Ouvi notícias de muito longe batendo na minha porta. Elas
davam conta de engarrafamentos de quilômetros nas rodovias durante o feriado.
Horas de espera na estrada. Filas incomensuráveis nos mercados do litoral e etc. etc. etc. As mesmas do ano passado. Não imagino que alguém tenha se
surpreendido com isso.
Meu primeiro pensamento, homem dotado de sentimentos – e
gestos – nobres que sou, foi solidário: “Bem feito!”. Mas em seguida me dei
conta de que pra quem enfrenta praia nessa época do ano pouco importa tudo
isso. Esses números são apenas mais uns nas estatísticas pra contar na volta à
firma: “Tomamos 24 cervejas na virada!”, “Nós tomamos 36”, “Nós tomamos 48”.
(Reparem que os bravateiros sempre usam progressão aritmética).
Então, ficar em um engarrafamento de 30, 35, 40 quilômetros
(pra continuar na PA), não faz diferença alguma. O que não vale é dizer que
ficou em casa.
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