Nossa época é essencialmente trágica, por isso nos recusamos
a vê-la tragicamente. O cataclismo já aconteceu e nos encontramos em meio às
ruínas, começando a construir novos pequenos habitats, a adquirir novas
pequenas esperanças. É trabalho difícil: não temos mais pela frente um caminho
aberto para o futuro, mas contornamos ou passamos por cima dos obstáculos.
Precisamos viver, não importa quantos tenham sido os céus que desabaram. Era
esta mais ou menos a posição de Constance Chatterley. A guerra derrubara o teto
sobre sua cabeça. E ela percebera que todos precisamos viver e aprender.
O Amante de Lady Chatterley - 1928 - D.W.Laurence
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