Pronto. Agora temos que salvar as pessoas jurídicas também.
Como já disse, não acho que ninguém mereça um fim de vida indecente. Mas, normalmente, o fim da vida da gente é um reflexo e um resumo do que a gente fez
na vida. Até onde sei, o poeta não foi acolhido pelo governo. Foi acolhido pelo
constrangimento que o Paulo Santana causou a um monte de gente que se sentiu
obrigada a dar guarida ao poeta.
Mas vamos aos argumentos: “O Marinho é um raro dono de bar que realmente gosta de música”. Segundo Nelson Coelho de Castro, se o dono do boteco não gosta de música o bar merece ser fechado. Bom serviço e gerenciamento são detalhes. E completa: “E é um espaço de música local, no qual a música daqui sempre surgiu dessa maneira natural”. Vai ver que é o único bar com “música local”. Tá bom.
Já Paulo César Teixeira argumenta que “as restrições aos bares mais tradicionais da Cidade Baixa, por parte da prefeitura, favoreceram a proliferação de casas sem alma e tradição, com uma proposta nitidamente comercial”. Por que diabos alguém abriria um bar, contrataria gente, compraria e venderia cerveja, descascaria e fritaria toneladas de batatas pra vender a peso de ouro se não pra ganhar dinheiro? Não é legítimo esse fim? Será que ainda não deu pra notar que o sonho juvenil de abrir um bar “com a cara da turma” leva sempre ao mesmo lugar, a bancarrota?
Mas agora querem salvar um bar. O Bar do Marinho está
fechado e existem abaixo-assinados nos dois sentidos: para fechá-lo e mantê-lo assim
para todo o eterno sempre e para reabri-lo, mesmo que ao arrepio da lei.
Eu acho uma barbaridade o que a prefeitura da MuiLeal faz com seus bares e restaurantes, obrigando-os a fechar cedo. (Com o respaldo da população, é bom que se diga). Mas é a lei. E deve ser para todos.
E alguns argumentos usados para a reabertura do bar são
surpreendentes. Não sei como ainda me espanto com esse tipo de coisa dos
muilealevalerosenes. Depois dizem que eu pego no pé. Eu acho uma barbaridade o que a prefeitura da MuiLeal faz com seus bares e restaurantes, obrigando-os a fechar cedo. (Com o respaldo da população, é bom que se diga). Mas é a lei. E deve ser para todos.
Mas vamos aos argumentos: “O Marinho é um raro dono de bar que realmente gosta de música”. Segundo Nelson Coelho de Castro, se o dono do boteco não gosta de música o bar merece ser fechado. Bom serviço e gerenciamento são detalhes. E completa: “E é um espaço de música local, no qual a música daqui sempre surgiu dessa maneira natural”. Vai ver que é o único bar com “música local”. Tá bom.
Já Paulo César Teixeira argumenta que “as restrições aos bares mais tradicionais da Cidade Baixa, por parte da prefeitura, favoreceram a proliferação de casas sem alma e tradição, com uma proposta nitidamente comercial”. Por que diabos alguém abriria um bar, contrataria gente, compraria e venderia cerveja, descascaria e fritaria toneladas de batatas pra vender a peso de ouro se não pra ganhar dinheiro? Não é legítimo esse fim? Será que ainda não deu pra notar que o sonho juvenil de abrir um bar “com a cara da turma” leva sempre ao mesmo lugar, a bancarrota?
Paulo César vai mais longe: “Privar os frequentadores de
continuar desfrutando do Bar do Marinho é uma afronta ao bom senso”.
Eu gosto de bar. Gosto muito de bar. Mas essa gente gosta de
clube. Estão confundindo as coisas. E até clube precisa de alvará pra
funcionar.
Não, pelo teu comentário, tu não gosta de bar, gosta do Pedrini, que possui um conceito completamente distinto !!!
ResponderExcluirJá ouviu falar nos bares do Tulio Piva, Gente da Noite e o Pandeiro de Prata, e Zicartola do Cartola ??? Lugares que apesar de pouco dinheiro, abrigavam grandes nomes da cultura popular brasileira, e que tinha o perfil de bares que os artistas precisavam.
Senhor Anônimo, se frequentasses este ambiente mais seguidamente verias que o pobre Luiggi não gosta - e inclusive condena - ambientes como o Pedrini.
ResponderExcluirBar que é bar vende cerveja gelada e petisco [gorduroso de preferência].
Conceitos como esses bares temáticos se propõe deveriam ser adquiridos ao longo de uma vida, e não em hora e meia de fotos no Instagram.
Tô confuso aqui: o Pedrini é bar ou não???
ResponderExcluirJá foi. Agora é uma franquia de vender chope e ganhar dinheiro. Simples assim.
ResponderExcluirMas vender chope pra ganhar dinheiro não é uma das coisas que um bar faz? Em tempo: Pandeiro de Prata e Gente da Noite faliram.
ResponderExcluirSim, caro amigo. Sim. Normalmente um lugar que vende chope é um bar. Mas nesse caso não é um “bar com alma” (deve ser porque ganha dinheiro), como querem as viúvas do marinho ou do Zicartola e de outros citados no primeiro comentário (aliás, todos excelentes, mas nenhum exemplo de boa administração, todos foram à breca). E até mesmo os de outros estados, como o Sergipe, já que fomos até o RJ pra achar um exemplo. Como a Ana Paula bem comentou, já escrevi aqui neste blogue sobre o problemas dos bares pasteurizados, a quantidade de “botecos” (inclusive o Pedrini, que nunca fui) que medram pela MuiLeal.
ResponderExcluirUm “bar com alma”, ou no caso “bar de alguém bacana” não deve sobrepujar a lei. Aliás, as leis de mercado são implacáveis, e bem se vê que com essa quantidade de falência de “bares com alma” os amigos - ou outras almas penadas - não frequentam bares legais tanto assim.....
Luiggi