Mais uma lembrança do TOA no precursor da
liberdade:
Romance Do Pala Velho
(Noel Guarany)
Uma vez fui na cidade
Quando voltei da cidade
Encontrei xirú do posto
Fui dar parte ao comissário
Veja as coisas como são
Com este pala rasgado
E em carreiras perigosas
"inté" nas noites gaudérias
Informem nas vizinhanças
Neste mundo todos morrem
Romance Do Pala Velho
(Noel Guarany)
Uma vez fui na cidade
Na maldita perdição
Lá perdi meu pala
velho
Que me doeu no
coração.
Quando voltei da cidade
Vinha com dor na
cabeça
Cheguei fazendo
promessa
Deus permita que
apareça.
Encontrei xirú do posto
E não deixei de
maliciar
Que ele achou meu
pala velho
E não queria me
entregar.
Fui dar parte ao comissário
Ficou prá segunda -
feira
Me levaram na
conversa
Se foi a semana
inteira.
Veja as coisas como são
Como se forma a
lambança
Que pelo mal dos
pecados
Era o forro das
crianças.
Com este pala rasgado
Passava campos e rios
Com este meu palinha
velho
Não temo chuva e nem
frio.
Foi forro para as carpetas
E em carreiras perigosas
"inté"
serviu de agasalho
Prá muita prenda
mimosa.
"inté" nas noites gaudérias
Meu pala soltito ao
vento
Ia abanando pachola
Prás luzes do
firmamento.
Informem nas vizinhanças
Este triste sucedido
Quem tiver meu pala
velho
Que prendam este
bandido.
Neste mundo todos morrem
Da morte ninguém
atalha
Me entreguem meu pala
velho
Prá mim levar de
mortalha.
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