Se eu tivesse dinheiro e talento empreendedor – duas coisas tão
distantes de mim quanto a vontade de ir à Feira do Livro – entraria com força
no mercado de fraldões. Sim, fraldões. Eu sei que já existem os geriátricos. E
o uso seria o mesmo. Porém, deveria ter um apelo corporativo.
O que mais se ouve ultimamente é: “Correria! Não tenho tempo pra nada”.
Ora, como diria o já citado hoje Tim Maia, “Nada é nada”.
Se não têm tempo pra nada, imagino que dentro em breve muita
gente vai começar a usar fraldão dentro das empresas pra não fazer mais as
necessidades nas calças, dada a falta de tempo até mesmo de ir ao banheiro.
Leio que a casa de Steve Jobs, na Califórnia, foi declarada 'monumento histórico'. Já em 2011, quando ele morreu, pensei que seria canonizado de imediato, tal a comoção que tomou conta dos babadores. Nem a morte de Madre Teresa de Calcutá ocupou tanto espaço na mídia. A Mulher Maçã, por exemplo, chegou a conceder uma comovida entrevista, lembram?
Em que Jobs inspirou sua vida? Sou fã dos produtos dele. Até brincavam que eu era dona da empresa, também. Você sabe, né? Eu sou a Mulher Maçã. Meu sucesso veio junto com o da Apple, sabe? Sua voz está embargada? Desculpa. Nossa, eu chorei quando soube da morte dele. É sério. Se a morte do fundador da Apple comoveu tanta gente, imaginem quando morrer o cara aquele do feicebuqui...
Contrariando pesquisas, tendências e o guia politicamente
correto de comunicação, não acho bom envelhecer. Mas, pior do que isso é o
saudosismo. Apesar de que, às vezes, acho que ele se justifica. Um dos casos é
justamente a linguagem. Saudade, por exemplo, de quando as receitas terminavam
simplesmente com um “leve-se à mesa”.
Com a profissionalização e glamourização dos “chefs”, com
uma infinidade de programas de culinária, o palavreado está mudando. Inclusive,
creio que não se falará mais em culinária, só em gastronomia. No momento, vou deixar de lado a “harmonização”, a mandioquinha
(presente na maioria das cozinhas descoladas) e a babação de ovo com os “chefs”
que “largaram uma profissão em que eram bem sucedidos para se dedicar ao que verdadeiramente
amam: a cozinha”.
O que anda me tirando do sério é que todos os pratos agora
são “finalizados”. “Finalize com manjericão”. “Finalize polvilhando com
farofinha do Azerbaijão”.
Não troco meia dúzia de cozinheiros “mudernos” por uma
Palmirinha.
Talking Book é o décimo quinto álbum de Stevie Wonder, lançado em 28 de outubro de 1972. A primeira faixa do álbum, "You Are the Sunshine of My Life", lhe rendeu seu primeiro Grammy de Melhor Vocal Pop Masculino.
Em Talking Book, Stevie Wonder desfruta de total liberdade. Entre os convidados estão Jeff Beck, Ray Parker Jr., David Sanborn e Buzzy Fenton. O som do álbum é bem definido pelo trabalho dos teclados, especialmente dos sintetizadores. "Superstition " é considerada uma das músicas que caracterizaram o Hohner clavinet.
Os produtores, Malcolm Cecil and Robert Margouleff, empregaram uma técnica de produção incomum, usando várias camadas de instrumentos como clavinet, Fender Rhodes, Arp e Moog em vez das orquestras de cordas utilizadas em técnicas de produção convencionais. Essa combinação é o que dá Talking Book o seu som característico.
Lançado após uma turnê de Wonder com os Rolling Stones, Talking Book tornou-se um sucesso imediato. O apelo popular da gravação ajudou a destruir o mito de que os músicos de R&B eram incapazes de criar uma música que poderia ser apreciada pelo público de rock. Talking Book alcançou a terceira posição na parada de álbuns pop e se tornou o primeiro álbum de Wonder a alcançar o topo do R&B Top Albums Chart, onde permaneceu por três semanas, além de arrebanhar três Grammy. Em 2003, o álbum foi classificado como número 90 na lista dos 500 maiores álbuns de todos os tempos da revista Rolling Stone.
Lado 1
1.You Are the Sunshine of My Life2:58
2.Maybe Your Baby6:51
3.You and I (We Can Conquer the World)4:38
4.Tuesday Heartbreak3:02
5.You've Got It Bad Girl (Wonder, Yvonne Wright)4:59
Lado 2
1.Superstition4:26
2.Big Brother 3:34
3.Blame It on the Sun (Wonder, Syreeta Wright)3:26
4.Lookin' for Another Pure Love (Wonder, Syreeta Wright)4:43
5.I Believe (When I Fall in Love It Will Be Forever) (Wonder, Yvonne Wright) 4:53
Salvatore Adamo, também conhecido simplesmente como Adamo, é um cantor ítalo-belga nascido em Comiso, Itália, em 1º de novembro de 1943. Seus grandes sucessos são: Inch'Allah, C'est ma vie e F... comme femme. Seu pai se mudou para a Bélgica em 1947 para trabalhar nas minas. Adamo começou uma longa carreira que marcou a canção francesa dos anos 60 e 70. Obtém fama mundial e os seus álbuns conseguem vender mais de 100 milhões de cópias, tornando-o o mais vendido artista da Bélgica. Durante a década de 80 diminui o ritmo das atividades, devido a problemas cardíacos. F... comme femme foi seu maior sucesso no Brasil, entre 1969 e 1970. Foi tema da telenovela Beto Rockfeller (TV Tupi)
“Fulano é o motorzinho do time!” Você já ouviu isso, tenho
certeza. Mesmo que não goste de futebol, já ouviu isso. Pra quem não gosta de
futebol, a expressão deve entrar naquela relação de coisas estranhas do futebol, tipo “telegrafou”.
Não sei se é minha implicância com diminutivos, mas “motorzinho”
é dose. A expressão normalmente é empregada quando um jogador não pode ficar
fora de um time, pois ele é o responsável pela força motriz do time. No caso,
forcinha motriz. Sem eles, todos ficariam inanimados em campo, como um brinquedo
sem pilha. Ele não precisa marcar gol, não precisa cobrar lateral, precisa
somente ficar correndo loucamente dentro do campo, como se fosse pra dar corda
no time, que sem ele murcharia flacidamente na frente dos adversários.
E a saga do buraco do Moinhos continua. Hoje não liguei o rádio, não
quero me irritar. Hoje o buraco do Moinhos veio no jornal, impresso em cores e
com quase página inteira. Imagino que pela internet deva dar pra ver o dito em
3D.
Tô com medo de ligar a TV e ver cobertura em tempo integral
do buraco do Moinhos.
Claro, o paralelo é forçado, bem menos – mas muito menos – interessante
e literário, mas lembrei do filme “A Montanha dos Sete Abutres”.
"Gimenez vai ao teatro com Lucas, filho de Mick Jagger" (BOL)
"DNA confirma pais de criada por casal cigano" (Globo)
Muito simpático da parte da Lu levar o filho do Mick Jagger ao teatro, né? Já a segunda, não entendi até agora. Como é preciso ler a matéria para entender aquela coisa codificada, vou ficar sem entender. O texto deve ser tão bom quanto a manchete.
Luiz Fernando Mendes Ferreira (Conselheiro Pena, MG - 7 de maio de 1952 ) se destacou na década de 1970 com a música Cadeira de Rodas, que vendeu mais de um milhão de cópias, sendo executada nas rádios de todo o país. A carreira de Fernando Mendes começou concomitantemente à de José Augusto, com quem compôs e gravou algumas canções. Fernando Mendes inicia oficialmente sua carreira musical no ano de 1972. A canção A Desconhecida foi seu primeiro sucesso. De sua autoria, a música foi gravada em 1973 e lançada em compacto simples, subindo rapidamente às paradas de sucesso em várias rádios e emissoras de televisão. Em 1974 teve uma música censurada pela ditadura militar, chamada "Meu Pequeno Amigo", que fazia referência ao caso Carlinhos, sequestro de grande repercussão na época e não elucidado até hoje. No entanto, ele começou a fazer excursões pelo Brasil numa média de 10 a 15 cidades por mês. Transformado numa espécie de ídolo das massas populares, o artista teve seu segundo LP lançado no final de 1974, repetindo o feito dos anteriores com a música Ontem, Hoje, Amanhã. Fernando chegou ao auge de sua carreira em 1975 quando seu terceiro LP apresentou a faixa Cadeira de Rodas, que vendeu de mais de 250 mil cópias em poucos meses, o que lhe rendeu inclusive um disco de ouro.
"Vultos aparecem na tela escura, pouco nítidos, mas logo
percebe-se que uma mulher luta para se livrar de um agressor maior e mais forte.
Ela não pede ajuda, apenas dá um gemido rouco quando recebe a primeira
apunhalada no seio. As trevas da noite escondem o rosto da mulher e o do
assassino. Outra punhalada. Mais outra. E outra. As pernas da mulher cedem e
ela se ajoelha."
Pode ser que eu esteja ouvindo rádio demais. Em algum ponto
do bairro Moinhos de Vento rompeu-se o asfalto, dando lugar a um buraco. Aquelas
coisas de encanamento e sequelas de outras obras. É ruim ter um buraco numa rua. Mas será que é só nessa rua da
MuiLeal que existem buracos?
Walk on the Wild Side faz parte de Transformer, o segundo disco solo de Lou Reed, de 1972, produzido por David Bowie. Foi muita executada em rádio, apesar de abordar temas como transexualidade, drogas, prostituição masculina e sexo oral. Nos EUA, a RCA lançou o single com uma versão editada da música, sem a referência ao sexo oral.
Holly came from Miami, FLA
Hitch-hiked her way across the USA
Plucked her eyebrows on the way
Shaved her legs and then he was a she
She says, Hey babe
Take a walk on the wild side
She said, Hey honey
Take a walk on the wild side
Candy came from out on the Island
In the backroom she was everybody's darlin'
But she never lost her head
Even when she was giving head
She says, Hey babe
Take a walk on the wild side
Said, Hey babe
Take a walk on the wild side
And the colored girls go doo do doo do doo do do doo, ....
Little Joe never once gave it away
Everybody had to pay and pay
A hussle here and a hussle there
New York City's the place where they said, Hey babe
Take a walk on the wild side
I said, Hey Joe
Take a walk on the wild side
Sugar Plum Fairy came and hit the streets
Lookin' for soul food and a place to eat
Went to the Apollo
You should've seen 'em go go go
They said, Hey sugar
Take a walk on the wild side
I Said, Hey babe
Take a walk on the wild side
All right, huh
Jackie is just speeding away
Thought she was James Dean for a day
Then I guess she had to crash
Valium would have helped that bash
Said, Hey babe,
Take a walk on the wild side
I said, Hey honey,
Take a walk on the wild side
And the colored girls say, doo do doo do doo do do doo, ....
Lou Reed, fundador do Velvet Underground, morreu neste domingo (27), aos 71 anos
Do UOL, em São Paulo
O agente literário do artista, Andrew Wylie, disse à agência de notícias Associated Press que a morte aconteceu em decorrência de uma doença hepática -- Reed havia feito um transplante de fígado em abril deste ano.
De acordo com seu médico, Dr. Charles Miller, da Cleveland Clinic, em Ohio, onde o cantor havia feito um transplante em abril, Lou Reed voltou ao hospital nos últimos dias de vida após uma piora. No entanto, o próprio artista decidiu voltar para Nova York, ao saber que sua doença estava no estágio final. "Ele morreu em paz, com todos seus amados em volta dele", disse o médico, segundo o jornal "The New York Times". "Nós fizemos tudo que podíamos. Ele queria realmente estar em casa". Sóbrio desde 1980, Lou Reed era um praticante de Tai Chi, arte marcial reconhecida também como uma forma de meditação. "Lou estava lutando forte até o fim. Ele estava fazendo os exercícios de Tai Chi cerca de uma hora antes de sua morte, tentando se manter forte e se manter lutando", disse Miller. No início de junho, a mulher dele, a musicista e artista Laurie Anderson, revelou que seu marido estava se recuperando desde a operação, mas sugeriu que ele poderia "nunca se recuperar totalmente". O cantor, guitarrista e compositor postou uma mensagem para os fãs em sua página no Facebook, em que se descrevia como um "triunfo da medicina moderna", e afirmou que estava ansioso para voltar aos palcos. "Eu sou um triunfo da medicina moderna, física e química, sou maior e mais forte do que nunca. Meu tai chi e minha saúde têm me servido bem todos esses anos, graças ao Mestre Ren Guang-yi. Estou ansioso para voltar aos palcos, tocando e escrevendo mais músicas para me conectar com seus corações e espíritos", disse ele na época. Em março deste ano, Reed cancelou uma série de shows devido a "complicações inevitáveis". Ele se apresentaria no primeiro fim de semana do festival Coachella e faria uma série de shows nos Estados Unidos. Na mesma época, o músico surpreendeu os fãs em Nova York, quando ele fez uma aparição para promover seu álbum "Transformer". Nenhuma informação sobre o que teria levado o cantor a precisar realizar o transplante foi divulgada. Anderson revelou que o estado de saúde de Reed era grave, mas que agora ele vem se recuperando aos poucos. "Ele estava morrendo. Eu não acredito que ele vá se recuperar totalmente, mas ele certamente estará de volta para fazer algumas coisas em poucos meses. Ele já está trabalhando e fazendo tai chi chuan. Estou muito feliz, é uma nova vida para ele", disse ela, que se casou com Reed em 2008, para o jornal inglês. Horas antes da notícia de sua morte, a página oficial de Lou Reed no Facebook divulgou a foto de uma porta com o pôster do cantor, com a legenda: "a porta".
A história Lewis Allan Reed nasceu em 2 de março de 1942, em Brooklin, Nova York (EUA). Considerado o 81º melhor guitarrista de todos os tempos pela revista norte-americana "Rolling Stone", Lou Reed é conhecido também como o pai da música alternativa. Em 1964, ele trabalhou para a Pickwick Records, compondo canções para outros artistas. Ele fundou a banda Velvet Underground em 1964 junto com John Cale, com quem chegou a morar junto. A banda foi um fracasso de vendas, mas se tornou um dos grupos mais influentes da história do rock e da música punk. O disco mais emblemático é "The Velvet Underground and Nico",lançado em 1967 com a imagem de uma banana na capa, desenhada pelo artista Andy Warhol. "Produzido" pelo artista Andy Warhol "The Velvet Underground & Nico" foi divisor de águas com o tempo. O som ficou mais corrosivo e barulhento com o segundo disco "White Light/White Heat" Em carreira solo, Reed lançou discos que tornaram-se cultuados, como "Transformer", de 1972, produzido por David Bowie e que lançou o clássico "Walk on the Wild Side". Reed visitou o Brasil em 1996 e em 2010 para promover seu livro "Atravessar o Fogo", no qual fez sessões de autógrafos em livrarias, e também para apresentar o show do disco "Metal Machine Music", de 1975. Contraditório, o álbum trazia apenas quatro músicas, com cerca de 15 minutos cada, sem vocais e com distorções de guitarras. Em três meses, o disco foi retirado das lojas. Em 2011, ele lançou o álbum "Lulu", em parceria com o Metallica, mas o resultado parceria irritou seus fãs e os seguidores da banda. "Os fãs do Metallica querem me matar", brincou Lou, à época. "Eu sempre acreditei que há um incrível número de coisas que você pode fazer através de um canção de rock 'n' roll", disse Lou Reed ao jornal "The New York Times". "E As coisas que eu tenho escrevido sobre não seria consideradas grandes coisas se eles aparecessem em um livro ou filme". Leia mais em:http://zip.net/bsljv5
Os ouvintes do Pauta Extra já devem ter dado falta (espero)
de novas edições do prestigiado programa.
Devido a compromissos de seu apresentador, a produção do
programa achou melhor oficializar um breve recesso, tempo indeterminado.
Para não deixar as dezenas, centenas, quiçá milhares de
ouvintes órfãos e deveras saudosos, segue link onde é possível ouvir e fazer
download de boa parte dos Pautas: é só clicar AQUI.
C'era una volta il West (em inglês, Once Upon a Time in the West, ou Era uma Vez no Oeste, no Brasil)é um filme ítalo-americano, um western spaghetti dirigido por Sergio Leone e lançado em 1968. É o primeiro filme da trilogia Era uma vez… do diretor: o segundo foi Giù la testa e o terceiro, Era Uma Vez na América. O filme é centrado em quatro protagonistas: a ex-prostituta Jill McBain (Claudia Cardinale), o bandido Cheyenne (Jason Robards), o pistoleiro de aluguel Frank (Henry Fonda) e um homem misterioso, chamado de "Harmonica" (Charles Bronson), que sempre traz consigo uma gaita. Os quatro acabam se cruzando quando Morton (Gabrielle Ferzetti), um barão ferroviário, contrata Frank para afugentar Brett McBain (Frank Wolff), dono de terras que iriam valorizar consideravelmente com a chegada da ferrovia, e seus filhos. Porém, o pistoleiro decide massacrar a família e depois planta evidências incriminando Cheyenne.
A trilha sonora, do grande Ennio Morricone, é emocionante,
Mulher gamada é fogo. Elas, quando se vidram e se amarram num homem, são capazes de fazer das tripas coração pra defender seus interesses. Uma mulher apaixonada se transforma dos pés à cabeça. Se é classuda, cai da panca e, sem vacilar, apronta os maiores salseiros. Se é acanhada, endoida e não regateia pra fazer um escândalo. Esse lance de que a mulher mesmo muito ligada num homem e tal e coisa, se enruste e se fecha em copas porque tem categoria é papo furado. Mulher que deixa o amor no barato não está toda na parada. Que nada! Às vezes, está por solidão, por simpatia, por conveniência e os cambaus. Nunca por gama. É isso. Não tem erro. Sou eu que afirmo, e de mulher eu entendo. Mas deixa isso de lado. O que quero contar e o que pesa na balança é a história da Dilma Fuleira e da Celeste Bicuda, duas flores da Barra do Catimbó que se unharam e se dentaram por amor ao Ariovaldo Piolho, um vagau de pouca presença física, mas de muita embaixada. Ele lidava com seu rebanho com mil e um macetes e, por essas e outras, sempre foi muito considerado pelo mulherio. É verdade que esse perereco se deu nas quebradas do mundaréu, onde o vento encosta o lixo e as pragas botam os ovos, mas, se acontecesse nos salões da mais fina gente da sociedade, não me causava nenhum espanto. Mulher é mulher em qualquer lugar. Mestre Zagaia, velho cabo-de-esquadra que navegou sem bandeira por muita água barrenta e que bateu perna à toa pelos caminhos mais escamosos, esquisitos e estreitos do roçado do bom Deus, viu quizilas de assombrar negos de patuá forte, embrulhou sua solidão em muito lençol encardido e escancarou nas Tabuadas das Candongas uma dica sobre o assunto: Depois dos panos arriados, o espetáculo é sempre o mesmo. E, se Mestre Zagaia falou, tá falado. Mulher é sempre mulher. E a Dilma Fuleira e a Celeste Bicuda também são, embora à primeira vista não pareçam. Sabe como é. Elas nasceram lesadas da sorte e só pegaram a pior. Bagulho catado no chão da feira nunca fez bem à beleza de ninguém. Porém (e sempre tem um porém), não foi a condição de bagulho que impediu que elas tivessem grandes ilusões a respeito de amor. E o galã dos sonhos das duas era, como já disse, o Ariovaldo Piolho. Esse vagau se serviu das duas sem a mínima cerimônia. Foi ali na base do agrião. Como as duas estavam a fim dele, o danado negociou. Fez valer a velha e tinhosa lei da oferta e da procura. Se fingia de morto e esperava pra ver quem comparecia no seu enterro. Como quem não quer nada, pegava a grana na mão da Dilma, cumpria a obrigação e ia buscar os pixulés com a Celeste. E se o dinheiro compensava, não deixava ela em falta. Até que o caldo engrossou. Bateu sujeira. O doutor delerusca resolveu acabar com o pesqueiro das piranhas e a Dilma Fuleira e a Celeste Bicuda se viram no papo-de-aranha. Escaparam da cana, mas o faturamento caiu às pamparras. E, no meio disso tudo, o Ariovaldo Piolho sentiu o aroma da perpétua. Vagau escolado por muitos anos de janela é sempre cem por cento profissional. Sem pagório, deixou as mulheres na saudade. E se deu o esquinapo. A Dilma Fuleira achou que o Piolho não queria nada com ela porque estava enredado pela Celeste Bicuda. Procurou a rival e, sem conversa, deu-lhe uma tremenda biaba. A Celeste Bicuda era encardida. Encarou, mas não deu nem pra saída. A Dilma Fuleira era gordona e alta. A Celeste, baixinha e só pele e osso. Teve que apanhar e correr. Porém, como não era de engolir nada enrolado, a Celeste Bicuda tramou a forra. Foi na macumba levar o nome da Dilma Fuleira pra sua mãe-de-santo enterrar no cemitério. Feita a façanha, a Celeste Bicuda se botou a boquejar nos botecos. Garantia pra quem duvidasse que a Dilma Fuleira ia murchar até morrer. E não faltou fuxiqueiro pra ir rapidinho envenenar a Dilma. E ela, que já estava atolada até o gogó no pântano, acreditou que a bananosa toda que curtia era devido à mandinga da Celeste. Se picou de raiva e jurou pela luz que a iluminava que ia pegar a inimiga e dar pancada até ela desenterrar seu nome. E foi pra guerra. A Dilma encontrou a Celeste no seu barraco e nem pediu licença. Entrou na força bruta e foi botando pra quebrar. De repente, a Celeste Bicuda deu uns gritos, uns pulos pro alto e, quando desceu, era uma fera batusquela. Passou a mão numa enxada e tocou o bumba-meu-boi no lombo da Dilma, que se viu obrigada a dar pinote. Mas a Celeste foi na captura e derrubou o barraco da Dilma a enxadada. Em desespero e apavorada com a fúria da Celeste Bicuda, a Dilma se refugiou na casa do Piolho. A Celeste não tomou conhecimento. Aliás, ainda ficou mais endoidada de ver a rival junto do homem da sua gama. Aumentou o escarcéu. O Ariovaldo, sem se afobar saiu de fininho e chamou a polícia. A cana chegou e ferrou a Celeste e a Dilma. No Distrito, a Celeste falou que não tinha nada com a briga. Foi o exu da sua crença que encarnou nela pra acabar com a Dilma. A Dilma, de zoeira, entregou tudo como era. Disse pro doutor que a bronca era por causa do Piolho, que estava na fita como testemunha. O delegado quis saber se o Piolho tinha emprego. Não tinha. Entrou em pua e as mulheres foram dispensadas. Mas continuam pelejando por amor. Uma visita o vagau às quartas-feiras; a outra, aos domingos. E todas as duas levam o santo dinheirinho de presente pro Ariovaldo Piolho, o bom amante.
Hoje é aniversário de Kevin. Meu bom amigo e grande pessoa.
O mínimo que posso fazer na minha editoria de TOA é desejar felicidade e
alegria a esse meu amigo que me mostrou e apresentou tantos bléns bacanas. Como
este aqui, por exemplo, que segue aqui em sua homenagem o álbum completo. Homenagem
minha e de toda a redação do TOA. Felicidades, Kevin. Grande Abraço.
O ponto de partida para o Homem com Violão, de Georges
Braque, foi o tema de uma figura única tocando um instrumento de cordas, como
Pablo Picasso havia feito no ano anterior em uma obra intitulada Garota com
Bandolin, considerada relativamente realista.
Em Homem com Violão, Braque demonstrou como uma figura pode
ser reduzida a uma forma de abstração nunca antes imaginada. A tradicional
perspectiva única do pintor foi substituída por perspectivas múltiplas em uma
superfície em grande parte plana, com formas bi ou tridimensionais coexistindo
de diversas maneiras.
Inicialmente a composição pode parecer desnorteada, mas o
pintor oferece algumas pistas capazes de orientar o espectador. Elementos do
violão, como as cordas e o corpo, emergem, e uma forma diagonal, que vai do
centro até a esquerda, indica o braço da figura. O resultado é uma tela densa,
mas sugestiva, que instiga a investigação.
3 detalhes de Homem com Violão se destacam:
1. Negação da profundidade:
Na superfície do quadro Braque pinta uma borla e uma
tachinha, com o objetivo de destruir qualquer ilusão de profundidade. Com isso
o pintor enfatiza que aquela, como todas as outras pinturas cubistas, é uma
experiência e um projeto em constante evolução.
2. Planos em camadas:
O pintor se utiliza de uma sucessão de planos para criar
volume. As camadas são pintadas de maneira a abstrairem progressivamente a
imagem final. O artista ainda faz uso de pinceladas diagonais paralelas,
pintadas como marcas de apagamento do quadro. Isso obscurece ainda mais as
formas da cabeça do violoista, evitando que este seja humanizado pelo
espectador.
3. O fundo em primeiro plano:
Braque usa pinceladas visíveis, feitas sobre tinta ainda
fresca, para brincar com o observador. Quando o olho viaja pela tela, o fundo
salta para o primeiro plano, em vez de recuar em profundidade. Isso permite que
o pintor crie visões múltiplas do objeto retratado.
Ficha Técnica - Homem com Violão:
Autor: Georges Braque
Onde ver: MoMA, Nova York, EUA Ano: 1911 - 1912 Técnica: Óleo sobre tela Tamanho: 116cm x 81cm Movimento: Cubismo
Got My Mind Set On You foi composta por Rudy Clark e gravada por James Ray, em 1962. George Harrison regravou-a no álbum Cloud Nine, de 1987. Em outubro do mesmo ano, foi lançada em single. A versão de Harrison chegou ao topo das paradas americanas e se tornou a gravação mais conhecida da canção.
A chegada de Got My Mind Set On You ao primeiro lugar nos EUA serviu de desempate entre George e os seus antigos parceiros Paul McCartney e John Lennon, já que os três haviam conquistado o topo das paradas americanas por duas vezes.
Autor de "Andança", cantor e compositor Paulinho Tapajós morre aos 68 anos
Do UOL, em São Paulo
Compositor de clássicos da música brasileira, como "Andança" e "Sapato Velho", o músico e compositor Paulo Tapajós Gomes Filho, mais conhecido como Paulinho Tapajós , morreu nesta sexta-feira (25) aos 68 anos.
Segundo o primo do cantor, Tibério Gaspar, Paulinho lutava contra um câncer há seis anos.
"Nesse momento recebi com muito pesar a notícia de falecimento do meu primo e amigo Paulinho Tapajós. Começamos juntos a carreira musical. Paulinho era um poeta de infinita grandeza. Estou muito triste com essa notícia embora soubesse que era inevitável e o melhor pra ele. Paulinho lutou bravamente contra um câncer. Foram uns seis anos de sofrimento intenso", escreveu Tibério nas redes sociais.
Paulinho era filho do compositor e radialista Paulo Tapajós e irmão do compositor Maurício Tapajós (falecido em 1995, aos 51 anos) e da cantora Dorinha (falecida em 1989, aos 38 anos), que integrou uma das formações do Quarteto em Cy.