Páginas

sexta-feira, 1 de maio de 2015

MÚSICA NA SEXTA

Os Garotos Podres é um grupo de punk formado por Mau (voz e gaita), Mauro (guitarra), Sukata (baixo) e Português (bateria) no ABC paulista em meados da década de 1980. No ano de 1985, gravou o primeiro LP "Mais podres do que nunca", lançado pelo selo independente Rocker. O disco teve uma tiragem inicial de 1.000 cópias, que se esgotou rapidamente. Uma segunda tiragem foi feita com 5.000 cópias, também com sucesso de vendas. O disco, elogiado pelo renomado jornal inglês New Musical Express, foi editado na Alemanha pelo selo Vynil Boogie. Devido a problemas com gravadoras, o grupo acabou lançando discos em intervalos longos, porém regulares. Em 1988, lançou o LP "Pior do que antes", e, cinco anos depois, "Canções de ninar".

Em 2003 lançam Garotozil de Podrezepam, seu quinto álbum de estúdio, com 11 músicas, dentre elas três versões: O Adventista" do Camisa de Vênus, "Born to be Wild" do Steppenwolf e "A Internacional".


A Internacional

Eugène Pottier

De pé, ó vítimas da fome
De pé, famélicos da terra
Da idéia a chama já consome
A crosta bruta que a soterra

Cortai o mal bem pelo fundo
De pé de pé não mais senhores
Se nada somos em tal mundo
Sejamos tudo ó produtores

Senhores patrões chefes supremos
Nada esperamos de nenhum
Sejamos nós que conquistemos
A terra mãe livre e comum

Para não ter protestos vãos
Para sair desse antro estreito
Façamos nós com nossas mãos
Tudo o que a nós nos diz respeito

O Crime do rico a lei o cobre
O estado esmaga o oprimido
Não há direitos para o pobre
Ao rico tudo é permitido

A opressão não mais sujeitos
Somos iguais todos os seres
Não mais deveres sem direitos
Não mais direitos sem deveres

Abomináveis na grandeza
Os reis da mina e da fornalha
Edificaram a riqueza
Sobre o suor de quem trabalha

Todo o produto de quem sua
A corja rica o recolheu
Queremos que nos restituam
O povo quer só o que é seu

Nós fomos de fumo embriagados
Paz entre nós guerra aos senhores
Façamos greve de soldados
Somos irmãos trabalhadores

Se a raça vil cheia de galas
Nos quer à força canibais
Logo verás que as nossas balas
São para os nossos generais

Pois somos do povo os ativos
Trabalhador forte e fecundo
Pertence a terra aos produtivos
Ó parasita deixa o mundo

Ó parasita que te nutres
Do nosso sangue a gotejar
Se nos faltarem os abutres
Não deixa o sol te fulgurar

Bem unidos façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos
A internacional

Bem unidos façamos
Nesta luta final
Uma terra sem amos

A internacional

Nenhum comentário:

Postar um comentário