Em O Campo de Corridas, de Edgar Degas, as amplas extensões da pista
funcionam como um esparso fundo para o tema e as formas. A multidão que se
encotra a meia distância não aparece com nitidez, o que transfere a atenção do
espectador para o que está acontecendo no primeiro plano. A composição de Degas
é inusitadas, como figuras mais próximas à direita, quase fora do campo de
visão, diante dos cavalos e dos jóqueis.
Nenhum dos elementos da pintura interage entre si ou mesmo
com o espectador, mas a atmosfera partilhada é de antecipação. A dama na
carruagem e seu chapéu enfeitado se sobressaem, mas ela está virada para as
montarias que os jóqueis tentam controlar.
A tentativa do pintor é capturar os momentos que antecedem
ou sucedem o evento principal. Para isso ele usa elementos desorganizados da
cena, muitas vezes compostos a partir de esboços, para explorar as formas de
cavalos, jóqueis e carruagens e retratar o ambiente das corridas.
3 DETALHES DE O CAMPO DE CORRIDAS SE DESTACAM:
1. JÓQUEI E CAVALO:
Degas pinta os detalhes do rosto, das mãos e das botas do
jóquei à esquerda em cores que combinam com o tom castanho do cavalo no qual
ele está montado.
2. REPETIÇÃO DO AMARELO:
O amarelo do casaco e do bone do jóquei à esquerda se repete
em outros pontos da obra, como, por exemplo, nas rodas da carruagem, no boné do
jóquei ao centro e no chapéu da dama;
3. JÓQUEI DE BONÉ VERMELHO:
A figura de boné vermelho tem características faciais
próprias e detalhes mais elaborados nas roupas. O objetivo com isso é captar a
atenção do observador por alguns instantes.
FICHA TÉCNICA - O CAMPO DE CORRIDAS:
Autor: Edgar Degas
Onde ver: Museu d'Orsay, Paris, França
Ano: 1876 - 1887
Técnica: Óleo sobre tela
Tamanho: 66cm x 81cm
Movimento: Impressionismo
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