Sumiço na noite
Naquela semana, o autor da capa do disco, Geoffrey Holder - o exótico e admirado artista de quase dois metros de altura, capazes de englobar um misto de bailarino, coreógrafo, diretor, escritor e pintor -, ofereceu uma grande festa em seu espetacular apartamento de Manhattan para comemorar o lançamento de Amoroso. Holder é uma figura dominante em qualquer recepção que vá, mas nessa noite todas as personalidades presentes cercavam João Gilberto, que parecia desejar sumir e que, providencialmente, esquecera o violão no hotel
.
A noite avançava quando ele comunicou que iria atender aos insistentes pedidos para que cantasse. Alguém foi com ele buscar o violão. O tempo passava, e nada. Mais da metade dos convivas desistiu, indo para casa.
Duas horas mais tarde, João retornava com o violão para um recital inesquecível para os poucos que nele confiaram. um grupo de privilegiados que, em meio a um silêncio sepulcral, ouvia extasiado aquele artista magnífico, reverenciado no mundo.
Zuza Homem de Mello (BRAVO!, novembro de 2011)
Naquela semana, o autor da capa do disco, Geoffrey Holder - o exótico e admirado artista de quase dois metros de altura, capazes de englobar um misto de bailarino, coreógrafo, diretor, escritor e pintor -, ofereceu uma grande festa em seu espetacular apartamento de Manhattan para comemorar o lançamento de Amoroso. Holder é uma figura dominante em qualquer recepção que vá, mas nessa noite todas as personalidades presentes cercavam João Gilberto, que parecia desejar sumir e que, providencialmente, esquecera o violão no hotel
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A noite avançava quando ele comunicou que iria atender aos insistentes pedidos para que cantasse. Alguém foi com ele buscar o violão. O tempo passava, e nada. Mais da metade dos convivas desistiu, indo para casa.
Duas horas mais tarde, João retornava com o violão para um recital inesquecível para os poucos que nele confiaram. um grupo de privilegiados que, em meio a um silêncio sepulcral, ouvia extasiado aquele artista magnífico, reverenciado no mundo.
Zuza Homem de Mello (BRAVO!, novembro de 2011)
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