O SOL VERMELHO COMO UM TIÇÃO
Alceu Paiva Valença nasceu em Pernambuco no ano de 1946.
Vou Danado pra Catende
Alceu Valença
(baseado no poema de Ascenso Ferreira, O Trem Das Alagoas)
Ai
Telminha
Ouça esta carta
Que eu não escrevi
Por aqui
Vai tudo bem
Mas eu só penso
Um dia em voltar
Ai
Telminha
Veja a enrascada
Que fui me meter
Por aqui
Tudo corre tão depressa
As motocicletas se movimentando
Os dedos da moça
Datilografando
Numa engrenagem
De pernas pro ar
Eu quero um trem
Eu preciso de um trem
Eu vou danado pra Catende
Vou danado pra Catende
Vou danado pra Catende
Com vontade de chegar
E o sol é vermelho
Como um tição
Eu vou danado pra Catende
Vou danado pra Catende
Vou danado pra Catende
Com vontade de chegar
Mergulhão, mucambos, moleques, mulatos
vêm ve-los passar
Adeus, adeus, adeus
Adeus morena do cabelo cacheado
Maribondo sai da mata
Que lá é casa das caiporas
Caiporas, caiporas, caiporas
Alceu Paiva Valença nasceu em Pernambuco no ano de 1946.
Desde criança interessado por música, cresceu ouvindo Dalva
de Oliveira, Sílvio Caldas e Orlando Silva. Ganhou seu primeiro violão aos 15
anos.
No ano de 1968, iniciou sua carreira artística apresentando-se
no show "Erosão: a cor e o som", com a banda Ave Sangria, que na
época ainda se chamava Underground Tamarineira Village. O redescobrimento das
raízes nordestinas se deu em 1969, quando em um intercâmbio universitário, estudando em Harvard, apresentou-se em praças e escolas tocando músicas
regionais. Volta ao Brasil e se forma em Direito em 1970. Em 1971 vai para o
Rio de Janeiro com o amigo Geraldo Azevedo, com quem grava seu primeiro disco,
em 1972.
Em 1975 apresenta-se com Jackson do Pandeiro no Teatro João
Caetano e participa do Festival Abertura da TV Globo com a música “Vou Danado
pra Catende”, obrigando o júri a criar o prêmio especial de "melhor
trabalho de pesquisa", por conta de sua apresentação. Ivinho (guitarra), Paulo
Raphael (baixo), Israel Semente Proibida (bateria) e Agricinho Noia (percussão)
formavam o grupo Ave Sangria. E também Zé Ramalho (voz e viola), Lula Côrtes
(tricórdio) e Zé da Flauta (flauta), que haviam acabado de gravar o disco
"Paebiru", acompanharam Alceu no festival e nessa gravação ao vivo
para o Fantástico.
Telminha
Ouça esta carta
Que eu não escrevi
Por aqui
Vai tudo bem
Mas eu só penso
Um dia em voltar
Ai
Telminha
Veja a enrascada
Que fui me meter
Por aqui
Tudo corre tão depressa
As motocicletas se movimentando
Os dedos da moça
Datilografando
Numa engrenagem
De pernas pro ar
Eu preciso de um trem
Eu vou danado pra Catende
Vou danado pra Catende
Vou danado pra Catende
Com vontade de chegar
E o sol é vermelho
Como um tição
Eu vou danado pra Catende
Vou danado pra Catende
Vou danado pra Catende
Com vontade de chegar
Mergulhão, mucambos, moleques, mulatos
vêm ve-los passar
Adeus, adeus, adeus
Maribondo sai da mata
Que lá é casa das caiporas
Caiporas, caiporas, caiporas
A música com a letra completa está no disco “Molhado de Suor”,
de 1974.
Bah!!! os cara, adoro.
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