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domingo, 31 de maio de 2015

GALERIA DE NOTÁVEIS - GEORGE KENNEDY

CURTA NO TOA - BEIJO DE SAL


Beijo de Sal

Sinopse: Numa ilha isolada na costa verde do Rio, o quarentão Rogério tenta trazer seu melhor amigo recém noivado de volta para a boa vida.

Diretor: Fellipe Gamarano Barbosa
Elenco: Bruno Mendes, Domingos Alcântara, Eduardo Dargains, Juliana Gonçalves, Mônica Bresser, Pollyanna Simões, Rogério Trindade, Suzana Pires
Duração: 18 min Ano: 2006 Formato: 16mm
País: Brasil Local de Produção: RJ
Cor: Colorido

LEITURA DE DOMINGO

Despedida

                     Rubem Braga
E no meio dessa confusão alguém partiu sem se despedir; foi triste. Se houvesse uma despedida talvez fosse mais triste, talvez tenha sido melhor assim, uma separação como às vezes acontece em um baile de carnaval — uma pessoa se perde da outra, procura-a por um instante e depois adere a qualquer cordão. É melhor para os amantes pensar que a última vez que se encontraram se amaram muito — depois apenas aconteceu que não se encontraram mais. Eles não se despediram, a vida é que os despediu, cada um para seu lado — sem glória nem humilhação.

Creio que será permitido guardar uma leve tristeza, e também uma lembrança boa; que não será proibido confessar que às vezes se tem saudades; nem será odioso dizer que a separação ao mesmo tempo nos traz um inexplicável sentimento de alívio, e de sossego; e um indefinível remorso; e um recôndito despeito.

E que houve momentos perfeitos que passaram, mas não se perderam, porque ficaram em nossa vida; que a lembrança deles nos faz sentir maior a nossa solidão; mas que essa solidão ficou menos infeliz: que importa que uma estrela já esteja morta se ela ainda brilha no fundo de nossa noite e de nosso confuso sonho?

Talvez não mereçamos imaginar que haverá outros verões; se eles vierem, nós os receberemos obedientes como as cigarras e as paineiras — com flores e cantos. O inverno — te lembras — nos maltratou; não havia flores, não havia mar, e fomos sacudidos de um lado para outro como dois bonecos na mão de um titeriteiro inábil. 

Ah, talvez valesse a pena dizer que houve um telefonema que não pôde haver; entretanto, é possível que não adiantasse nada. Para que explicações? Esqueçamos as pequenas coisas mortificantes; o silêncio torna tudo menos penoso; lembremos apenas as coisas douradas e digamos apenas a pequena palavra: adeus. 

A pequena palavra que se alonga como um canto de cigarra perdido numa tarde de domingo.

DO FUNDO DO BAÚ

Law & Order (no Brasil , Lei & Ordem) foi uma série policial dos Estados Unidos. Sua estreia foi no dia 13 de setembro de 1990. Criada por Dick Wolf e transmitida pela NBC, tem como cenário a cidade de Nova Iorque. Aborda os complexos casos policiais que envolvem a metrópole e os esforços dos policiais e dos promotores de justiça em solucioná-los.


O sucesso da série possibilitou o surgimento de outras séries que também carregam o nome Law & Order, iniciando uma lucrativa e duradoura franquia. A série foi renovada para uma 20ª temporada, empatando no recorde que antes pertencia somente à Gunsmoke de drama americano do horário nobre que está há mais tempo no ar. Foi cancelada dia no dia 14 de maio de 2010, tendo seu último episódio exibido no dia 24 de maio de 2010.



O elenco das duas primeiras temporadas:

Sgt. Max GreeveyGeorge Dzundza
Mike Logan Chris Noth
Cap. Donald Cragen - Dann Florek
Ben Stone Michael Moriarty)
Paul Robinette Richard Brooks
Adam Schiff Steven Hill
Sgt. Phil Cerreta - Paul Sorvino
Dra. Elizabeth Olivet Carolyn McCormick

O tema da série, composto por Mike Post, talvez seja o tema mais marcante de todos os seriados americanos.


wikipedia

FRASE DO DIA

DAS MADRUGADAS

sábado, 30 de maio de 2015

CATEDRAL DE ROUEN, PORTAL E TORRE DE SAINT-ROMAIN

A pintura Catedral de Rouen, Portal e Torre de Saint-Romain, em pleno sol, harmonia em azul e dourado, do impressionista francês Claude Monet, faz parte de uma obra conhecida como "pinturas em série", na qual o artista pintava a mesma cena sob distintas condições climáticas e em horários variados. 


A série Catedral de Rouen não foi a única de pinturas em série que Monet produziu, mas foi, sem dúvida, o seu projeto mais ambicioso. As telas surgiram em uma época de renovação religiosa na França - tanto do catolicismo quanto de outras crenças - e a catedral gótica era símbolo da identidade do país.

Nesta tela o sol brilha sobre a fachada e os adornos de pedra, tornando a cor quase branca. O detalhe, entretanto, não é determinante, pois está praticamente envolvido na ofuscante luz do sol. A pintura celebra, bem como revitaliza, as antigas paredes de pedra com uma harmonia intensa.

A perspectiva pela qual a catedral foi retratada intensifica os aspectos arquitetônicos, graças a uma luz forte e intensa. O ângulo de visão fica fora do centro, de forma que o contorno das torres e da guarnição das ameias sobre a rosácea sejam desiguais.

A ponta das torres foi cortada por Monet para concentrar a atenção do observador na beleza decorativa da fachada. Sua preocupação com os efeitos de luz também o levou a acentuar as reentrâncias (rosáceas e três portas), gerando contrastes mais fortes, além de mais variações de cor.

3 DETALHES DE CATEDRAL DE ROUEN, PORTAL E TORRE DE SAINT-ROMAIN SE DESTACAM:

1. ARTE GÓTICA:

O artista inclui características minuciosas da arte gótica na obra, como o rendilhado sobre a janela. Esse tipo de detalhe parece dissolver-se na intensa luz solar.

2. SOMBRAS:

As sombras escuras na abertura da rosácea funcionam como uma base para as sombras menos pronunciadas, presentes em toda a fachada da catedral.

3. DETALHES ARQUITETÔNICOS:

As formas pintadas reproduzem detalhes arquitetônicos da catedral e, em alguns lugares, é possível identificar até mesmo a presença das esculturas dos santos.

FICHA TÉCNICA - CATEDRAL DE ROUEN, PORTAL E TORRE DE SAINT-ROMAIN:

Autor: Claude Monet
Onde ver: Museu d'Orsay, Paris, França
Ano: 1893
Técnica: Óleo sobre tela
Tamanho: 107cm x 73cm

Movimento: Impressionismo

COVER DO SÁBADO

Oye Como Va é um mambo composto por Tito Puente em 1963. A música tem o ritmo clássico do cha-cha-cha e era um sucesso nas apresentações da orquestra de Puente.


A música foi extremamente popularizada pela versão de Santana, em 1970, em seu álbum Abraxas, ajudando a catapultar Santana para o estrelato com a música alcançando o número 13 na Billboard Hot 100. A canção também alcançou a posição número 11 na Billboard Easy Listening. É um dos clássicos do repertório do guitarrista.

FRASE DO DIA

"Eu sempre quero rock."
Ron Wood

sexta-feira, 29 de maio de 2015

SOBREMESA SAUDÁVEL

DE POLÍTICA

O deputado João Rodrigues, do PSD de Santa Catarina, foi flagrado ontem no Plenário da Câmara assistindo um vídeo pornô no uátis zap durante a votação sobre a reforma política. 

O parlamentar, ao ser questionado (sei que muitos preferem "perguntado", que é da moda) sobre o fato, respondeu que tem um amigo no grupo do uátis que manda muita sacanagem, ele abre a vai apagando...

Tudo bem, todo mundo gosta de sacanagem (até mesmo o cara que escreveu a matéria que li no Diário Gaúcho e que fez questã de dizer que o deputado é casado e tem duas filhas, o que não impede ninguém de gostar de pornografia, mas isso é outro papo...), mas não no Plenário da Câmara, pô! Pra mim, passa a ideia de que, além de não prestar atenção no que está sendo pago pra fazer, ele quer fazer com a gente o que tá vendo no celular.

"Quem está no Whastapp e não recebe esse tipo de coisa?", perguntou ele.

Eu, deputado. Mas ainda sou novo no negócio.

MÚSICA NA SEXTA

Mandala é um grupo formado por Zé Eduardo Nazario (bateria, percussão), Luiz Roberto Oliveira (violão, sintetizador), Nelson Ayres (piano), Zeca Assumpção (contrabaixo) e Roberto Sion (flauta, sax).

Em seu site, Zé Eduardo Nazário conta um trecho da história do grupo: Esses músicos formavam um grupo que tocava num Camping Club, chamado "Caracol", às margens da represa de Guarapiranga, nos fins de semana. Isso foi por volta de 1967,1968. Algum tempo depois, Zeca, Sion e Nelson foram cursar a renomada "Berklee College of Music", em Boston (USA), de onde retornaram por volta de 1971. Através deles conheci Luiz Roberto Oliveira, que também estava com eles nos Estados Unidos e voltou trazendo o primeiro sintetizador ARP de que se tem notícia, para o Brasil. Ao chegarem de volta, com várias idéias e composições, me convidaram a formar um novo grupo, ao qual demos o nome de "Mandala".

"Aquelas coisas indianas estavam na moda, yoga, macrobiótica, enfim, acho que a escolha do nome teve um pouco a ver com isso. Estávamos experimentando algumas adaptações e arranjos que tivessem um colorido próprio, procurando fugir das influências mais óbvias, da bossa e do jazz tradicional, mas sem tolher a criatividade, e isso resultou em alguns shows e numa sessão de estúdio, que anos mais tarde foi trilha de um filme e rendeu uma tiragem de Lp's pelo selo Morrisom. Desse grupo de músicos, Zeca Assumpção foi quem continuou trabalhando comigo de forma mais constante, nos grupos de Hermeto e Egberto e no Grupo Um, mas mesmo assim tanto Sion, como Nelson e Luiz Roberto participaram comigo e eu com eles em vários outros trabalhos ao longo do tempo."

O disco Mandala, gravado em 1971, lançado em 1976 abre com a faixa “Pitha'ta”.

CORREIO DO CORVO

Sérgio Napp
(03/07/1939 - 28/05/2015)

FRASE DO DIA

quinta-feira, 28 de maio de 2015

ÁLBUM DA QUINTA

A MÚSICA LIVRE DE HERMETO PASCHOAL - 1973

Hermeto Paschoal (na época era grafado com H mesmo) nasceu em Lagoa da Canoa, município de Arapiraca, Alagoas, em 22 de junho de 1936. Aos 8 anos, começou a tocar pandeiro e oito baixos em forrós e festas de casamentos com seu irmão José Neto. Em 1950, mudou-se para Recife, onde tocou em rádios, até partir para o Rio de Janeiro, em 1961. Na capital carioca, gravou um LP com o Som Quatro e formou o Sambrasa Trio, com Claiber e Airto Moreira, que algum tempo depois integrariam o Sambalanço Trio, com César Camargo Mariano. 

Em 1966, com Airto, Theo Barros e Heraldo do Monte, formou o Quarteto Novo, que gravou um disco antológico e venceu um festival da Record acompanhando Edu Lobo em Ponteio

Em 1969, a convite de Airto Moreira e Flora Purim, foi para os EUA, onde gravou dois discos com a dupla e conheceu Miles Davis, que acabou gravando duas músicas suas (Igrejinha e Nem um Talvez). 

Em 1973, volta ao Brasil e grava, pela Polygram, "A Música Livre de Hermeto Paschoal".Destaque para BebêO Gaio da Roseira e Carinhoso (magnífico solo de sax de Mazinho). Imprescindível!


Lado 1
1.Bebê (H. Paschoal)
2.Carinhoso (Pixinguinha - João de Barro)
3.Plin (H. Paschoal)
4.Sereiarei (H. Paschoal)

Lado 2
1.Asa Branca (Luiz Gonzaga - Humberto Teixeira)
2.Gaio da Roseira (Pascoal José da Costa - Divina Eulália Oliveira)


Hermeto Paschoal - piano, flauta, sax soprano, voz, sapho, percussão e sons sampleados de porcos, gansos, perus, galinhas, patos e coelhos
Mazinho - sax alto e tenor
Hamleto - flauta e sax tenor
Bola - sax tenor e flauta
Nenê - bateria e piano
Alberto - contrabaixo
Anunciação - percussão e bateria
Todos tocam também garrafas, na faixa "O Gaio da Roseira".


Ou "Vale a pena ver de novo".

O MUNDO MONGO

NOTÍCIAS QUE MUDAM O CURSO DA HISTÓRIA

No r7:
Cássia Kis Magro devora sorvete em loja de eletrônicos

Cássia Kis Magro aproveitou a noite de quarta-feira (27) para dar um passeio em um shopping do Rio de Janeiro. Durante suas andanças, a atriz entrou em uma loja de eletrônicos, enquanto se refrescava com um sorvete. Cássia observava o computador e devorava a sobremesa! Hummm...

SINAL DOS TEMPOS


Há poucos dias, numa apresentação da banda The Who no Nassau Coliseum, em Nova York, Roger Daltrey ameaçou se retirar do palco porque alguém fumava um baseado na plateia.

Decididamente, eu envelheço, eu envelheço...

DAS REDES

FRASE DO DIA

"Hoje saiu mais uma pesquisa nos Estados Unidos - aparentemente, três em cada quatro pessoas compõem 75% da população."
David Letterman

quarta-feira, 27 de maio de 2015

DE RÁDIO

O programa Timeline, da Rádio Gaúcha - aquele em que os apresentadores disputam pra ver quem fala primeiro, muitas vezes falando ao mesmo tempo e fazendo com que o ouvinte não entenda o que estão dizendo -, começou hoje (27/05/2015) com duas informações impressionantes: quebrou a sombrinha da repórter Milena Scheller e o apresentador David Coimbra está de bermudas.

GRANDES FRASES DE GRANDES FILMES

"There is no triumph without loss, there is no victory without suffering, there is no freedom without sacrifice".

(Não existe triunfo sem perda, não há vitória sem sofrimento, não há liberdade sem sacrifício.)
Theoden, King of Rohan (Bernard Hill) - Lord of the Rings (Return of the King) - O Senhor dos Anéis (O Retorno do Rei) - 2003

CRIATURAS QUE O MUNDO ESQUECEU

Carlos Dafé é um cantor, compositor, instrumentista de música popular brasileira. Seu maior sucesso foi o samba-soul "Pra que vou recordar", faixa do álbum Tudo era Lindo, de 1977, lançado pela WEA. Recebeu de Nelson Motta o apelido de "Príncipe do Soul".


"Bafo quente no salão: som negro na Africarioca rolando nas quebradas com Marvin Gaye nas vitrolas, cenário, cidade e selva onde se criou o som do Dafé e de outros cobras black (ou seriam coblas bléque?). Esses malandros espertos, de gargantas ágeis e corações quentes, incendiando os salões, bailões esses neguinhos e negões que se afirmam, com fé em Dafé estão aqui, agora, bailando".
(Nelson Motta - 1983) ".

FRASE DO DIA

terça-feira, 26 de maio de 2015

MERITOCRACIA

perolas.com

NADA A COMEMORAR

Leio que por esses dias (26/05/2015) se comemora os 140 anos da chegada dos primeiros imigrantes italianos ao Rio Grande do Sul (Rio Grande, para alguns que se acham mais íntimos).

Por coincidência, hoje estão chegando na MuiLeal haitianos, senegaleses e nigerianos. Fui ler a notícia na internet e acabei parando nos comentários. Nenhuma comemoração ali. Pelo contrário.

Como sempre, os comentários vão desde os bem humorados até os técnicos “as coisas são mais complexas que isso” ou “não é tão simples assim”. Alguns, pra mim, incompreensíveis, como: “não sei o que dizer sobre isso”. Outros, culpando “esse governo corrupto” pela chegada de estrangeiros “na capital dos gaúchos”.

Mas o que choca mesmo é quantidade de comentários racistas e xenófobos que li. Parece que a chegada de gente que vem de um país sofrido e miserável para trabalhar no Brasil vai tirar o espaço de alguém. E o mais estranho é que conheço gente adoidado que vai, já foi, ou manda seus parentes, de forma ilegal para os Estados Unidos ou Europa pra trabalhar de forma ilegal e mandar dinheiro pro Brasil de forma também ilegal e não vê problema nenhum com isso.

Espero, sinceramente, que essa gente que está chegando pra trabalhar – e trabalhar pesado  tenha muito mais motivos pra comemorar do que somente a esperança de um emprego e de um trabalho que nenhum comentarista de internet quer fazer.

EPOPEIA LITERÁRIA DE PASSO FUNDO

Essa Jornada Literária de Passo Fundo não muda em nada a minha vida. Não sou contra nem a favor. Mas acho chato que um evento desse vulto e com tanta tradição positiva acabe. Ponto.

Mas essa fiasqueira que se faz em torno da não realização do evento em um ano é que faz com que eu pegue implicância com esse tipo de coisa. A turma que levanta bandeira horrorizada com isso me faz lembrar um bando de gente mimada que está perdendo o lugar em que vão se divertir com os outros pagando a conta.

Já sei que fizeram uma “vaquinha” na internet para que o evento ocorra e, com isso, não acabe o mundo. Querem fazer da Jornada uma epopeia. Candidatos a Odisseu é que não faltam. Se cada um que vai “pras redes” se lamuriar e chorar pitangas lamentando o cancelamento doar algum dinheiro, o evento vai ser pujante como nunca.

O certo é que não vou ajudar a pagar essa conta. Está na cara, repare o meu jeito.

DAS REDES SOCIAIS

BREGA CHIQUE

Nilton César volta ao BREGA CHIQUE com outro grande sucesso: Férias na Índia, de 1968.

A Índia fui em férias passear
Tornar realidade um sonho meu
Jamais eu poderia imaginar
E explicar o que me aconteceu

Cupido me flexou sem eu sentir
Perdidamente eu me apaixonei
Agora não consigo mais dormir
Pensando naquele amor que lá deixei

Se nada mudar, no ano que vem
A Índia vou voltar prá ver meu bem

Cupido me flexou sem eu sentir
Perdidamente eu me apaixonei
Agora não consigo mais dormir
Pensando nesse amor que lá deixei

Se nada mudar, no ano que vem
A Índia vou voltar prá ver meu bem
A Índia vou voltar prá ver meu bem
A Índia vou voltar prá ver meu bem

FRASE DO DIA

segunda-feira, 25 de maio de 2015

DAS REDES SOCIAIS


CORREIO DO CORVO

Marcus Belgrave
(12/06/1936 - 24/05/2015)

CLÁSSICOS PARA A VIDA ETERNA

THE THRILL IS GONE (1974) GLADYS KNIGHT & B. B. KING

Sérgio Luiz Gallina

Com a voz da diva Gladys Knight, para uma lenda partiu. Gods bless B. B. King, king of blues! 


The thrill is gone
The thrill is gone away
The thrill is gone baby
The thrill is gone away
You know you done me wrong baby
And you'll be sorry someday
----
The thrill is gone
It's gone away from me
The thrill is gone baby
The thrill is gone away from me
Although, I'll still live on
But so lonely I'll be
----
The thrill is gone
It's gone away for good
The thrill is gone baby
It's gone away for good
Someday I know I'll be open armed baby
Just like I know a good man should
----
You know I'm free, free now baby
I'm free from your spell
Oh I'm free, free, free now
I'm free from your spell
And now that it's all over
All I can do is wish you well

FRASE DO DIA

"Tudo fica melhor com um pouco de vinho na barriga."
Tyrion Lannister

DAS MADRUGADAS

domingo, 24 de maio de 2015

GALERIA DE NOTÁVEIS - LLOYD BRIDGES

LEITURA DE DOMINGO

Livraria de Antigamente

                                  Otto Lara Resende
Outro dia, falando sobre o Rio de hoje, Antônio Callado disse que sente falta de uma livraria como aquela de antigamente. E citou a Freitas Bastos e a Civilização Brasileira. A Freitas Bastos ficava no andar térreo do Liceu de Artes e Ofícios, no prédio que foi abaixo para dar lugar à atual sede da Caixa Econômica Federal. O local era privilegiado — esquina da Rua Bittencourt da Silva com Largo da Carioca. No primeiro andar desse prédio, ficavam a redação e a oficina d’O Globo. Ali, Callado começou a sua vida de jornal, ao lado de Nelson Rodrigues e do hoje editor Alfredo Machado, antes de passar ao “Correio da Manhã” e de ir para a Inglaterra trabalhar na BBC durante a guerra.

A referência à Freitas Bastos presumo que esteja ligada, na reminiscência de Callado, a essa antiga sede d’O Globo. por onde passei vários anos depois. Quanto à Civilização Brasileira. está associada à editora do mesmo nome e, claro, ao nosso amigo Enio Silveira, o bravo intelectual que desde cedo se projetou como editor e livreiro. Como editor de Callado, Ênio lançou a 1ª edição de “Quarup”. Como autor, também eu passei pela Civilização. com uma novela que foi incluída no livro dos Sete Pecados Capitais. Enio teve a idéia e me incumbiu do pecado da avareza.

Com uma ponta de nostalgia, Antônio Callado devia estar pensando num tipo de livraria que já não existe hoje no Rio — grande estabelecimento em que era possível encontrar de tudo. Tudo aqui tanto se refere a livro como a gente. Ou pelo menos certa classe de gente chegada a livros: o professor e o aluno, o romancista consagrado e o poeta inédito, o erudito em busca de uma raridade bibliográfica e o curioso atrás de uma novidade. Essas livrarias dos anos 40 e 50 ainda conservavam uma atmosfera da remota tradição do salão literário. Não era apenas uma loja para vender livros. Eram também um ponto de encontro para o bate-papo, a troca de idéias e de fuxicos.

Não sei se há uma história das livrarias do Rio. Sei, porém, que ela anda dispersa em muitos livros de memórias, em biografias e em crônicas da cidade. A livraria faz parte da vida cultural de uma nação. No caso do Rio, que ainda se ousa chamar de capital cultural do Brasil, as livrarias têm uma história inseparável da própria história de nossas letras. Para não ir muito longe e ficar num exemplo notório, bastaria evocar Machado de Assis na Livraria Garnier. Era lá, na Rua do Ouvidor, que à tarde ele se tornava visível, cercada pelos velhos amigos e pelos novos admiradores. Na mesma rua, anos mais tarde. na Livraria José 0lympio, Graciliano Ramos assinava o ponto todo santo dia, num grupo a que pertencia também José Lins do Rego.

A propósito da entrevista de Antônio Callado, andei me lembrando das livrarias de antigamente em Belo Horizonte. Mera coincidência, leio num jornal de Minas a noticia da morte de Oscar Nicolai. Tinha 78 anos. Nasceu em Buenos Aires e aos oito meses foi para Porto Alegre. Em 1930, instalou-se em Belo Horizonte, como representante da Editora Globo. Estabeleceu-se primeiro na Av. Paraná. Comprou depois um bar na Av. Afonso Pena e ali conheceu o esplendor e a glória, com a livraria situada no endereço comercial mais caro da cidade. Era impossível importar livros da Europa, sobretudo da França, por causa da guerra. Com um espaço de catedral, a Livraria Nicolai tinha tudo que editava no Brasil e abriu um horizonte para a América Latina, em particular para Argentina, Chile e México.

Mais do que isso, porém, o que o Nicolai nos abriu foi um crédito baseado mais em nossa fome de leitura do que em nossa capacidade financeira. Fora o felizardo do Sábato Magaldi, que tinha o respaldo paterno, todos nós atolávamos em dívidas. Bom psicólogo, ou excelente vendedor, o Nicolai deixava que levássemos os livros para casa, a titulo de experiência, com direito a devolução. Claro que ninguém conseguia devolver nada e tinha que cair com o dinheiro, mesmo a prestação.

Quando submarinos nazistas afundaram navios brasileiros, a Livraria Alemã foi saqueada e incendiada. Foi um ato digno de Hitler. A família Blubm mudou-se para o Rio. O Nicolai prosperou e cresceu. A livraria era espaçosa e acolhedora, onde encontrávamos os livros, nossos amigos, e os nossos amigos, amigos dos livros. Com o sistema de crédito pioneiro e cordial, Oscar Nicolai estimulou o vicio impune da leitura e contribuiu para a nossa definitiva dependência desse objeto de consumo, todavia sagrado, que é o livro.

CURTA NO TOA - CACHAÇA

CACHAÇA


Causo popular retirado do livro Cultura Popular do Vale do Paraiba, de Jacqueline Baumgratz

Diretor: Daniel Raña
Fotografia: Ana Clara Noronha e Barbara Graves
Direção de arte: Marília Sales Martins
Produção/Assistente de direção: Camila Rocha
Som direto: Lucas Baumgratz
Ator: Moacyr Baumgratz
Música: Celso Pan

FRASE DO DIA

DAS MADRUGADAS

Simone de Beauvoir

sábado, 23 de maio de 2015

CORREIO DO CORVO

Louis Johnson
(13/04/1955 - 21/05/2015)

RETÁBULO DA IGREJA DE SÃO CASSIANO

Retábulo da Igreja de São Cassiano, do pintor italiano renascentista Antonello da Messina, foi encomendada por um nobre de Veneza chamado Piero Bon e atualmente apenas alguns fragmentos do retábulo encontram-se em Viena, na Áustria.


A obra apresentada é uma reconstrução da aparência mais provável do retábulo original e mostra a Virgem e o Menino elevados em um trono, acima dos santos que estão agrupados de cada lado. A forma é considerada uma sacra conversazione e cria uma relação mais íntima com o espectador, que, colocado diante da pintura, sente-se compartilhando com ela o mesmo espaço.

O olhar frontal da Virgem, do Menino e de São Nicolau, à esquerda, assim como os gestos de mão, parecem convidar o observador para participar da cena.

Já em termos de composição, a unidade espacial do grupo é acentuada pela utilização da luz. A comunhão implícita etre as figuras sugere uma harmonia psicológica, ilustrada por gestos e contragestos: a Virgem oferece uvas, símbolo do vinho e da comunhão, com a mão direita aberta.

3 DETALHES DE RETÁBULO DA IGREJA DE SÃO CASSIANO SE DESTACAM:

1. MARIA MADALENA:

A mulher aparece à esquerda, ao lado de São Nicolau, oferecendo um copo de água a Virgem Maria. O objetivo do copo é que a Virgem lave as mãos após oferecer as uvas ao espectador.

2. DOMINGOS:

O homem lê um livro enquanto o menino jesus aparece segurando um livro aberto e São Nicolau, à sua frente, segura um livro fechado.

3. MENINO JESUS:

O Menino, sentado no colo da Virgem, olha para o espectador enquanto apóia um livro aberto nos joelhos. Suas mãos, erguidas, oferecem uma espécie de benção.

FICHA TÉCNICA - RETÁBULO DA IGREJA DE SÃO CASSIANO:

Autor: Antonello da Messina
Onde ver: Kunsthistorisches Museum, Viena, Áustria
Ano: 1475
Técnica: Óleo sobre madeira
Tamanho: 185cm x 115cm
Movimento: Renascimento

FRASE DO DIA

"Meu irmão, é duro ganhar a vida, mas ‘tamos aí’. Beduíno não se curva"
Wilson Simonal

sexta-feira, 22 de maio de 2015

CORREIO DO CORVO

Bob Belden
(31/10/1956 - 20/05/2015)

MÚSICA NA SEXTA

Terreno Baldio é um grupo formado no início dos anos 70 por Roberto Lazzarini, Mozart Mello, Joaquim Correa, João Ascenção e João Kurk.

Considerado por muitos como o Gentle Giant brasileiro, o Terreno Baldio é um dos mais importantes grupos nacionais no estilo. O grupo estreia em 1975 com "Terreno Baldio", que sai pela gravadora Pirata em tiragem de 3.000 cópias. O grupo lançaria ainda mais um álbum, "Além das Lendas Brasileiras", antes de debandar, em 1978. Um trabalho mais brasileiro dentro do rock progressivo. A formação era ligeiramente diferente, com Ayres Braga (ex- Joelho de Porco) no lugar de Ascenção. 

O grupo voltaria a se reunir em 1993 para regravar o primeiro LP, dessa vez em inglês, para um (re)lançamento pela Progressive Rock Worldwide (com direito a faixas-extras). Ou seja, trata-se, na verdade, de um terceiro disco do grupo. Depois de mais de três décadas de seu lançamento original, em 1976, e após um processo de produção de praticamente dois anos entre pesquisa, design de encarte e masterização, a gravadora niteroiense Rock Symphony e o grupo paulista Terreno Baldio relançam o primeiro disco, que ainda era inédito em CD. O som foi remasterizado na Itália pelo produtor original dos dois LP's da banda, Cesare Benvenuti. Também ficou internacionalmente conhecida por reportagens no Japão, Europa, EUA, etc. A nova formação do Terreno é Kurk nos vocais, Mozart na guitarra, Lazzarini nos teclados (integrantes da formação original), Edson Ghilardi na bateria, Geraldo Vieira no contrabaixo e Cássio Poleto no violino.

Grite é a última música do disco Terreno Baldio.


Grite
Terreno Baldio

E pensar que no momento se viver
É mais difícil que morrer
Ao andar ninguém conversa com você
A solidão a todos vem.

Pode ser, você se sinta esmagar
Mas na cidade há um lugar

Você vê que o terreno lá está
Guardando o que sobrou de paz

No terreno baldio você pode gritar ,
correr, viver.

Pode ser você se sinta esmagar,
É mais difícil que morrer.
Você vê que o terreno lá está
Guardando o que sobrou de paz

No terreno baldio você pode gritar ,
correr, crescer, viver, nascer, correr,