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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

[RANÇO] SOBRE OS FESTEJOS FARROUPILHAS - I

Ermã manda texto sobre efemérides gaudérias

Introdução - A Formação da Identidade do Gaúcho

Nos meus tempos de Universidade Federal, lembro de ver nas prateleiras da biblioteca desde trabalhos de conclusão de curso até teses de doutorado sobre a tão “festejada” identidade do gaúcho.

Nenhuma delas nos interessa aqui, nem mesmo a raiz etimológica - e nada benéfica - da palavra. Aqui, interessa a minha versão, tecida e já amplamente discutida em mesas de boteco. Que é nas mesas de boteco que se encontram as verdades.

A tal identidade, que mostra esse centauro heroico, formou-se ao batermos no liquidificador o Capitão Rodrigo Cambará (aka Tarcísio Meira) e o Paixão Côrtes (aka primeiro marido da Glória Menezes).

No romance ‘O tempo e o Vento’ (1949 - 1961), Erico Verissimo coloca no Capitão Rodrigo - e em ninguém mais antes dele - aquela pecha de galante, guerreiro nato, machista e agarrado à sua terra.


Aí, em 1947, Paixão Côrtes aplica a sustentabilidade antes do ecochatos ao retirar uma centelha do Fogo Simbólico - que vira a Chama Crioula - e resolver relembrar e homenagear aqueles homens que - como Capitão Rodrigo, personagens de ficcção - teriam forjado uma nova raça e nos tornado naquilo que hoje somos. (Ele querer homenagear, com o mesmo ato, os gaúchos que lutaram e morreram na II Guerra Mundial a gente esquece, ok? Lá não tinha pilcha.)

Então temos que: um inventou, outro homenageou a invenção, e aí estamos. Usando bombachas que, na verdade, são coisas dos mouros.

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