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sábado, 31 de maio de 2014

GALERIA DE NOTÁVEIS - JOHN FORD

AS COBRAS - LUIS FERNANDO VERISSIMO


CANA VERMELHA

Cana Vermelha, da pintora americana Georgia O'Keeffe, mostra a perícia da artista em tirar imagens extraordinárias do cotidiano, com uma simples flor que se transforma em uma grande pintura.


A artista estudou as qualidades abstratas daquilo que considerava bonito e aproveitava isso como forma de autoexpressão. A imagem trata-se de um close-up ampliado de uma flor, cujas cores brilhantes e marcas atraem o olhar do observador. A tentativa de Georgia é de captar a essência da flor, transmitindo a energia de seu crescimento.

A observação de Georgia foi traduzida e retratada na obra em uma composição de linhas, formas e cores exageradas que apesar de abstratas ainda possibilitam o reconhecimento de uma flor. É possível identificar as pétalas, com suas beiras onduladas e aparentemente delicadas, assim como as linhas guias do mel que levam os insetos para o pólen no centro da flor.

3 detalhes de Cana Vermelha se destacam:

1. Ponto focal:

 O olhar do observador é levado diretamente ao centro ígneo da flor, onde encontram-se as partes reprodutivas da planta. As pinturas de flores de Georgia foram interpretadas como sendo representações dos órgãos genitais femininos, mas a artista sempre negou essa intenção.

2. Linhas sinuosas:

 As linhas fluidas da pintura se desenvolveram a partir de uma série de desenhos abstratos feitos à carvão e inspirados nos motivos vegetais da Art Nuveau. As linhas da obra ultrapassam a borda da imagem, parecendo cortadas.

3. Formas ousadas:

 Os detalhes de Cana Vermelha encontram-se tão ampliados que fazem com que o espectador se sinta na perspectiva de um inseto. Cada parte aumentada da flor é simplificada até uma forma geométrica e, a partir daí, assume uma qualidade abstrata.

Ficha Técnica - Cana Vermelha:
Autor: Georgia O'Keeffe
Onde ver: University of Arizona Art Museum, Tucson, Estados Unidos
Ano: 1924
Técnica: Óleo sobre tela
Tamanho: 91,4cm x 76cm
Movimento: Modernismo
Com Universia Brasil

COVER DO SÁBADO

Existem controvérsias sobre a autoria de Mulher Rendeira. Diz-se que a música já era cantada nos sertões nordestinos antes de Zé do Norte (Alfredo Ricardo do Nascimento) chegar ao Rio de Janeiro nos anos 1940. Há quem diga que seu autor é Virgulino Ferreira da Silva, o temido cangaceiro Lampião. Mas é mais provável que tenha sido adaptada e recebido acréscimos ao longo do tempo. 

Pelas mãos da escritora cearense Rachel de Queiroz, Zé do Norte foi indicado para a equipe da produção cinematográfica de O Cangaceiro (1953), filme dirigido pelo paulista Lima Barreto, como consultor de prosódia sertaneja. O fato é que ele acabou sendo o "autor" da trilha sonora, que incluiu o clássico Mulher Rendeira. E não é de todo improvável que algumas estrofes tenham sido de fato criadas pelo talentoso Zé do Norte. Vanja Orico foi a cantora escolhida para interpretar a canção. O sucesso do filme em Cannes elevou Zé do Norte ao Olimpo do cancioneiro popular nacional.

A música foi gravada em 1957 por "Volta Seca", um ex-membro do bando de Lampião, no álbum "Cantigas de Lampião", pela gravadora Todamerica. Além dele, foi interpretada por vários cantores brasileiros, como Luiz Gonzaga, Elba Ramalho, Chico César, Demônios da Garoa e muitos outros.


Comprova o sucesso de Mulher Rendeira o grande número de gravações que recebeu na época, inclusive fora do Brasil. Foi traduzida para o inglês, e a versão mais famosa é de 1962, por The Shadows, no álbum "Out of the Shadows", com o nome "Bandit". Joan Baez também a gravou. No total, são mais de 120 versões da música em sete línguas. Muitas não são traduções exatas, mas mudam a letra mantendo a sonoridade. Está registrada no ECAD como de autoria de Alfredo Ricardo do Nascimento (Zé do Norte).

Em 1972, Egberto Gismonti incluiu Mulher Rendeira no disco Água & Vinho.

wikipedia

FRASE DO DIA

"Não acho que todos os idosos sem conhecimento de informática devam ser apedrejados em praça pública, mas se tomássemos alguns como exemplo os outros se esforçariam mais."
Sheldon Cooper

sexta-feira, 30 de maio de 2014

JUSTIÇA

No BOL

"Macaco se irrita e bate em Ana Maria Braga"

Mais cedo ou mais tarde alguém faria justiça...

CONTO CORPORATIVO

O dead line se aproximava. Foi o chairman, que após analisar feedbacks e outputs anunciou: era hora de sentar, fazer uma reunião. Convocara o CEO, o CFO e até mesmo o country manager. Outros colaboradores compareceram com seus cadernos ao encontro.

Concluiu-se que seria necessário um trabalho outsourcing, já que o turnover era grande e o headcount não seria suficiente pra concluir o projeto. Se fosse necessário, realizariam novo coaching e aumentariam os outplacementsDepois, designaria-se um key user para passar a expertise para os novos talentos desenvolverem fulltime o novo plano.

Resumindo: a diretoria se reuniu, determinou uma ou duas ações para terminar de qualquer jeito o projeto. Vai respingar no funcionário de sempre, que contará com muitos estagiários que trabalharão feito loucos para cumprir o prazo.

MÚSICA NA SEXTA

Odair José de Araújo nasceu em Morrinhos, Goiás, em 1948.

Iniciou a carreira ainda em Goiás. No final do anos 60 foi para o Rio de Janeiro, onde cantou em boates e circos. Em 1970, Rossini Pinto levou-o à gravadora CBS, onde gravou alguns compactos e em seguida seu primeiro LP. O sucesso e o reconhecimento nacional vieram em 1973 com “Uma vida só – pare de tomar a pílula”. No mesmo ano, fez dueto com Caetano Veloso em “Vou tirar você deste lugar”, de sua autoria, e emplacou o sucesso “Eu, você e a praça”. Sempre afirmou com orgulho que foi muito influenciado por Hank Willians e, principalmente, Johnny Cash.

Após mais alguns discos, sucessos e carreira consolidada, Odair lança em 1977 o disco “O filho de José e Maria”, que abre com a bela “Nunca mais”.

Nunca mais

Nunca mais
Eu agora sou bem diferente
Não se assustem e nem se preocupem
Sou o mesmo de antigamente
Só que agora nada mais me encuca

Encontrei uma pessoa amiga
Ensinando as coisas boas da vida
E os meus traumas fui deixando pra trás
E o meu passado não me assusta mais

Nunca mais 
Sou o filho de José e Maria
Morri de tristeza pra viver de alegria
Sou o que resta de uma noite esquecida
Noite de festa e razão dessa vida

FRASE DO DIA

“Pontualidade é a coincidência de duas pessoas chegarem com o mesmo atraso.”
Leon Eliachar

quinta-feira, 29 de maio de 2014

PRATO FEITO

Comida envolve tradição. E tradições mudam, eu entendo. Mas, mesmo assim, devem ser respeitadas. É o caso dos hoje conhecidos como PFs, os pratos feitos, e os à la minutas. Prato feito é prato feito, à la minuta é à la minuta. Pelo menos para mim, para as pessoas que eu conheço e para todos os bistrôs que frequento. Mas não para a ZH e para a sua inocente repórter, que se surpreende e se deslumbra a cada bar que entra para uma série de reportagens sobre PFs.

Segundo a Ermã, e acho que ela tem razão, para a repórter, PF é qualquer coisa que se coma à guisa de almoço e que não seja servida no bufê. E se isso não é uma simplificação grosseira do jornal, é uma estroinice. Quem sabe até um desrespeito às tradições. Espero pronunciamento de Paixão Cortes e do Paulo Brossard de Souza Pinto sobre o assunto.

Sou do tempo em que não existia o existia o PF. Naquela época (mesma época em que futebol de salão era chamado de futebol de salão), ainda se chamava de prato feito, prato comercial, executivo e à la minuta.

Um prato feito de respeito tinha que ter necessariamente arroz, feijão (nem embaixo e nem sobre o arroz, do lado) e massa, batata ou aipim e alguma carne. Às vezes, tinha uma ou outra firula, como cenoura, couve ou repolho refogados. E um pratinho de salada já temperada com muito vinagre. Acompanhava um copo de guaraná sem gás.

O prato comercial (ainda bem que não existe mais, senão seria chamado de PC), geralmente, era a mesma coisa, porém, com a carne e o feijão separados. Era consumido pelo pessoal do escritório. O executivo (hoje chamar-se-ia E) era mais ou menos a mesma coisa, mas o prato vinha vazio e as comidas em travessas separadas. Dependendo, vinha batata frita também. O que era mais para marcar a hierarquia de quem pedia, pois era consumido basicamente pela diretoria e pelos chefes de setor. É bom salientar, frisar, exagerar e deixar bem claro que em hipótese alguma, nunca, jamais, o prato feito vinha com batata frita. Deve constar isso em algum estatuto dos bistrôs. O à la minuta era consumido pela minha categoria, os office-boys, somente em uma ocasião: no dia em que recebíamos os “tíquetes”.

Tudo isso para dizer novamente o que disse no início: PF é PF, à la minuta é à la minuta. Simples assim.

ÁLBUM DA QUINTA

FEMININA - 1980 - JOYCE

Feminina é o sétimo álbum de estúdio da cantora Joyce, lançado em 1980 pela gravadora EMI. Pela primeira vez ela teve controle absoluto sobre o seu trabalho. Estava voltando a compor depois de um longo tempo ausente para criar as duas filhas, mas foi bem recompensada. A canção "Clareana", feita em homenagem a elas, foi classificada no festival MPB-80, da TV Globo, e Joyce teve sua merecida explosão nacional de popularidade.


O disco Feminina se baseou no trio formado pelo violão de Joyce, o baixo de Fernando Leporace e a bateria de Tutty Moreno, com adendos preciosos, como a guitarra de Hélio Delmiro, o piano de Hélvius Vilela e as flautas de Mauro Senise e Danilo Caymmi, em arranjos assinados por Maurício Maestro, Gilson Peranzzetta e Fernando Leporace.


O álbum trazia várias canções que haviam feito sucesso em outras vozes, e que ganharam cor ainda mais especial com a autora. Entre elas, "Mistérios" (parceria com Maurício Maestro), lançada pelo Boca Livre em seu primeiro disco, "Essa Mulher" (com Ana Terra), gravada originalmente por Elis Regina, "Da Cor Brasileira" (também parceria com Ana Terra), sucesso com Maria Bethânia, e "Feminina", que nas vozes do Quarteto Em Cy foi incluída na trilha sonora do seriado Malu Mulher. Nos anos 90, "Aldeia de Ogum" foi sucesso nas pistas de dança europeias a partir de remixes feitos por DJs londrinos.


Lado 1
1. Feminina (Joyce)
2. Mistérios (Maurício Maestro, Joyce)
3. Clareana (Joyce)
4. Banana (Joyce)
5. Revendo Amigos (Joyce)

Lado 2
1. Essa Mulher (Ana Terra, Joyce)
2. Coração de Criança (Fernando Leporace, Joyce)
3. Da Cor Brasileira (Ana Terra, Joyce)
4. Aldeia de Ogum (Joyce)
5. Compor (Joyce)


Joyce - violão, voz
Fernando Leporace - baixo, arranjos
Maurício Maestro - baixo, arranjos
Hélvius Vilela - piano
Gilson Peranzzetta - piano, arranjos
Tutty Moreno - bateria, percussão
Danilo Caymmi - flauta
Mauro Senise - flauta
Hélio Delmiro - violão guitarra

DELÍCIAS DO MUNDO CORPORATIVO

O ambiente de trabalho em relativo silêncio. Toca um telefone celular em boa altura. Todos conseguem ouvir. Pode ser que ele esteja em alguma bolsa, alguma gaveta, alguma pasta. Se não for atendido até o segundo toque, sempre – sempre  tem alguém que diz, como se o mundo dependesse dessa informação e ninguém tivesse se apercebido do fato:

-Tem um celular tocando!

FRASE DO DIA

"Até hoje alguns rapazinhos vêm me ver e ficam decepcionados porque não tenho uma Magnum 44. Bem, se todos pensam que sou um canalha, não devo destruir essa ilusão."
Clint Eastwood

quarta-feira, 28 de maio de 2014

LUIGGI PERGUNTA


Será que é possível escrever um texto sobre rock sem usar a palavra “seminal”?

PRA DENTRO

Gosto muito, muito, de beber. E de comer também. Porém, nunca “saboreei” nada. Tampouco “degustei” alguma coisa. Nem eu e nem ninguém, embora muita gente viva dizendo que foi a algum lugar e “enquanto degustava” um excelente vinho tinha uma excelente entrevista com o anfitrião. Mentira. A turma mete o trago pra dentro.

“Fomos saborear um assado”. Ora, o sujeito faz um pratão de carne, arroz e maionese, come tudo em dois minutos, a largas garfadas, e vem me aplicar que “saboreou um assado”? Mentira! A turma mete o rango pra dentro.

Nenhum problema, só não aproveitem verbos bonitos pra justificar comilança e beberagem desenfreada como se estivesse praticando uma grande arte.

Ou é só nos lugares que eu frequento que as pessoas estão “morrendo de fome”? E quem tá morrendo de fome - sabe-se - não saboreia e nem degusta. Mete pra dentro.

CORREIO DO CORVO

Maya Angelou
(04/04/1928 - 28/05/2014)

FARDADO

Crack, fome, miséria, pedofilia, racismo e machismo são mazelas brasileiras cantadas por cima de guitarras sujas de punk rock. De repente, o vocalista dá uma gargalhada malévola antes de gritar “Caralho!” com a boca colada no microfone.”

Lendo o texto acima, de autoria Lucas Simões (colhido por mim aleatoriamente na internet sobre o novo disco do grupo logo abaixo citado), é provável que se pense em uma banda de adolescentes revoltados, cheios de espinhas e do subúrbio. Nada disso. É do grupo Titãs, cujo membro mais novo deve ter 50 e poucos anos e qualquer um deles está longe de ser suburbano. A revolta, por algum motivo, ainda reside naqueles coraçõezinhos. Deve ser porque faltou inspiração pra novos temas fofos e motivacionais (devia ter amado mais, ter chorado mais, ter visto o sol nascer) ou porque ainda rende elogios. Ou as duas coisas.

O vocalista citado no primeiro parágrafo é Paulo Miklos, que assina poesias como esta da música Fardado - sobre a polícia -, que abre esse disco: “Por que você não escuta o que eu digo, não limpa as botas de terra, não prende esse cachorro contigo, não abre a rua e limpa essa merda!”.


E o mais impressionante é ligar a televisão (que deixou tanta gente burra, muito burra demais) e ver o rebelde Miklos a ponto de se fardar de seleção brasileira e cantando mansamente com Fernanda Takai a música de Jairzinho Oliveira para o comercial do maior banco do Brasil em alusão à Copa do Mundo: “Vamos soltar o grito do peito, deixar o coração no jeito, que aí vem mais uma emoção. Vamos torcer e jogar todos juntos, mostrar novamente pro mundo, como se faz um campeão.” E segue nessa linha. Você já ouviu, tenho certeza.

O acaso vai me proteger enquanto eu andar distraído.

CRIATURAS QUE O MUNDO ESQUECEU

Paulo Roberto Tadeu de Sousa, o Bebeto, nasceu em São Paulo, em 1953. Começou a carreira cantando grandes sucessos da MPB. Conviveu com alguns nomes fundamentais do samba-rock e do swing, entre eles, o cantor, compositor e guitarrista gaúcho Luís Vagner e o percussionista paulista Branca di Neve. Chamou a atenção da gravadora Som e foi contratado, lançando vários LPs sob o selo Copacabana.

Lançou seu disco de estreia, "Bebeto", em 1975. Nesse disco já define bem seu estilo: um som muito pontuado pelos arranjos de metais, pela sessão de percussão e pelo violão. Há letras bem curiosas como "Adão, você pegou o barco furado" e "Poderoso Thor", ambas de sua autoria. Ainda nesse disco, ele gravou um de seus maiores sucessos, "Segura a nêga", sua primeira parceria com Luís Vagner. Nesse mesmo disco, aparece "Esse crioulo por você se fez poeta", composição do cantor e compositor mineiro Wando, até então um desconhecido sambista.

Em 1977, seu segundo disco, "Esperanças mil", traz composições de uma dupla que seria constante em seus LPs e fornecedora de sucessos imortais: Bedeu e Alexandre, egressos do grupo Pau Brasil, de Porto Alegre.


Em 1978, com o disco Cheio de Razão, começou a se popularizar especialmente no Rio de Janeiro. A faixa "A beleza é você, menina", que abre o disco, é seu maior sucesso e sua música mais conhecida e executada até hoje. "Minha preta" é outra faixa de sucesso de Bedeu e Alexandre, também muito pedida nos shows. Com esse disco, ele começa a ser conhecido pelos inúmeros shows em bailes suburbanos. Continua em atividade, mas sem a visibilidade que tinha até a década de 80.

wikipedia

GRANDES FRASES DE GRANDES FILMES

"Toga! Toga!"
John Bluto Blutarsky (John Belushi) - National Lampoon's Animal House (O Clube dos Cafajestes) - 1978

FRASE DO DIA

"Sou modesto no que diz respeito à criação e não o sou pessoalmente. Me acho melhor do que Chico, Milton e Gil juntos."
Caetano Veloso

terça-feira, 27 de maio de 2014

BREGA CHIQUE

Cristóvão Barros de Alencarcantor, compositor, radialista e apresentador de televisão, nasceu em Uiraúna, PB, em 1940.

Começou a carreira na Rádio Borborema, de Campina Grande, e depois trabalhou em Recife Fortaleza, Belo Horizonte e São Paulo.

Em 1966, lançou seu primeiro compacto simples, pela gravadora Chantecler, com as músicas "Agora sim", versão de Adesso sì, de Sergio Endrigo, e "Não vá embora", versão de Tu me plais et je t'aime, de J. L. Chauby e Bob Du Pac. Em 1968, lançou o compacto simples com a música "Não me peça um beijo", de autoria de Antônio e Mário Marcos. Gravou vários discos até 1980, quando passou a se dedicar especialmente ao rádio. Reside na cidade de São Paulo e está afastado do rádio por problemas de saúde.

Em 1971, lançou um compacto simples com as músicas "Não posso mais viver sem ti" e "Ana Cristina", ambas de sua autoria.


Teus olhos são rasgadinhos
De boneca japonesa
Parece que são dois peixinhos
Enfeitando a natureza

Teus pezinhos são bem feitos
Como os pés da Cinderela
Penso até que são perfeitos
Mais perfeitos do que os dela

Quando dormes que beleza
Tu sorris como uma fada
Tu sorris pois tem certeza
De que es muito muito amada

É difícil encontrar rima
Pra descrever esse amor
Ana Cristina és a obra prima
Do Supremo Criador
Ana cristina és a obra prima
Do Supremo Criador

wikipedia

FRASE DO DIA

"Democracia é quando eu mando em você, ditadura é quando você manda em mim."
Millôr Fernandes

segunda-feira, 26 de maio de 2014

DE RÁDIO

Num programa matinal de rádio, ouvintes mandam sugestões de coisas que podem ajudar as gargantas prejudicadas pelo frio nesta época do ano. Um deles diz que colocar rodelas de gengibre na água do chimarrão é muito bom para preservar a voz.

Não sei se ajuda, mas o gosto do chimarrão deve melhorar muito com o gengibre...

CLÁSSICOS PARA A VIDA ETERNA

FURTHER UP ON THE ROAD* (1976) THE BAND & ERIC CLAPTON

Sérgio Luiz Gallina

Filme obrigatório para qualquer ser humano: "O Último Concerto de Rock". Ou, no original, "The Last Waltz".


Further on up the road someone's gonna hurt you like you hurt me
Further on up the road someone's gonna hurt you like you hurt me

Further on up the road, baby, just you wait and see
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You gotta reap just what you sow, that old saying is true

You gotta reap just what you sow, that old saying is true
Just like you mistreat someone, someone's gonna mistreat you
----
You been laughing, pretty baby, someday you're gonna be crying

You been laughing, pretty baby, some sad day you're gonna be crying
Further on up the road you'll find out I wasn't lying
----
Further on up the road someone's gonna hurt you like you hurt me

Further on up the road someone's gonna hurt you like you hurt me
Further on up the road, baby, just you wait and see
----
You been laughing, pretty baby, someday you're gonna be crying

You have been laughing, pretty baby, but someday you will be crying
Further on up the road you'll find out I wasn't lying
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*Don Robey and Joe Veasey aka Joe Medwick

FRASE DO DIA

"Caro McGyver, no envelope seguem um elástico, um clipe de papel e um canudinho. Por favor salve meu cachorro."
Peter Griffin

domingo, 25 de maio de 2014

LEITURA DE DOMINGO

 A SOCIEDADE

      Alcântara Machado
— Filha minha não casa com filho de carcamano! 

A esposa do Conselheiro José Bonifácio de Matos e Arruda disse isso e foi brigar com o italiano das batatas. Teresa Rita misturou lágrimas com gemidos e entrou no seu quarto batendo a porta. 

O Conselheiro José Bonifácio limpou as unhas com o palito, suspirou e saiu de casa abotoando o fraque. O esperado grito do cláxon fechou o livro de Henri Ardel e trouxe Teresa Rita do escritório para o terraço. O Lancia passou como quem não quer. Quase parando. A mão enluvada cumprimentou com o chapéu Borsalino. Uiiiiia-uiiiiia! 

Adriano Meli calcou o acelerador. Na primeira esquina fez a curva. Veio voltando. Passou de novo. Continuou. Mais duzentos metros. Outra curva. Sempre na mesma rua. Gostava dela. Era a Rua da Liberdade. Pouco antes do número 259-C sabe: uiiiiia-uiiiiia! 

— O que você está fazendo aí no terraço, menina? 

— Então nem tomar um pouco de ar eu posso mais? 

Lancia Lambda, vermelhinho, resplendente, pompeando na rua. Vestido de Camilo, verde, grudado à pele, serpejando no terraço.

— Entre já para dentro ou eu falo com seu pai quando ele chegar! 

— Ah meu Deus, meu Deus, que vida, meu Deus! 

Adriano Melli passou outras vezes ainda. Estranhou. Desapontou. Tocou para a Avenida Paulista. Na orquestra o negro de casaco vermelho afastava o saxofone da beiçorra para gritar: Dizem que Cristo nasceu em Belém... Porque os pais não a haviam acompanhado (abençoado furúnculo inflamou o pescoço do Conselheiro José Bonifácio) ela estava achando um suco aquela vesperal do Paulistano. O namorado ainda mais. 

Os pares dançarinos maxixavam colados. No meio do salão eram um bolo tremelicante. Dentro do círculo palerma de mamãs, moças feitas e moços enjoados. A orquestra preta tonitroava. Alegria de vozes e sons. Palmas contentes prolongaram o maxixe. O banjo é que ritmava os passos. 

— Sua mãe me fez ontem uma desfeita na cidade. 

— Não! 

— Como não? Sim senhora. Virou a cara quando me viu. ...mas a história se enganou! 

As meninas de ancas salientes riam porque os rapazes contavam episódios de farra muito engraçados. O professor da Faculdade de Direito citava Rui Barbosa para um sujeitinho de óculos. Sob a vaia do saxofone: turururu-turururum! 

— Meu pai quer fazer um negócio com o seu. 

— Ah sim? Cristo nasceu na Bahia, meu bem... 

O sujeitinho de óculos começou a recitar Gustave Le Bon mas a destra espalmada do catedrático o engasgou. Alegria de vozes e sons. ...e o baiano criou! 

— Olhe aqui, Bonifácio: se esse carcamano vem pedir a mão da Teresa para o filho, você aponte o olho da rua para ele, compreendeu? 

— Já sei, mulher, já sei.

DO FUNDO DO BAÚ

Adventures of Superman (As Aventuras do Super Homem, no Brasil) era uma série de televisão americana baseada no personagem de histórias em quadrinhos criado em 1938 por Jerry Siegel e Joe Shuster. Foi a primeira série de TV que apresentava o Superman, e começou a ser filmada em 1951, na Califórnia.


Patrocinado pelos cereais Kellogg's, foi a primeira e última série sindicalizada da TV, e as datas em que foi ao ar são controversas, mas geralmente aceitas como 19 de setembro de 1952 a 28 de abril de 1958. Após as duas primeiras temporadas (episódios 1 – 52, 26 títulos por temporada), em preto e branco, a série foi originalmente feita em monocromia, pela ABC, em first-run syndication1 . Os telespectadores não veriam Superman em cores, então, até que a série fosse distribuída para as emissoras locais, em 1965.

George Reeves personificava Clark Kent/Superman, Jack Larson era Jimmy Olsen, John Hamilton era Perry White e Robert Shayne era o inspetor Henderson. Phyllis Coates personificava Lois Lane na primeira temporada, enquanto Noel Neill interpretou-a na segunda temporada (1953). As histórias giravam em torno do Superman em suas lutas contra diversos vilões na cidade fictícia de Metropolis. Lois Lane e Jimmy Olsen, colegas de Clark no jornal Planeta Diário, colocam-se frequentemente em situações de perigo, as quais só podem ser resolvidas pelo Superman.

Adventures of Superman apresentava efeitos visuais avançados para a televisão da época e, apesar de não ganhar nenhum prêmio importante, foi popular com seu público e continua popular até hoje. Seu tema de abertura é conhecido como The Superman March. Em 1976, o livro Superman: From Serial to Cereal foi publicado e, em 1987, foram selecionados alguns episódios para o vídeo. Em 2006, a série se tornou disponível na íntegra em DVD, e as suas reprises ainda têm um lugar na agenda de programação de televisão. Em 2006, foi produzido um filme que envolve a produção da série, até a morte de sua estrela principal, George Reeves, até hoje controversa. Uma das versões diz que o ator teria se matado por estar deprimido com o final do seriado; outra versão diz que ele foi assassinado por ter um caso com a mulher de um poderoso executivo de Hollywood.

Ficou famosa a abertura do seriado, na qual uma voz em off dizia: É um páasaro? É um avião? Não, é o Super Homem!"

wikipedia

CURTA NO TOA - ONDAS


Ondas
Sinopse:  Um gato engole o aparelho de surdez de sua dona, uma velhinha de 67 anos que mora na Av. Paulista, e passa a retransmitir as ordens de três mulheres que assaltam um banco no andar térreo.

Gênero:  Ficção
Subgênero:  Comédia, Ficção Científica
Diretor:  Ninho Moraes
Elenco:  Ana Maria Magalhães, Elias Andreatto, Giulia Gam, Helena Ignez, Isabel Ribeiro, Ney Piacentini, Paulo Contier
Duração:  12 min     Ano:  1986     Formato:  35mm
País:  Brasil     Local de Produção:  SP
Cor:  Colorido

FRASE DO DIA

"Passar despercebido nunca foi o meu forte."
Jerry Lewis

GALERIA DE NOTÁVEIS - LEE MARVIN

sábado, 24 de maio de 2014

COVER DO SÁBADO

I Saw Her Standing There foi composta por Lennon e McCartney e abre o primeiro álbum dos Beatles, Please Please Me, lançado no Reino Unido pela Parlophone em 22 de março de 1963.

Em 13 de janeiro de 1964, a Capitol Records lançou a canção nos Estados Unidos como lado B do primeiro single dos Beatles naquele país, com a canção "I Want to Hold Your Hand" no lado A. "I Saw Her Standing There" entrou na lista das 100 mais tocadas da Billboard em 8 de fevereiro de 1964, ficando lá por 11 semanas, atingindo a décima quarta posição.


Em 1974, durante um show ao vivo, John Lennon e Elton John gravaram a canção e a lançaram como lado B do single "Philadelphia Freedom".

wikipedia

FRASE DO DIA

"Salve o planeta. Afinal, ele é o unico que tem cerveja."
Charlie Harper

sexta-feira, 23 de maio de 2014

DE RÁDIO (OU DE BOCA CHEIA)

Já disse que não sou a favor daquele rádio altamente formal, com locutor de voz empostada, fingindo que erros não existem. Acho, inclusive, que este tipo morreu e não deve ressurgir. Nem das cinzas, nem de lugar nenhum.

O rádio – novidade – trabalha com som. Gravado ou ao vivo. No caso do rádio ao vivo, os comunicadores adoram dizer que o melhor do programa se dá durante os intervalos. 

E deve ser mesmo, pois deixam para comer bolos, pizzas, baurus e tudo que lhes passar pela frente  e algum anunciante mandar  enquanto o programa está no ar. Além de passar para o ouvinte barulho de embalagem e o ronco do chimarrão.

Voz empostada não precisa, mas falar de boca cheia já é demais, um desrespeito.

MÚSICA NA SEXTA

Francisco “Chico” Anysio de Paula nasceu em Maranguape, CE, em 1931.

Conhecido principalmente por seus programas humorísticos, Chico Anysio começou a carreira como redator de programas de rádio. Ao mesmo tempo, escrevia músicas “sérias”, e foi gravado por Dalva de Oliveira, Dolores Duran, Elis Regina, Maísa, Alcione e Benito de Paula.

Criou, em 1974, com os personagens de seu programa “Chico City”, Baiano (o próprio Chico) e Paulinho Boca de Profeta (Arnauld Rodrigues), Baiano e os Novos Caetanos. O grupo contava com Renato Piau nas gravações e apresentações.

O primeiro disco da dupla abre com seu maior sucesso, “Vô batê pá tú”.


Vô batê pá tú
Arnauld Rodrigues / Orlandivo
Vô batê pá tú, batê pá tú
Pá tú batê
Pá amanhã a pá não me dizer
Que eu não bati pá tú
Pá tú pode batê
O caso é esse
Dizem que falam que não sei o que
Tá pá pintá ou tá pá acontecer
É papo de altas transações
Deduração um cara louco
Que dançou com tudo
Entregação com dedo de veludo
Com quem não tenho grandes ligações
Vou batê pá tu bate pá tú
Pá tú batê

FRASE DO DIA

"Não digo que todos em Hollywood sejam idiotas. Só estou dizendo que lá há um monte deles."
Sean Connery

quinta-feira, 22 de maio de 2014

LEMBRANÇA

Há cinco anos, o grande Zé Rodrix parava de fumar.

SOLIDÃO

Ouvi no jornal da TV dia desses que inventaram um robô para cuidar de idosos. Entre outras coisas, o robô ajuda a curar a solidão. Ledo engano, ledo engano.

Se uma pessoa idosa não aprendeu a conviver com ou nunca se preparou para a solidão, nunca entendeu nada da vida. A vida, justamente por ser “a arte do encontro”, é solitária. Se não fosse assim, encontrar alguém não seria essa “arte”, como definiu Vinícius de Moraes. É claro que por Vinícius ter dito essa frase, isso não passa a valer como máxima absoluta. Mas não é à toa que tudo que faz sucesso, por exemplo, na internet, é buscando aproximar pessoas.

E buscar resolver a solidão com robôs, francamente, antes de uma derrota é um engano. Solidão não tem remédio.

ÁLBUM DA QUINTA

BROTHERS IN ARMS - 1985 - DIRE STRAITS

Brothers in Arms é o quinto álbum de estúdio da banda inglesa Dire Straits, lançado em 1985. O álbum foi um marco na indústria fonográfica, sendo um dos pioneiros no processo de gravação, mixagem e masterização totalmente digitais. Faz parte da lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame.


Brothers in Arms foi gravado entre novembro de 1984 e março de 1985, no AIR Studios , na ilha de Montserrat , um território ultramarino britânico no Caribe. O álbum foi produzido por Mark Knopfler e Neil Dorfsman. A decisão de avançar para a gravação digital veio da busca constante de Knopfler por uma melhor qualidade de som. "Uma das coisas que eu sempre respeitei nele", disse Dorfsman, "foi o seu interesse na tecnologia como um meio de melhorar a sua música. Ele estava sempre disposto a gastar em equipamentos de alta qualidade". Brothers in Arms foi um dos primeiros álbuns a serem direcionados para o mercado de CD.


A gravação contou com Knopfler (guitarra), John Illsley (baixo), Terry Williams (bateria), Alan Clark (piano e Hammond B3) e Guy Fletcher, que era novo na banda e tocou um equipamento synth, que consistia de um enorme Yamaha DX1 , um par de teclados Roland e um Synclavier.

Durante a gravação de "Money for Nothing", o som característico da guitarra de Knopfler foi reforçado por um "acidente feliz" na colocação dos microfones. Knopfler estava usando uma Gibson Les Paul com um amplificador Laney. Knopfler queria um som " ZZ Top", mas antes que o restante dos microfones fossem colocados o engenheiro ouviu o som e registrou-o, e foi exatamente o que acabou indo para o disco.


Brothers in Arms foi o primeiro álbum a vender um milhão de cópias no formato CD e vender mais que sua versão LP. Em 1986, ganhou dois Grammy Awards e também ganhou o prêmio de Melhor Álbum Britânico no 1987 Brit Awards . Em 2000, a Q magazine colocou o álbum no número 51 em sua lista dos 100 Maiores Álbuns britânicos de todos os tempos. Em 2003, foi classificado como número 351 na Rolling Stone, na lista da revista dos "500 Maiores Álbuns de Todos os Tempos".


Lado 1
1. So Far Away   03:59
2. Money for Nothing (Mark Knopfler, Sting) 07:04
3. Walk of Life   04:12
4. Your Latest Trick   04:46
5. Why Worry   05:22

Lado 2
1. Ride Across the River   06:58
2. The Man's Too Strong   04:40
3. One World   03:40
4. Brothers in Arms   07:00


Mark Knopfler - guitarras, vocais, produção
John Illsley - baixo, vocais
Alan Clark - teclados
Guy Fletcher - sintetizador, backing vocals
Omar Hakim - bateria
Terry Williams - bateria
Músicos adicionais
Michael Brecker - saxofone tenor
Randy Brecker - trompete
Malcolm Duncan - saxofone tenor
Neil Jason - baixo
Tony Levin - baixo
Jimmy Maelen - percussão
Michael Mainieri - vibrafone
Dave Plews - chifre
Jack Sonni - guitarra
Sting - backing vocals
Neil Dorfsman - produtor, engenheiro

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