Ermã escreve:
Num tradicional programa de rádio aqui da Mui Leal, há pouco, tratava-se sobre a polêmica do dia: o GRE-Nal de domingo próximo, o primeiro na
Arena do Grêmio, terá torcida única.
A decisão é da Brigada Militar, acatada ser pelo Ministério
Público do RS, sob a alegação de que, dessa forma, melhor atende às condições de
segurança necessárias.
Há um tanto de verdade nas alegações da Brigada Militar, que,
sejamos francos, também busca proteger-se das acusações de truculência, que
certamente viriam caso tivesse que dar conta de duas turbas rivais, mas
‘apaixonadas por futebol’.
Em certo ponto do programa, abre-se o microfone para ‘O Povo
nas Ruas’ – assim com letra maiúscula, ‘pra denotar a importância dele, o Povo.
A imensa maioria de ouvintes logo manda opiniões do tipo “Sou contra. A graça
do GRE-Nal é ter a torcida rival, ‘pra revidar os xingamentos”.
E eu aqui, ingênua, achando que a arbitrariedade da decisão
ficava por conta da impossibilidade dos colorados não poderem ver, ao vivo, in
loco, o seu time.
Que nada! Futebol hoje é tudo aquilo que acontece no estádio
e também fora do campo. A torcida (e aqui caberia toda uma nova reflexão) vale
mais do que o golo.
Parabéns, Povo da Rua! É por tua culpa que os colorados vão
assistir o jogo no boteco.
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