estar tão feliz que se sente como "aquela britânica gorda" que fez Titanic. Peter diz a ela que não é uma atriz que fez o papel central do filme, mas um ator travestido. Ela insiste que é uma atriz, mas Peter, docemente compreensivo ante a "inocência" da esposa, abraça-a e encerra o assunto: - Não, Lois, o papel foi interpretado pelo Philip Seymour Hoffman. Eu envelheço, eu envelheço...
George Freedman nasceu em Berlim, Alemanha, em 1940. Cantor e compositor, é filho de pai alemão e mãe brasileira. Ainda pequeno transferiu-se para o Brasil. Iniciou a carreira no final da década de 1950 cantando rocks, na sua maioria versões de hits estrangeiros. Em 1959, gravou na Califórnia seu primeiro disco, interpretando, de sua autoria, o rock balada "Leninha", e de Steve Rowlands, em versão de Fred Jorge, o rock calipso "Hey, little baby". Nessa época fez apresentações constantes na TV Tupi de São Paulo. Todavia, só veio a obter alguma projeção pessoal a partir da explosão do movimento da Jovem Guarda.
Em 1960, obteve seu primeiro sucesso com "Olhos Cor do Céu", versão de "Pretty Blue Eyes". Em 1961, gravou pela Continental os rocks "Advinhão" e "Inveja", de Baby Santiago. No ano seguinte, lançou compacto duplo com "O Jato", "Canção do Casamento", "Good Luck Charm" e "Um Beijinho Só". No mesmo ano, lançou "Multiplicating", seu primeiro LP. Apresentou-se na TV Paulista no programa "Ritmos da juventude". Na mesma época apresentava-se com regularidade, acompanhado do conjunto The Rebels, na boate Lancaster, na Rua Augusta, em São Paulo. Em 1966, gravou "Coisinha estúpida" e "Um grande amor". Em 1968, lançou "Quando me Enamoro" e "Eu te Amo". Em 1970, chegou a fazer dupla com Waldirene, lançando pela RCA Victor um compacto simples com as músicas "Nosso amor" e "Você e Eu". Com o declínio da Jovem Guarda, saiu da cena artística.
Elizângela do Amaral Vergueiro, nasceu em Resende, RJ, em 1954. Começou na televisão no Clube do Guri, da TV Tupi, do Rio, e em 1965 apresentou o programa Essa Gente Inocente, na TV Excelsior do Rio. Na TV Globo, estreou em 1966, no Clube do Capitão Furacão, programa infantil da TV Globo, comandado por Pietro Mário. Começou a atuar em novelas nos anos 70. Interpretou diversos personagens marcantes na televisão entre os anos 70 e a primeira década de 2000. Arriscou ser cantora e lançou um disco em 1978, o compacto intitulado "Elizângela", que continha as canções "Ele ou Você" e "Pertinho de Você", distribuído pela gravadora RCA para todo o Brasil e exterior. O single vendeu mais de um milhão de exemplares e a canção "Pertinho de Você", ficou entre as mais tocadas por 52 semanas no Brasil e é recordista de audiência no ECAD. Foi premiada como um das melhores cantoras do país. Após o estrondoso sucesso, a atriz sofreu pressão da indústria fonográfica e teve que decidir entre interpretar ou cantar e resolveu desistir da carreira de cantora. "Era uma manipulação horrorosa. Queriam me forçar a entrar em um gênero e eu queria buscar meu estilo."