A tela mais famosa de El Greco é, essencialmente, um ritual
de corte. Invade, no entanto, as regiões onde todas as atividades humanas ou
sociais são sobrepujadas por uma dimensão de magia. De um lado, é impecável
quadro cerimonioso. De outro, a representação de um drama simultaneamente
terreno e celestial.
Pintado para a igreja São Tomé, mostra um lendário milagre,
cultivado pela comunidade local: ao ser enterrado, o Conde de Orgaz, protetor
do Distrito de São Tomé e de um convento de monges agostinianos, foi tomado no
braço por Santo Estevão e Santo Agostinho.
Enquanto a sociedade de Toledo se apresenta com seus monges,
fidalgos e o próprio filho do pintor – a criança que segura uma tocha ardente,
à extrema esquerda – os anjos rasgam nuvens e acolhem a alma do devoto, em meio
a uma corte de santos, presidida pela Virgem.
Na terra, pompas, colorido e imobilidade diante do mistério
da morte. No céu, movimento, cores diluídas, solene regozijo com a eterna
salvação. O quadro foi colocado sobre o túmulo do conde.
Autor El Greco
Data 1587
Técnica Óleo sobre tela
Dimensões 480 cm cm × 360 cm cm
Localização Igreja de São Tomé, Toledo
Nota da Redação: Gonzalo Ruiz de Toledo era senhor de Orgaz, pois a vila de
Orgaz não foi condado até 1522.
A história e os detalhes do quadro são fantásticos. Para maiores detalhes vá em Projeto Clio
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