Ermã manda texto sobre efemérides gaudérias
Introdução - A Formação da Identidade do Gaúcho
Nos meus tempos de Universidade Federal, lembro de ver nas
prateleiras da biblioteca desde trabalhos de conclusão de curso até teses de
doutorado sobre a tão “festejada” identidade do gaúcho.
Nenhuma delas nos interessa aqui, nem mesmo a raiz
etimológica - e nada benéfica - da palavra. Aqui, interessa a minha versão,
tecida e já amplamente discutida em mesas de boteco. Que é nas mesas de boteco
que se encontram as verdades.
A tal identidade, que mostra esse centauro heroico, formou-se ao batermos no liquidificador o Capitão Rodrigo Cambará (aka Tarcísio Meira) e o Paixão Côrtes (aka primeiro marido da Glória Menezes).
No romance ‘O tempo e o Vento’ (1949 - 1961), Erico Verissimo
coloca no Capitão Rodrigo - e em ninguém mais antes dele - aquela pecha de
galante, guerreiro nato, machista e agarrado à sua terra.
Aí, em 1947, Paixão Côrtes aplica a sustentabilidade antes
do ecochatos ao retirar uma centelha do Fogo Simbólico - que vira a Chama
Crioula - e resolver relembrar e homenagear aqueles homens que - como Capitão
Rodrigo, personagens de ficcção - teriam forjado uma nova raça e nos tornado
naquilo que hoje somos. (Ele querer homenagear, com o mesmo ato, os gaúchos que
lutaram e morreram na II Guerra Mundial a gente esquece, ok? Lá não tinha
pilcha.)
Então temos que: um inventou, outro homenageou a invenção, e
aí estamos. Usando bombachas que, na verdade, são coisas dos mouros.
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