Páginas

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

DOS LUGARZINHOS

Foi em uma reportagem da Sara Feliz que ouvi, mas não posso creditar somente a ela essa bobagem, a conversa é antiga. Alguém é destacado pra fazer reportagem (ou faz reportagem pra ser destacado) e vai pra uma pequena cidade e descobre um restaurante espetacular. É sempre a mesma coisa. O lugar é pequeno, aconchegante e os donos são muito simpáticos. 

Bueno, pra começar a conversa, qualquer dono de restaurante é simpático com quem vai falar do restaurante dele em uma rádio, no jornal ou na televisão. Mas tudo bem. Mesmo que essa simpatia não se irradie pra todos que estão ali (pagando), vamos adiante, pois é justamente nos donos, ou no dono, que reside o principal do lugar. 

E a reportagem é sempre assim: “Antes de falar do lugar, é preciso falar sobre o dono do lugar”. E aí fala sobre sua origem desastrada e que quando “chegou aqui se apaixonou pelo lugar e se apaixonou pela Dona Maria (com quem está casado até hoje, aliás) e resolveu fincar raízes.” E prossegue, dizendo que a cozinha do restaurante mistura os ingredientes típicos do local (que ele mesmo planta) com as origens do dono do restaurante. Todo esse amor resulta num prato caríssimo, naturalmente. Geralmente acompanhado de purê de mandioquinha ou batata baroa.

Luiggi pergunta: Não é sempre assim?

Nenhum comentário:

Postar um comentário