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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

LIXO

Por que será que em uma empresa ninguém respeita a individualidade do lixo? Me refiro ao “hardware”, o cesto de colocar lixo. Ele está ali, quietinho. Jaz tranquilamente perto do seu pé. Você afasta ele momentaneamente de baixo da mesa pra colocar algum papel (reciclado e usado dos dois lados e rabiscado em todos os espaços em branco, já aviso, para evitar as patrulhas).

Você esquece de dar um pontapé e devolver o cesto para baixo da mesa (Correria! Correria!). Bastou. Alguém vai atirar um chiclete ali. Aquela gominha mascada e descolorida e babada vai parar ali num piscar de olhos. E vai grudar de uma maneira que no fim do dia será preciso algum esforço extra para tirá-la dali.

Novo vacilo. Um copo de café é atirado no cesto. E o café não foi bebido até o final. Como ele foi jogado ali à socapa e à sorrelfa, rapidamente, há respingos de café pelo lixo inteiro. É questão de minutos para o apetitoso aroma de café frio inundar o ambiente.

Pausa para banheiro, mais um cafezinho. Ploft. A turma da frutinha mandou uma casca de banana no seu lixo seco. Por que as coisas mais fedidas do escritório vão sempre parar no seu lixo?

Tudo bem. São as coisas do ambiente corporativo. É melhor ir até a janela respirar um pouco, afinal, com esse frio, pra que ligar ar condicionado? Mas aí já é outro assunto...

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