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sexta-feira, 12 de abril de 2013

MOELINHA

Se você é um urbano convicto como eu, e cuja ração básica é pizza e à la minuta, rejeita buchadas e carnes cruas, sabe do que eu estou falando. Aquilo que encanta muita gente nos provoca desconfiança, pra dizer o mínimo.

E é estranha a reação quando a gente simplesmente não gosta de alguma coisa. Nenhuma bandeira foi erguida: “Não como porque é isso, é aquilo”. Um simples e cordial “não gosto” não convence. E não é aceito que não se goste, por exemplo, de camarão. Às vezes é mais fácil dizer que é alérgico. Aí, o olhar de espanto muda para o de pena. Mas o assunto acaba mais rápido.
Acontece também de as pessoas acharem que sabem mais que a gente do que a gente gosta. E o problema   sim, não gostar de algumas coisas é considerado problema – não está na gente, está no preparo da coisa.
“Aparece lá em casa, vamos fazer um espinhaço de ovelha.” Pra não parecer um alienígena, você apenas diz: “Ok, vou aparecer lá”. Mas o preparador de ovelha é implacável. Ele quer que você demonstre entusiasmo com o espinhaço. Com a sua frase, ele avança: “Tu come espinhaço, né?”. E ele para. Mira seus olhos como se estivesse esperando a resposta de uma proposta de casamento. “Não gosto muito, mas vou lá, como uns piriris”. Não é resposta que ele queria. Ele insiste: “Tu já comeu espinhaço de ovelha?” Você mente: “Já, claro, mas faz tempo.” “Como é que preparam? Não é qualquer um que sabe fazer ovelha.” É claro que você não tem como lembrar do preparo da hipotética ovelha, e não interessa como teria sido feita. Você não come ovelha e quer continuar assim. “O meu espinhaço você vai gostar!”. “E, qualquer coisa, a patroa vai fazer moela. Não é qualquer um que sabe preparar moela. Mas ela faz uma moelinha...”.
Outra característica dessa turma que enxerga em qualquer pedaço de qualquer animal que voe, nade, pule, rasteje ou manque um prato em potencial é achar que a gente não tem paladar. Pois, qualquer animal desses extravagantes – que eles sempre já provaram – tem gosto de frango. Da rã ao pássaro dodô. Sempre vão aplicar que tem gosto de frango.
Luiggi

2 comentários:

  1. Criados com a vovozinha e outros mimados, que não gostam de moelinha!!!

    A carência e a fragilidade de alguns seres que se dizem homens, é um grande problema, digo isso não pra ridicularizar, mas desejando firmemente que estes um dia fiquem livres dos mimos e carências.

    Podemos notar várias características nesses pseud’s homens.

    Eles não comem mamão “ Hummm mamão, eu nunca comi !!!” ..... “ ai eu não quero essa coca, só se for zero” .....” ai eu não quero nada, to sem fome”....” ai eu sou alérgico a camarão”.... “ai mal passada não, tira esse sanguinho”....

    Logico que não é necessário abandonar as preferencias, o que se pede e que não sejam tão veadinhos, reféns de gosto e não gosto. Um bom motivo pra tentar mudar, é que as mulheres desconfiam do desempenho sexual de homens que não comem de tudo.

    Eles sentem nojinho de sexo, brocham se a mulher não sabe conversar o assunto que eles domiman, mestruadas, ai credo que nojo...

    Os caras gostam, de ser agradados dentro do que viveram, se viveram com a vovó, querem o que a vovó da e só isso. A ideia deles e ser mimados.

    Sente nojinho de limpar a privada, ele caga a vo limpa, ele trata o mundo como um hotel, tem que ter rotulo e carimbo em tudo, ate dentro da banana, senão não come. ( Já imaginaram, buceta com carimbo, cu com carimbo).

    Como o mimo não é uma patologia biológica ou um distúrbio psicológico por excelência, mas um comportamento negativo (sintoma ou não de um problema maior), vou propor um método simples de cura, mimados comecem a queimar a rosca, ceder a cauda e etc...

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    1. Bahh... texto com palavras de nego veio... parabéns, vamos simplificar e sermos homens. Faltou acrescentar que muitas vezes o convite e a tentativa de engradecer o prato a ser elaborado é simplesmente por considerarmos a pessoa e buscar junto a ela momentos de amizade e descontração, e ai agradar homem fresco só com facão de prancha....

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