Outro dia comentei com Luiggi sobre algo que percebo há anos. Já repararam como volta e meia, quando o assunto é restaurantes, alguém comenta que adora comer em determinado lugar porque lá tem uma 'comidinha' caseira maravilhosa? Ou, pelo menos, honesta. Termo que se usa muito quando se quer falar sobre a qualidade de um vinho (É um cabernet honesto...). Mas isso é assunto pra outra hora.
Na ocasião, meu interlocutor, do alto de sua momentânea impaciência, vociferou: "Comida caseira não existe. Somente "comidinha" caseira. O que é a maior asneira do mundo. O fato de ser caseira vira sinônimo de "boa", feita com "carinho" pela tia Cotinha, que nos amava tanto. Se eu vou num restaurante, quero comida de restaurante, c...! Não quero uma volta à infância."
Passado o momento de rara ira de Luiggi, o sensato, pus-me a refletir sobre a maneira como as pessoas tratam determinadas coisas. "Vamos nos encontrar no fim de semana. Passa lá em casa que a gente faz um churrasquinho, toma uma cervejinha na boa..."
Combinando um répi auãr: "Nos encontramos após o serviço pra tomar um chopinho. Conheço um barzinho maravilhoso que serve um picadinho simples, mas de primeira. Queijinho, salaminho, pepininho... E vou te fazer experimentar uma cachacinha maravilhosa que tem lá."
Não sei se o outro não prefere apenas saborear o seu prosaico uisquinho com gelinho...
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