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sábado, 18 de maio de 2013

O ENTERRO DO CONDE DE ORGAZ

A tela mais famosa de El Greco é, essencialmente, um ritual de corte. Invade, no entanto, as regiões onde todas as atividades humanas ou sociais são sobrepujadas por uma dimensão de magia. De um lado, é impecável quadro cerimonioso. De outro, a representação de um drama simultaneamente terreno e celestial.

Pintado para a igreja São Tomé, mostra um lendário milagre, cultivado pela comunidade local: ao ser enterrado, o Conde de Orgaz, protetor do Distrito de São Tomé e de um convento de monges agostinianos, foi tomado no braço por Santo Estevão e Santo Agostinho.

Enquanto a sociedade de Toledo se apresenta com seus monges, fidalgos e o próprio filho do pintor – a criança que segura uma tocha ardente, à extrema esquerda – os anjos rasgam nuvens e acolhem a alma do devoto, em meio a uma corte de santos, presidida pela Virgem.

Na terra, pompas, colorido e imobilidade diante do mistério da morte. No céu, movimento, cores diluídas, solene regozijo com a eterna salvação. O quadro foi colocado sobre o túmulo do conde.


Autor El Greco
Data 1587
Técnica Óleo sobre tela
Dimensões 480 cm cm × 360 cm cm
Localização Igreja de São Tomé, Toledo


Nota da Redação: Gonzalo Ruiz de Toledo era senhor de Orgaz, pois a vila de Orgaz não foi condado até 1522.
A história e os detalhes do quadro são fantásticos. Para maiores detalhes vá em Projeto Clio

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