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quarta-feira, 3 de setembro de 2014

A CRÔNICA DO CAJO

ENQUANTO ISSO, NUM CANTO OBSCURO QUALQUER, OUVE-SE O SEGUINTE DIÁLOGO...

- Como vão as coisas?

- Agora tudo se ajeitando.

- Que sorte o outro ter morrido.

- Verdade, infelizmente, não era o que eu queria.

- Não mesmo?

- Bem, foi desígnio divino. E a tua campanha, Aeves Nécio?

- Olha, Marilva da Sina, estava tudo bem, a mídia pautando minha campanha, editorializando as notícias, até requentaram o assunto da refinaria e todo dia falam do mensalão e outras bobagens pra dar munição ao conservadorismo.

- E o mensalão de vocês?

- Que mensalão? (risos irônicos)

- No caso da refinaria só acharam uma culpada, né? A Diuma.

- Tudo bem arrumado. Aliás, por falar nisso, devemos acabar com ela, Diuma vez por todas. (risos escrachados)

- (risos contidos)

- O Babosa também ajudou um montão e pode mais.

- Mas ele não se aposentou?

- Sim, mas o filho ganhou um emprego com aquele apresentador megaoportunista coxinha

- Nécio, tu falando isso?

- Ato falho.

- (risos cínicos)

- Ele pode estar ouvindo. (risinhos)

- Eles ouvem e sabem de tudo, Marilva. (risos nervosos)

- Sempre soube disso.

- Mas, Marilva, fiquei decepcionado contigo.

- E o que fiz para merecer tal decepção?

- Se acovardou.

- (olhos fuzilando)

- Sim, você voltou atrás em suas posições depois que um "evangélico" te censurou publicamente.

- Coisas da política.

- Da nova? (risos irônicos e cínicos)

- Vou ter que governar com eles. (risos nervosos)

- É, mas foi covarde. Tem que ser como eu, firme e forte.

- É? E o que vai fazer agora?

- Renunciar."

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