Em um de seus impagáveis textos, Luis Fernando Veríssimo
definiu aqueles petiscos pra se comer enquanto se bebe (queijo, salamito,
azeitona etc) como piriris.
A ideia dos piriris com chope é perfeita. A ideia do petisco
é acompanhar o chope ou o drink da preferência do bebedor. O pessoal não gosta de
beber de estômago vazio, é compreensível.
Mas esse está entre aqueles costumes que são bonitos na
teoria. Happy hour, pessoal do trabalho vai tomar um chope, comer batatinha frita.
Perfeito.
Acontece que, na prática, ninguém sabe se comportar na frente
de um prato de comida. Ninguém que esteja sendo autêntico, claro. O pessoal sai
do trabalho com fome. Uma batatinha aqui, outra ali, não resolve nada. A batata
frita acaba indo pra boca como se fosse pipoca. Em quantidade e velocidade.
Então começa aquela coisa, o pãozinho do couvert é talhado ao
meio, comido com manteiga e salamito do prato de piriris. A batata é ensopada
de maionese, mostarda e ketchup pra ter mais volume. O palito vira um espeto de xixo, com queijo,
pepino e presunto. E coisas do gênero.
Se você tem fome, peça um sanduíche de mortadela, um pastel dos
grandes, com ovo, um PF de peixe. Não peça piriris. E beba feliz.
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